terça-feira, 30 de junho de 2009

A Importância da Evangelização Infantil

“Temos ouvido alguns confrades afirmarem: Eu não forço os meus filhos para a evangelização espírita porque sou muito liberal. Ao que poderia acrescentar: “ Porque não tenho força moral”. Se o filho está doente, ele o força a tomar remédios, se o filho não quer ir à escola, ele o força. Isto porque acredita no remédio e na educação. Mas não crê na religião que abraçou, quando afirma: “Vou deixá-lo crescer e depois ele escolherá”. “Para mim” – acrescentou Divaldo – “ representa o mesmo que o deixar contaminar-se pelo tétano ou outra enfermidade, para depois aplicar o remédio”, e elucidou: “Você viu que não deve pisar em prego enferrujado. Agora irei medicá-lo”.
E, também, deu outro exemplo, isto é, quando frente a um tuberculoso, falar-lhe:” você deve cuidar da higiene, de sua alimentação e de sua saúde. Isto é, no nosso entender, quis Divaldo mostrar: Fechar a porta depois dela ser arrombada.Prosseguindo, o grande tribuno espírita quis mostrar, resumindo, que os pais dão a melhor alimentação, o melhor vestuário, o melhor colégio dentro de suas possibilidades, mas na hora de dar a melhor religião, eles se acomodam, amedrontam-se. Aos pais é incumbido o dever de oferecer aos filhos o que há de melhor, cabendo aos filhos, ao se tornarem adultos, fazerem, aí sim, as suas opções de ordem religiosa. Necessário é motivar os filhos, enquanto crianças, através dos exemplos em casa, que o Espiritismo é, sem dúvida, a melhor de todas as religiões, imprimindo em si mesmos todo o comportamento espírita. Uns obrigam os filhos a irem à evangelização; todavia, em casa, não mantêm uma atitude espírita. O exemplo dos pais espíritas em casa tem efeito altamente convincente. Há pais que reclamam do horário, muito embora Divaldo tenha perguntado qual a melhor hora para a evangelização sem ser domingo de manhã. Divaldo interroga um desses pais que não têm hora para levar os filhos à evangelização: “Que hora é melhor?” Outra hora – respondeu. Divaldo insiste: “Mas qual?” Volveram a perguntar: O que é que você acha? Divaldo retrucou: “ Eu não acho nada, porque não tenho filho, você é que o tem”. Mas não poderia ser em outra hora – voltou o pai à carga: Contesta Divaldo: “Depende de você achar a hora, porque durante os dias da semana as crianças não podem porque estão estudando; no sábado, à tarde, o evangelizador tem que arrumar a casa, cuidar das compras, etc. Domingo, tarde, os pais não podem porque as crianças têm as festinhas de aniversário, as matinezinhas, isso e aquilo; de noite não convém, porque criança não pode dormir tarde. Domingo de manhã – continua o pai desavisado - , nem sonhar, porque a Bahia foi feita por Deus com tantas praias e mulheres bonitas para serem desfrutadas. Para que praia e mulheres bonitas para serem desfrutadas. Para que praia, então, se o baiano não pode ir? Domingo queremos ir à praia, Sr. Divaldo?. Em vista desses argumentos, Divaldo responde que a evangelização não era, absolutamente, o problema, muito pelo contrário, era a solução para todos os problemas do ser humano. E aditou que as pessoas que pensavam assim não eram espíritas, que elas não querem é perder a praia, alegando que os filhos precisam tomar sol e banho de mar. Por fim, Divaldo acrescentou: “Percam umas praiazinhas mas salvem os seus filhos. Hoje vocês levam eles à praia, mas depois, invariavelmente, ficarão chorando e perguntando a Deus por que o filho cometeu tamanho deslize? O remorso pode bater no interior desses pais e naturalmente, frente às suas próprias negligências, haverão de perguntar sem obter resposta como gostariam. “Por que Senhor, o meu filho cometeu tal delito? Eu o fiz nascer com as feições do menino Jesus e agora o vejo com o rosto de Judas de Kerioth”. Que seja, pois uma preocupação permanente nas mentes paternais e maternais espíritas, principalmente a evangelização de seus filhos, evitando mais tarde que eles descabem para toda sorte de vícios e paixões próprias do momento que nossas crianças atravessam e cujas conseqüências são terrivelmente dolorosas.
Trecho de artigo da Revista Internacional de Espiritismo - Out/01, em comentário ao livro: Diálogo, pág. 68 por Divaldo Pereira Franco.

REENCARNAÇÃO

OBJETIVO: a criança deverá identificar na reencarnação o caminho criado por Deus para proporcionar o progresso do Espírito, rumo à Perfeição, e não um recurso punitivo.

REFERÊNCIAS:
1. LE, 2ª parte, caps. 04, 05 e 06.
2. ESSE, cap. 04
3. 52 lições de catecismo espírita, de Eliseu Rigonatti, 13ª lição
4. Prática Pedagógica na Envangelização, vol. 02, Walter oliveira Alves, parte I, pluralidade das existências.
5. Missionários da Luz, cap. 12 e 13. (síntese disponível no site: http://www.cvdee.org.br/download.asp?id=02)

CONTEÚDO:

Iniciar a aula conversando com os alunos sobre o que eles entendem ser a reencarnação.
Se já ouviram alguém dizer que a reencarnação existe para que se paguem os erros de outras vidas. Erro mais comum entre os que não conhecem o espiritismo.

O princípio da reencarnação ou das vidas sucessivas é um dos pontos fundamentais da Doutrina Espírita.

A finalidade de nossa existência é chegar à perfeição.

Reencarnar-se significa nascer de novo.

Quando nascemos, nosso corpo espiritual se une a um corpo material.

Todos nós já nascemos muitas vezes e muitas outras vezes nasceremos até que consigamos ser perfeitos.

Para que possamos aprender tudo, em cada encarnação vivemos de um modo diferente. Em uma encarnação serenos pobres, em outra, ricos, em algumas seremos professores, pedreiros, mecânicos, costureiras, etc.

LE. Q166. Como pode a alma, que não alcançou a perfeição durante a vida corpórea, acabar de depurar-se?
“Sofrendo a prova de uma nova existência.”
a) - Como realiza essa nova existência? Será pela sua transformação como Espírito?
“Depurando-se, a alma indubitavelmente experimenta uma transformação, mas para isso necessária lhe é a prova da vida corporal.”
b) - A alma passa então por muitas existências corporais?
“Sim, todos contamos muitas existências. Os que dizem o contrário pretendem manter-vos na ignorância em que eles próprios se encontram. Esse o desejo deles.”
c) - Parece resultar desse princípio que a alma, depois de haver deixado um corpo, toma outro, ou, então, que reencarna em novo corpo. E assim que se deve entender?
“Evidentemente.”

167. Qual o fim objetivado com a reencarnação?
“Expiação, melhoramento progressivo da Humanidade. Sem isto, onde a justiça?”
168. É limitado o número das existências corporais, ou o Espírito reencarna perpetuamente?
“A cada nova existência, o Espírito dá um passo para diante na senda do progresso. Desde que se ache limpo de todas as impurezas, não tem mais necessidade das provas da vida corporal.”
169. É invariável o número das encarnações para todos os Espíritos?
“Não; aquele que caminha depressa, a muitas provas se forra. Todavia, as encarnações sucessivas são sempre muito numerosas, porquanto o progresso é quase infinito.”
170. O que fica sendo o Espírito depois da sua última encarnação?
“Espírito bem-aventurado; puro Espírito.”


Justiça da reencarnação

Todos os Espíritos tendem à perfeição e Deus lhes fornece os meios pelas provas da vida corpórea. Em sua justiça, permite realizar em novas existências o que não puderam fazer ou concluir numa primeira prova.
“A doutrina da reencarnação e a única que responde à idéia que fazemos da justiça de Deus em relação aos homens colocados em uma condição moral inferior, a única que nos explica o futuro e fundamenta nossas esperanças, pois que nos oferece o meio de resgatar nossos erros através de novas provas. A razão indica essa doutrina e os Espíritos no-la ensinam.


171. Em que se funda o dogma da reencarnação?
“Na justiça de Deus e na revelação, pois incessantemente repetimos: o bom pai deixa sempre aberta a seus filhos uma porta para o arrependimento. Não te diz a razão que seria injusto privar para sempre da felicidade eterna todos aqueles de quem não dependeu o melhorarem-se? Não são filhos de Deus todos os homens? Só entre os egoístas se encontram a iniqüidade, o ódio implacável e os castigos sem remissão.”
Todos os Espíritos tendem para a perfeição e Deus lhes faculta os meios de alcançá-la, proporcionando-lhes as provações da vida corporal. Sua justiça, porém, lhes concede realizar, em novas existências, o que não puderam fazer ou concluir numa primeira prova.

Não obraria Deus com eqüidade, nem de acordo com a Sua bondade, se condenasse para sempre os que talvez hajam encontrado, oriundos do próprio meio onde foram colocados e alheios à vontade que os animava, obstáculos ao seu melhoramento. Se a sorte do homem se fixasse irrevogavelmente depois da morte, não seria uma única a balança em que Deus pesa as ações de todas as criaturas e não haveria imparcialidade no tratamento que a todas dispensa.
A doutrina da reencarnação, isto é, a que consiste em admitir para o Espírito muitas existências sucessivas, é a única que corresponde à idéia que formamos da justiça de Deus para com os homens que se acham em condição moral inferior; a única que pode explicar o futuro e firmar as nossas esperanças, pois que nos oferece os meios de resgatarmos os nossos erros por novas provações. A razão no-la indica e os Espíritos a ensinam.

O homem, que tem consciência da sua inferioridade, haure consoladora esperança na doutrina da reencarnação. Se crê na justiça de Deus, não pode contar que venha a achar-se, para sempre, em pé de igualdade com os que mais fizeram do que ele. Sustém-no, porém, e lhe reanima a coragem a idéia de que aquela inferioridade não o deserda eternamente do supremo bem e que, mediante novos esforços, dado lhe será conquistá-lo. Quem é que, ao cabo da sua carreira, não deplora haver tão tarde ganho uma experiência de que já não mais pode tirar proveito? Entretanto, essa experiência tardia não fica perdida; o Espírito a utilizará em nova existência.


Encarnação nos diferentes mundos

As nossas encarnações não se passam todas na Terra, mas nos diferentes mundos.

A que passamos neste globo não é a primeira, nem a última, e é uma das mais materiais e das mais distanciadas da perfeição.

Podemos reviver muitas vezes no mesmo globo e passar para outro mundo superior se avançarmos bastante.

Existem outros mundos como o nosso. Os espíritos não precisam renascer em todos os mundos, pois eles são solidários

A Terra é uma das pequeninas escolas do reino de Deus. Quando tivermos aprendido tudo o que aqui se ensina, encarnaremos e mundos mais adiantados.

Os espíritos podem renascer num mundo relativamente inferior àquele em que já viveram para cumprir uma missão e ajudar o progresso deste mundo.

Espíritos rebeldes poderão renascer em mundos inferiores como expiação. Os espíritos jamais retrogradam, mas são constrangidos a recomeçar a existência mal empregada.

Os mundos são acessíveis aos Espíritos de acordo com seu grau de elevação.

A substância do perispírito é diferente em cada globo. Passando de um mundo para outro o Espírito se reveste da matéria própria de cada um.

Os Espíritos podem chegar a um grau de pureza que não necessitam mais do corpo material. O próprio perispírito é tão etéreo que, para nós, é como se não existisse. É o estado dos Espíritos puros.

Os Espíritos puros habitam certos mundos, mas não estão confinados neles como os homens sobre a Terra. Eles podem estar por toda a parte.

172. As nossas diversas existências corporais se verificam todas na Terra?
“Não; vivemo-las em diferentes mundos. As que aqui passamos não são as primeiras, nem as últimas; são, porém, das mais materiais e das mais distantes da perfeição.”
173. A cada nova existência corporal a alma passa de um mundo para o outro, ou pode ter muitas no mesmo globo?
“Pode viver muitas vezes no mesmo globo, se não se adiantou bastante para passar a um mundo superior.”
a) - Podemos então reaparecer muitas vezes na Terra?
“Certamente.”
b) - Podemos voltar a este, depois de termos vivido em outros mundos?
“Sem dúvida. É possível que já tenhais vivido algures e na Terra.”
174. - Tornar a viver na Terra constitui uma necessidade?
“Não; mas, se não progredistes, podereis ir para outro mundo que não valha mais do que a Terra e que talvez até seja pior do que ela.”
175. Haverá alguma vantagem em voltar-se a habitar a Terra?
“Nenhuma vantagem particular, a menos que seja em missão, caso em que se progride aí como em qualquer planeta.”

181. Os seres que habitam os diferentes mundos têm corpos semelhantes aos nossos?
“É fora de dúvida que têm corpos, porque o Espírito precisa estar revestido de matéria para atuar sobre a matéria. Esse envoltório, porém, é mais ou menos material, conforme o grau de pureza a que chegaram os Espíritos. É isso o que assinala a diferença entre os mundos que temos de percorrer, porquanto muitas moradas há na casa de nosso Pai, sendo, conseguintemente, de muitos graus essas moradas. Alguns o sabem e desse fato têm consciência na Terra; com outros, no entanto, o mesmo não se dá.”

199. Por que tão freqüentemente a vida se interrompe na infância?
“A curta duração da vida da criança pode representar, para o Espírito que a animava, o complemento de existência precedentemente interrompida antes do momento em que devera terminar, e sua morte, também não raro, constitui provação ou expiação para os pais.”

223. A alma reencarna logo depois de se haver separado do corpo?
“Algumas vezes reencarna imediatamente, porém, de ordinário só o faz depois de intervalos mais ou menos longos. Nos mundos superiores, a reencarnação é quase sempre imediata. Sendo aí menos grosseira a matéria corporal, o Espírito, quando encarnado nesses mundos, goza quase que de todas as suas faculdades de Espírito, sendo o seu estado normal o dos sonâmbulos lúcidos entre vós.”
224. Que é a alma no intervalo das encarnações?
“Espírito errante, que aspira a novo destino, que espera.”
a) - Quanto podem durar esses intervalos?
“Desde algumas horas até alguns milhares de séculos. Propriamente falando, não há extremo limite estabelecido para o estado de erraticidade, que pode prolongar-se muitíssimo, mas que nunca é perpétuo. Cedo ou tarde, o Espírito terá que volver a uma existência apropriada a purificá-lo das máculas de suas existências precedentes.”
b) - Essa duração depende da vontade do Espírito, ou lhe pode ser imposta como expiação?
“É uma conseqüência do livre-arbítrio. Os Espíritos sabem perfeitamente o que fazem. Mas, também, para alguns, constitui uma punição que Deus lhes inflige. Outros pedem que ela se prolongue, a fim de continuarem estudos que só na condição de Espírito livre podem efetuar-se com proveito.”


ESE – CAPÍTULO IV

Ressurreição e reencarnação
4. A reencarnação fazia parte dos dogmas dos judeus, sob o nome de ressurreição. Só os saduceus, cuja crença era a de que tudo acaba com a morte, não acreditavam nisso. As idéias dos judeus sobre esse ponto, como sobre muitos outros, não eram claramente definidas, porque apenas tinham vagas e incompletas noções acerca da alma e da sua ligação com o corpo. Criam eles que um homem que vivera podia reviver, sem saberem precisamente de que maneira o fato poderia dar-se. Designavam pelo termo ressurreição o que o Espiritismo, mais judiciosamente, chama reencarnação. Com efeito, a ressurreição dá idéia de voltar à vida o corpo que já está morto, o que a Ciência demonstra ser materialmente impossível, sobretudo quando os elementos desse corpo já se acham desde muito tempo dispersos e absorvidos. A reencarnação é a volta da alma ou Espírito à vida corpórea, mas em outro corpo especialmente formado para ele e que nada tem de comum com o antigo. A palavra ressurreição podia assim aplicar-se a Lázaro, mas não a Elias, nem aos outros profetas. Se, portanto, segundo a crença deles, João Batista era Elias, o corpo de João não podia ser o de Elias, pois que João fora visto criança e seus pais eram conhecidos. João, pois, podia ser Elias reencarnado, porém, não ressuscitado.

Reconheçamos, portanto, em resumo, que só a doutrina da pluralidade das existências explica o que, sem ela, se mantém inexplicável; que é altamente consoladora e conforme à mais rigorosa justiça; que constitui para o homem a âncora de salvação que Deus, por misericórdia, lhe concedeu.
As próprias palavras de Jesus não permitem dúvida a tal respeito. Eis o que se lê no Evangelho de São João, capítulo III:
Respondendo a Nicodemos, disse Jesus: Em verdade, em verdade, te digo que, se um homem não nascer de novo, não poderá ver o reino de Deus.
Disse-lhe Nicodemos: Como pode um homem nascer já estando velho? Pode tornar ao ventre de sua mãe para nascer segunda vez?
Respondeu Jesus: Em verdade, em verdade te digo que, se um homem não renascer da água e do Espírito, não poderá entrar no reino de Deus. O que é nascido da carne é carne e o que é nascido do Espírito é Espírito. Não te admires de que eu te tenha dito: é necessário que torneis a nascer.

8. Para se apanhar o verdadeiro sentido dessas palavras, cumpre também se atente na significação do termo água que ali não fora empregado na acepção que lhe é própria. Muito imperfeitos eram os conhecimentos dos antigos sobre as ciências físicas. Eles acreditavam que a Terra saíra das águas e, por isso, consideravam a água como elemento gerador absoluto. Assim é que na Gênese se lê: "O Espírito de Deus era levado sobre as águas; flutuava sobre as águas; - Que o firmamento seja feito no meio das águas; - Que as águas que estão debaixo do céu se reúnam em um só lugar e que apareça o elemento árido; - Que as águas produzam animais vivos que nadem na água e pássaros que voem sobre a terra e sob o firmamento."
Segundo essa crença, a água se tornara o símbolo da natureza material, como o Espírito era o da natureza inteligente. Estas palavras: "Se o homem não renasce da água e do Espírito, ou em água e em Espírito", significam pois: "Se o homem não renasce com seu
corpo e sua alma." E nesse sentido que a principio as compreenderam.
Tal interpretação se justifica, aliás, por estas outras palavras: O que é nascido da carne é carne e o que é nascido do Espírito é Espírito. Jesus estabelece aí uma distinção positiva entre o Espírito e o corpo. O que é nascido da carne é carne indica claramente que só o corpo procede do corpo e que o Espírito independe deste.

A reencarnação fortalece os laços de família,
ao passo que a unicidade da existência os rompe
18. Os laços de família não sofrem destruição alguma com a reencarnação, como o pensam certas pessoas. Ao contrário, tornam-se mais fortalecidos e apertados. O princípio oposto, sim, os destrói.
No espaço, os Espíritos formam grupos ou famílias entrelaçados pela afeição, pela simpatia e pela semelhança das inclinações. Ditosos por se encontrarem juntos, esses Espíritos se buscam uns aos outros. A encarnação apenas momentaneamente os separa, porquanto, ao regressarem à erraticidade, novamente se reúnem como amigos que voltam de uma viagem. Muitas vezes, até, uns seguem a outros na encarnação, vindo aqui reunir-se numa mesma família, ou num mesmo círculo, a fim de trabalharem juntos pelo seu mútuo adiantamento. Se uns encarnam e outros não, nem por isso deixam de estar unidos pelo pensamento. Os que se conservam livres velam pelos que se acham em cativeiro. Os mais adiantados se esforçam por fazer que os retardatários progridam. Após cada existência, todos têm avançado um passo na senda do aperfeiçoamento.


Idéias inatas

Ao reencarnar, os Espíritos guardam uma vaga lembrança dos conhecimentos adquiridos no passado, daí o que chamamos idéias inatas.

Os conhecimentos adquiridos em cada existência não se perdem. Liberto da matéria, o Espírito os conserva. Durante a encarnação, ele pode esquece-los em parte momentaneamente, mas a intuição que deles guarda ajuda o seu adiantamento. Sem isso, deveria sempre recomeçar.
Algumas faculdades podem permanecer adormecidas numa existência, porque o Espírito veio para exercitar outra que com ela não tem relação. Então ela fica em estado latente para ressurgir mais tarde.













Síntese: O capítulo trata da visita de André Luiz, juntamente com Alexandre, a uma instituição no plano espiritual onde são planejadas as reencarnações. A visita é feita após uma solicitação para que Alexandre auxiliasse no processo reencarnatório de Segismundo. Durante a visita, André Luiz toma contato com alguns aspectos relativos a reencarnação (e suas implicações) e toma contato com a situação de 4 espíritos, com experiências diferentes, que devem reencarnar em breve.

O caso Segismundo
- Segismundo deve reencarnar, num processo de resgate de faltas passadas, mas está encontrando a resistência do futuro pai, Adelino. O caso será analisado com detalhes no Cap. 13.

Comentários de Alexandre
- Grande percentagem de reencarnações se processa em moldes padronizados, no campo das manifestações puramente evolutivas. Outra percentagem obedece a programação mais complexa, num processo mais individual.
- No segundo caso, se enquadram os trabalhadores e missionários. Trabalhadores são aqueles que apresentam maior soma de qualidades superiores, embora ainda possuam débitos a ressarcir. Estes podem influenciar de alguma forma o processo reencarnatório, embora tais alterações nem sempre sejam agradáveis.
- A reencarnação é o meio, a educação divina é o fim. Temos necessidade da luta que corrige, renova, restaura e aperfeiçoa.
- O serviços de planejamento reencarnatório, na colônia espiritual, têm, portanto esta finalidade regulamentadora.

O Instituto de planejamento das reencarnações
- Grande movimentação de espíritos, tanto os que vão reencarnar, quanto os que estão intercedendo por outros.
- Planos adequados são estabelecidos de acordo com o serviço a ser desempenhado e o grau de adiantamento do reencarnante.
- A hereditariedade fisiológica funciona em todos os seres, mas sofre a influência dos que alcançam qualidades superiores ao ambiente geral. Forças mais elevadas podem imprimir modificações ao material genético.
- Todas as colônias de expressão elevadas mantém serviços semelhantes.
- O auxílio aos espíritos reencarnantes se traduz de duas formas: através de intercessão superior - se o reencarnante possui a razão esclarecida - ou através dos espíritos encarregados do trabalho reencarnacionista na Crosta - no caso do reencarnante em esforço puramente evolutivo.
- Dois modelos, a semelhança de estátuas, um masculino e outro feminino, revelavam detalhes da fisiologia do corpo físico e são observados com admiração, por André Luiz.

Os reencarnantes
a) Espírito iria reencarnar, após 15 anos de atividades de auxílio no plano espiritual, com objetivos de reparar erros passados. Estava um tanto hesitante, com receio de contrair novos débitos, devido ao esquecimento do passado. Acatou a sugestão de trazer um defeito físico na perna, a fim de se defender das tentações de natureza inferior, como antídoto à vaidade. Tem possibilidade de viver até 70 anos, pelo menos.
b) Anacleta vai reencarnar após 40 anos de trabalho em favor de espíritos familiares que estão em desequilíbrio. Pretende recebe-los como filhos, dois na condição de paralisia, outro com debilidade mental, e uma filha, também com problemas, mas que deverá auxilia-la na velhice do corpo. Repara o erro de outra encarnação, quando permitiu, como mãe, através da falta de disciplina e do excesso de mimo, que seus filhos não conseguissem enfrentar as lutas da vida.
c) Outra entidade que deve reencarnar, pede que haja interferência na formação das glândulas endócrinas, a fim de que o corpo não se apresente harmônico fisicamente, uma vez a beleza física poderia dificultar as tarefas que ela devia desempenhar.
d) André Luiz ainda analisa a situação de um espírito que deve reencarnar com a possibilidade de surgimento de uma úlcera logo que chegue a maioridade. Através deste processo, poderá resgatar um crime cometido há mais de cem anos antes, quando assassinou um homem a facadas. A vítima tornou-se seu obsessor e provocou gradativamente sua desencarnação. Após sofrer no plano espiritual, reergueu-se moralmente e obteve várias intercessões. No entanto, pela lei de ação e reação, o crime ainda permanece em aberto, e a reencarnação dolorosa servirá de pena e reparação.

Os completistas
O termo é usado no capítulo como título para aqueles espíritos que conseguem aproveitar integralmente todas as oportunidades oferecidas pela reencarnação. A situação é rara, uma vez que a grande maioria perde inúmeras possibilidades e desgasta sobremaneira o corpo físico. O completista tem a possibilidade de escolhar livremente o corpo da futura reencarnação, optando quase sempre por medidas que diminuam seu magnetismo pessoal, embora se preocupem com a saúde do corpo físico.

Referências sobre o tema:
O Livro dos Espíritos - qts 132, 166 a 171, 334 a 342
O Evangelho sgdo o Espitisimo - cap. IV - it 25 e 36
O Céu e o Inferno - Cap. V
A Gênese - cap. XI - it 33 e 34

1) De forma geral, conseguimos atender às finalidades de nossa encarnação atual? Por que?

2) O que Alexandre quer dizer, ao afirmar que grande parte das reencarnações se dão em moldes padronizados, atendendo puramente a manifestações evolutivas?

3) Quais os principais objetivos da reencarnação?

4) Por que nem todos os espíritos tem liberdade de influenciar no próprio processo reencarnatório?

5) Apresentado em sua primeira versão nos ultimos dias, o mapa genético conseguirá explicar todas as ocorrências com o ser humano? Qual a influência da hereditariedade no processo reencarnatório?

6) Em que consiste a chamada "intercessão espiritual"?

7) Por que a condição de completista é tão rara?

8) Por que a maioria dos espiritos que tem liberdade de influencia no processo reencarnatorio, opta por dificuldades na encarnação?

9) De que forma o esquecimento do passado nos beneficia durante a vida física?

Conclusão:

1) De forma geral, conseguimos atender às finalidades de nossa encarnação atual? Por que?

- Conforme os Espíritos Superiores nos ensinam, fomos criados simples e ignorantes e nos instruímos na vida corporal. Esse é o fim da encarnação dos espíritos: progredir sempre, tal é a lei, como está no túmulo de Kardec. Assim, ainda que com erros e acertos, na maior parte dos casos, o espírito sempre progride, o mínimo que seja, numa encarnação. Melhora um pouco em um aspecto, adquire uma perfeição, se despoja de uma imperfeição, mas sempre procurando a evolução. É certo que em alguns casos o espírito desperdiça a oportunidade reencarnatória, deixando de evoluir, estacionando. Mas, na maioria das vezes, pode-se dizer que, quer adquirindo uma perfeição, quer se despojando de uma imperfeição, quer expiando uma falta, o espírito progride. Dessa maneira, de uma forma geral, pode-se afirmar que atendemos, cada um num grau diferente, as finalidades da encarnação.
- Talvez possamos afirmar que de uma maneira básica estejamos sim cumprindo com nossos compromissos assumidos, mas creio que se muitas vezes conseguimos atender um lado, deixamos de atender a outro; creio estarmos ainda nos passos primários para realmente efetivarmos uma responsabilidade maior com todos os compromissos que assumimos antes de vir, de uma forma mais total, mais abrangente.
Como bem lembra Alexandre no capítulo, enquanto ainda estamos na esfera espiritual temos uma maior conscientização e responsabilidade com a nossa programação ; coisa que se dilui quando chegamos efetivamente ao plano terreno.

2) O que Alexandre quer dizer, ao afirmar que grande parte das reencarnações se dão em moldes padronizados, atendendo puramente a manifestações evolutivas?

- Alexandre quis demonstrar que a maioria das reencarnações se dão com objetivos puramente evolutivos, como vimos acima. Ao contrário de outras, de espíritos mais elevados que a maioria, que reencarnam como trabalhadores ou missionários. Nesses casos, como explicou o instrutor, o trabalho preparativo quase não necessita do auxílio dos benfeitores espirituais.

3) Quais os principais objetivos da reencarnação?

-Seria o burilamento, ou seja, a experiência necessária que temos para nos livrarmos das paixões e adquirirmos experiências superiores; seria a oportunidade de repararmos os erros cometidos em existências passadas e com isso ir depurando nosso espírito.
-a evolução do espírito, ou, como responderam a Kardec os Espíritos Superiores na questão 167 de O Livro dos Espíritos, o
melhoramento progressivo da humanidade.

4) Por que nem todos os espíritos tem liberdade de influenciar no próprio processo reencarnatório?

-Alexandre ensina que há espíritos que sequer têm consciência do ato reencarnatório em que estão envolvidos. Segundo o instrutor, esses espíritos retornam à carne inconscientes, como crianças adormecidas.
Portanto, nesses casos, devido à sua baixa evolução, esses espíritos não têm como influenciar no seu próprio processo reencarnatório, escolhendo provas, por exemplo.

-Porque ainda utilizamos muito pouco de forma útil, ou de forma mais salutar nossa encarnação.

5) Apresentado em sua primeira versão nos ultimos dias, o mapa genético conseguirá explicar todas as ocorrências com o ser humano? Qual a influência da hereditariedade no processo reencarnatório?

- A hereditariedade sempre exercerá grande influência na formação do corpo humano. É ela quem ditará a conformação dos caracteres físicos, tais como cor da pele, estatura, tipo sangüíneo, etc. Todavia, existe uma outra influência que exerce igual domínio no processo reencarnatório: é a resultante dos valores morais do reencarnante. Esses valores, bons ou maus,
estão impressos no perispírito e também influenciam na formação do novo corpo. Há, também, a influência das forças espirituais mais elevadas, que podem interferir na formação do corpo, imprimindo modificações na matéria , de acordo com o mérito do reencarnante.
Quanto à questão mapa genético, talvez se poderá explicar muitas ocorrências com o ser humano, porém não todas. Acredita-se que sempre poderá haver determinadas ocorrências no corpo somático que um mapa genético único para toda a humanidade não conseguirá explicar. São as decorrentes da questão espiritual individual, como a interferência da lei de ação e reação, por exemplo.

- Talvez explique o mapa genético físico, o processo de curas em termos de corpo físico mas o espírito que comanda as ações seria ainda não explicado pelo mapeamento genético e tb terá dificuldade em se explicar as forças intercessórias dos Espíritos mais elevados.

6) Em que consiste a chamada "intercessão espiritual"?

- Consiste no trabalho executado por espíritos de elevada condição evolutiva, no sentido de auxiliar o processo reencarnatório. Através da intercessão, esses espíritos procuram reequilibrar não só o futuro reencarnante como também os encarnados que deverão com ele conviver na nova etapa carnal, para se harmonizarem ou para resgate num processo expiatório. Através do trabalho intercessório é também definida a formação do novo corpo do reencarnante.


7) Por que a condição de completista é tão rara?

- Porque ao reencarnar o espírito sofre a influência da vida material e, na maioria das vezes, esquece-se dos compromissos assumidos no plano espiritual. Deixa-se levar pelos prazeres e interesses materiais, perdendo importantes oportunidades redentoras.

- Porque raros são os que conseguem aproveitar de forma mais efetiva e maior as encarnaçoes, inclusive quanto à maquina corporal. Nos dizeres de Manassés: "É o título que designa os raros irmãos que aproveitaram todas as possibilidades construtivas que o corpo terrestre lhes oferecia."

8) Por que a maioria dos espiritos que tem liberdade de influencia no processo reencarnatorio, opta por dificuldades na encarnação?

- Pelo próprio processo de depuramento do espírito, porque já têm uma maior consciência das responsabilidade evolutivas necessárias e , uma vez que na terra , face ao jogo ou importância do aspecto de aparência externa poderia esmagar os missionários do bem; daí a preferência por ocultar a beleza de suas almas.

- Segundo explica Alexandre, esses espíritos assim procedem para evitarem a influência de paixões terrenas bem com que o magnetismo pessoal lhes possa prejudicar o trabalho a que se propõem na nova encarnação.

9) De que forma o esquecimento do passado nos beneficia durante a vida física?

- O esquecimento do passado é um providência de Deus sem a qual o objetivo da nova existência poderia se frustrar. No atual nível evolutivo em que nos encontramos, não estamos, ainda, preparados para saber tudo. Como estamos num mundo de provas e expiações, isso significa que ainda nos encontramos muito distante da perfeição a que um dia teremos de chegar.
Nossas existências anteriores nos inibiria e, até, nos envergonharia, dificultando nossa caminhada para a frente. Sem a lei do esquecimento, inimizades pretéritas voltariam à tona, perpetuando-se. Por isso, o corpo carnal dos habitantes da Terra não comporta uma memória maior que a por nós possuída. Nos mundos superiores, esse esquecimento é abrandado ou quase não existe, como explicam os Espíritos Superiores.

Questões surgidas através do Estudo:

A)Seria possível por intermédio de hipnose ou por algum tipo de regressão mental, o acesso a fatos ocorridos em encarnações anteriores?

- Acreditamos que sim. No Brasil inclusive já existe a SBTVP, a Sociedade Brasileira de Terapia de Vida Passada (que não tem nenhuma ligação com o Espiritismo, vale ressaltar) agrupando médicos e psicólogos que usam a regressão com fins terapeuticos (se quiser mais detalhes veja http://www.sbtvp.com.br/). Inúmeros pesquisadores, desde o século passado até os nossos dias tem feito experiencias nesta área. (o livro do Hermínio Miranda chama-se "A memória e o tempo", e é uma referência fundamental para os interessados no assunto)

B)Se isso pode ocorrer, não seria uma contrariedade ao fato de não termos discernimento suficiente (devido ao nosso estado evolutivo) para aceitar qualquer coisa que tenhamos feito no passado?

- O esquecimento tem causas fisiologicas, psicológicas e "morais", se pudermos dizer assim. Esquecemos devido à mudança de padrão vibratório do perispirito, devido a estarmos reencarnando num corpo "novinho", por ser um mecanismo inconsciente de defesa do ego, por estarmos em contato direto com inimigos passados, etc. etc.Asssim, não se trata apenas do estado evolutivo, mas também do estado fisiologico, psicologico e emocional. Mesmo como desencarnados não temos acesso, regra geral, a todas as nossas vivencias anteriores.
Por esses, e outros motivos, é que as primeiras manifestações espirituais acerca do assunto foram contrárias à regressão (Emmanuel, por exemplo se posicionou através de psicografia de Chico Xavier). Mas devemos considerar que há alguns anos atrás não havia mesmo muito controle, e vários "curiosos" se arriscaram a regredir outras pessoas...Hoje a coisa toda está mais controlada, embora ainda sem um aval cientifico, e a terapia pode ajudar em muitos casos. Em outros, óbvio, é completamente desaconselhada.

C) Existe algum caso de pessoas que se lembram de fatos ocorridos em vidas passadas, seja de forma consciente ou inconsciente?

- Sim, existem. Muitas pessoas tem acesso aos fatos passados através dos sonhos (por isso a psicanálise começou por aí...). Choques (fisicos, psicologicos, emocionais) também podem trazer à tona fatos arquivados no inconsciente. A regressão também, já citada (existem inúmeros livros..o Paulo Afonso citou o Brian Weiss, mas antes dele vários pesquisadores já escreveram, tais como a Dr. Moris Netherton e Dr. Helen Wenbach - não espíritas - e Dr. Jorge Andréa, Hernani Guimarães e Maria Júlia e Júlio
Prieto Peres - estes espíritas - entre muitos e muitos outros).
Conhecemos também médiuns que tem, ou tiveram, acesso a suas (e de outras pessoas..) histórias pregressas...

Pai Nosso

Pai nosso, que estás nos Céus,
Santificado seja o teu nome

Venha a nós o teu Reino
Seja feita a tua vontade,
Assim na Terra como no Céu
O pão nosso de cada dia
dá-nos hoje
Perdoa as nossas dívidas,
Assim como perdoamos aos nossos devedores
Não nos deixes cair em tentação
Livrai-nos do mal
Porque teu é o reino,
O poder e a glória
Para sempre. Assim seja.

Pai Nosso

Confiram este artigo publicado no site da FEB sobre tradução da oração do Pai Nosso direto do texto em hebraico no link a seguir:

http://www.febnet.org.br/comunicacao/content,0,0,2533,0,0.html

ou aqui mesmo:

A ORAÇÃO UNIVERSAL


SEVERINO CELESTINO DA SILVA

O principal sentido da oração deve ser a de evidenciar a nossa humildade diante da grandeza de Deus.

Temos o costume de realizar nossas orações com a finalidade precípua de pedir sempre alguma coisa a Deus. É comum realizarmos as nossas orações solicitando a Deus algo pessoal e esquecendo das necessidades gerais dos que nos cercam.
Na questão 659 do Livro dos Espíritos, os Espíritos Superiores nos informam que a três coisas podemos nos propor por meio da prece: louvar, pedir e agradecer.
O Sidur, livro de orações judaicas, classifica a oração em quatro tipos e a oração de pedidos é apenas um desses quatro tipos existentes. As outras são as orações de agradecimento, louvor a Deus e as preces de introspecção e confissão. Na verdade o verbo hebraico rezar – lehitpalel- não significa “rogar” ou “suplicar” a Deus, como muitos imaginam. Ele provém de um radical hebraico “palel” que significa “julgar”; portanto “lehitpalel” (rezar) pode ser traduzido também como “julgar a si mesmo”.
Não devemos esquecer que Jesus era judeu e, na sua condição judaica, Ele nos ensina no “Sermão do Monte”, contido no Evangelho de Mateus, em seu capítulo 6, versículos 9 a 13, como deve ser realizada a nossa oração.
Inicialmente, nos orienta que quando realizarmos as nossas orações, elas não sejam como a oração dos hipócritas que oravam, segundo Jesus, nas esquinas das ruas, para serem vistos pelos homens. Mas recomenda que entremos em nosso quarto, fechemos a porta e oremos a Deus em secreto, pois Ele, que tudo vê, em secreto nos recompensará. Recomenda ainda, que não é pela repetição das palavras ou pelo barulho que seremos escutados, pois que Deus conhece o que nos é necessário e o que merecemos.
Apresentaremos aqui o “Pai Nosso” traduzido diretamente do texto hebraico para que você possa comparar a diferença de conteúdo frente às traduções do texto grego e do latim.
O texto hebraico aqui utilizado foi extraído do Novo Testamento da “Society for Distributing the Holy Scriptures to the Jews”- London.


TEXTO HEBRAICO

ûniybo'

:§emøH WadaqÚtiy £iyamoHÐabeH ûniyibo'
:£iyamoHÐab hoWÜvan reHÜ'Ðak ¦ÕrÃ'ÐÃb §ÙnôcÙr hÕWÓvÕy §ÕtûkølÑm '²bÃt
:ûnÐEqØx £exel £ôyah ûnol-¤eÐt
ûnEtomüHa'-te' ûnol-xalüsû
: ûnol ûmüHo' reHÜ'Ðal ûnüxanÜ' £yixül×s reHÜ'Ðak
hoÐsam yEdyil ûnE'yibÐüt-la'üw
:voroh -¤im ûnElyicah-£i' yiÐk
¤ema'

O PAI NOSSO

Tradução

Pai nosso dos Céus, Santo é Teu nome,
Venha o Teu reino, Tua vontade se faz na terra,
como também nos Céus.
Dá-nos hoje nossa parte de pão.
Perdoa as nossas culpas, quando tivermos perdoado
a culpa dos nossos devedores.
Não nos deixes entregues a provação,
porque assim nos resgatas do mal.
Amém.

A pronúncia hebraica é assim:

Avinu shebashamaim
itkadash shemechá
tavô malekutechá
ie'assé rtsonechá baárets
kaasher naassá bashamaim
ten-lanu haiom léchem chuknu
uslách-lanu et-ashmatenu
caasher solchim anachnu laasher ashmu lanu
veal-tevienu lidei massá
ki im-hatsilenu min-hará'
amén


Apresentamos a seguir as explicações referentes ao texto traduzido por nós, comparando-as com o texto tradicional.
Pai nosso= Jesus ensina como, humildemente, devemos nos dirigir a Deus. Observe que Ele não diz “Meu Pai”, mas “Pai Nosso”. Pai Nosso significa Pai de todos. Estamos no mesmo nível de necessidades. Falamos como se estivéssemos pedindo para todos e não apenas para “Mim”. Jesus nos orienta neste sentido humilde de nos dirigirmos a Deus.
Pai nosso dos céus: e não, pai nosso que estás nos céus, como se tem dito até hoje. Deus está em toda parte, Ele é senhor de tudo, dos Céus e também da terra, e não de uma região geográfica restrita, circunscrita, limitada e determinada. Pode ser dito também “Pai Nosso que és dos Céus” mas nunca, que estás nos Céus.
Santo é teu nome ou Santo será Teu nome: e não, santificado seja o vosso nome. Deus já é santo independente de que desejemos ou não, que ELE SEJA. Na frase, o verbo hebraico – kidesh – Santificar, Consagrar, colocado no incompleto ou futuro, nos transporta para o sentido de que Deus será Santo, Será consagrado. No entanto, como para Deus não existe passado, presente ou futuro, ficamos com a tradução, Santo é Teu Nome. A Expressão – Itkadash shmchá – “Santo é o Teu Grande Nome”, está no Cadish, que é a oração recitada pelos Judeus enlutados e que consta do Sidur, o livro de orações judaicas.
Venha o teu reino: e não venha a nós o vosso reino. A preposição hebraica refere-se à segunda pessoa do singular (tu) malecutechá (teu reino). O Verbo Bá=Vir está colocado no texto hebraico, no incompleto ou futuro (tavô). No entanto, ele substitui o Bô que é a primeira pessoa do imperativo relativo (tsivui), que exprime o desejo da Tua vinda: VENHA! Portanto, Venha o teu reino, indistintamente para todos os seres do planeta. Aqui, ensina-nos Jesus que o Reino Divino vem indistintamente para os animais, plantas, aves, peixes, os seres vivos como um todo e não apenas para NÓS, os humanos. “Queira Ele estabelecer o Seu Reino e determinar o ressurgimento da Sua redenção e apressar o advento do Seu Ungido”. Esta é outra expressão incluída no Cadish, citado acima, e que parece ter sido aqui utilizada por Jesus para identificá-lo como o UNGIDO que em hebraico significa O MESSIAS, o HAMASHIÁCH - ( axyiHAmah).
Tua vontade se fará na terra como (quando) também nos céus: e não seja feita a vossa vontade assim na terra como nos céus. A vontade d`Ele é suprema e irreversível, independente do nosso consentimento, ela se fará. O que Deus determinou, desde a criação do mundo, continuará inalterável. Aqueles que, por ventura, se desviem da harmonia colocada por Ele no universo, colherão este desvio nas proporções que o provocaram.

Dá-nos hoje nossa parte de pão: e não o pão nosso de cada dia nos dai hoje. Utilizando-se o pão nosso de cada dia nos dai hoje, tem-se a impressão de que estamos pedindo o pão de todos os dias, para hoje. Só Deus sabe do que precisamos e também quando devemos e merecemos receber. Recordemos o que diz Cristo: “Não vos preocupeis com vossas vidas: que beber ou comer?” ... Olhai as aves dos céus: elas não semeiam, não ceifam, nem armazenam em celeiros. Mas vosso pai dos Céus as alimenta”. (Mateus 6,25 e 26). O texto hebraico fala (lechém chuknu) parte de pão. Portanto, devemos pedir só uma parte do que merecemos, ou daquela que Deus decidiu nos dar, como gesto de humildade e até porque se recebermos só uma parte, sobrará alguma coisa para aqueles que não possuem, ainda, o sustento necessário.

Perdoa as nossas culpas quando perdoarmos as culpas dos nossos devedores: e não, perdoa as nossas dívidas assim como nós perdoamos aos nossos devedores. Aqui está condicionado que o nosso perdão vem como conseqüência natural do perdão prévio que nós já realizamos. É a lei de causa e efeito. É a colheita natural da nossa semeadura. Este sentido é confirmado no versículo 14 deste capítulo 6. Deus não premia e não pune, cada um colhe o que plantou.
Temos ainda a certeza de que, ao atingirmos a perfeição, no reino da plenitude evolutiva, ninguém deve nada a ninguém. Todos estão em pleno estado de harmonia pela evolução atingida e nenhuma dívida a mais nos será cobrada.
“Apressa-te em te reconciliar com o teu adversário, enquanto estás no caminho com ele, para que ele não te entregue ao juiz e o juiz te enviará para a prisão ou cárcere. E Eu verdadeiramente te digo: não subirás dali até que tenhas pago o último prutá”. (Mateus 5:25 e 26.)
Não nos deixes entregues à provação: Diferente de não nos deixeis cair em tentação como se tem traduzido até hoje. A expressão hebraica “lidei massá” significa para as mãos da provação. A palavra hebraica que está aplicada no texto é “massá”. E “massá” significa prova, provação e não tentação. É a mesma palavra que se encontra em Gênesis 22:1, onde Iahvéh põe à prova Abraão. Ele não tenta Abraão ao lhe propor o sacrifício do seu filho Isaac. Iahvéh põe à prova o povo de Israel, e não o tenta. Veja as provas que Ele coloca em seu caminho Ex. 15:25; 17:7; 20:20; Dt. 6:16; 13:4; 33:7; Jó cap. 1 e 2; Mt. 4:1-11 (provação do Cristo). Passar por provações não é fácil, por isso o Cristo nos ensina solicitar de Deus toda assistência possível, frente a elas, pedindo que Ele não nos abandone nas horas da provação, ou seja, não nos deixe entregue à nossa própria sorte.
Porque assim nos resgatas do mal: Se tivermos a assistência de Iahvéh pela nossa sintonia com Ele, durante as provações, com certeza resgataremos todo o mal. A expressão “hatsilenu min-hará’” significa nos resgatará do mal ou nos libertará do mal. Assim, fica entendido que se soubermos pedir a assistência de Iahvéh durante as provações e Ele estiver conosco através da nossa sintonia, haveremos de superar todo o mal.

Amén – Palavra hebraica que significa desejo de que se cumpra o nosso pedido. Que aconteça segundo o nosso pedido. Que assim seja.

MÃEZINHA

Quando o Pai Celestial precisou colocar na Terra as primeiras criancinhas, chegou à conclusão de que devia chamar alguém que soubesse perdoar infinitamente.

De alguém que não enxergasse o mal.
Que quisesse ajudar sem exigir pagamento.
Que se dispusesse a guardar os meninos, com paciência e ternura, junto do coração.
Que tivesse bastante serenidade para repetir incessantemente as pequeninas lições de cada dia.
Que pudesse velar, noites e noites, sem reclamação.
Que cantarolasse baixinho, para adormecer os bebês que ainda não podem conversar.
Que permanecessem em casa, por amor, amparando os meninos que ainda não podem sair à rua.
Que contasse muitas estórias sobre a vida e sobre o mundo.
Que abraçasse e beijasse as crianças doentes.
Que lhes ensinasse a dar os primeiros passos, garantindo o corpo de pé.
Que os conduzisse à escola, a fim de que aprendessem a ler.
Dizem que nosso Pai do Céu permaneceu muito tempo, examinando..... e, em seguida, chamou a Mulher, deu-lhe o titulo de MÂEZINHA e confiou-lhe as crianças.
Por esse motivo, nossa mãezinha é a representante do Divino Amor no Mundo, ensinando-nos a ciência do perdão e do carinho, em todos os instantes de nossa jornada na Terra.
Se pudermos imitá-la, nos exemplos de bondade e sacrifício que constantemente nos oferece, por certo seremos na vida preciosos auxiliares de Deus.
Fonte: Livro Pai Nosso.

Formação dos Mundos

Idéias Principais:
Corpos simples (ou puros) são formados de uma só substância única. Corpos compostos são formados de mais de uma substância.
Matéria cósmica é uma única substância primitiva, geradora de todos os corpos, mas diversificada em suas combinações.

A matéria cósmica primitiva continha os elementos materiais, fluídicos e vitais de todos os universos que estadeiam suas magnificências diante da eternidade.
Sucedeu que, num ponto do Universo, a matéria cósmica se condensou sob a forma de imensa nebulosa.
A nebulosa geratriz, pois, não terá dado nascimento a um só astro, mas a centenas de mundos destacados do foco central.
Com relação aos seres vivos, a Terra lhes continha os germens que aguardavam momento favorável para se desenvolverem. Os princípios orgânicos se congregaram, desde que cessou a atuação da força que os mantinha afastados, e formaram os germens de todos os seres vivos.
Síntese do Assunto:
Tudo o que existe é obra de Deus. Por isso dizemos Criação Divina, reportando-nos a esse imenso Universo que, como diz Kardec, “abrange a infinidade dos mundos que vemos e dos que não vemos, todos os seres animados e inanimados, todos os astros que se movem no espaço, assim como os fluidos que o enchem”. Mas, como criou Deus o Universo? A resposta a esta pergunta é ainda um mistério, como o é a própria existência do Criador e não será a inteligência humana, no estado em que por enquanto se encontra, que irá penetrar tal mistério. Temos de conformar-nos, portanto, a esse respeito, com o que disseram a Kardec os Espíritos Superiores, por intermédio de um deles, e se encontra na resposta à pergunta 38 de O Livro dos Espíritos: “Como Deus criou o Universo? Para me servir de uma expressão corrente, direi: Por sua vontade. Nada caracteriza melhor essa vontade onipotente do que estas belas palavras da Gênese: - Deus disse: Faça-se a luz e a luz foi feita”.
Sabemos, entretanto, também pela revelação dos Espíritos superiores, que Deus criou fundamentalmente dois princípios diferentes, diametralmente opostos por suas qualidades essenciais, que são os dois elementos gerais do Universo: o elemento material (bruto) e totalmente inerte, e o elemento espiritual (inteligente), suscetível de elaboração e desenvolvimento evolutivo, objetivando à realização de individualidades conscientes, dotadas de razão e de vontade. Com este segundo elemento, criou Deus os Espíritos, que são os seres inteligentes, conscientes e livres, por isso mesmo responsáveis, do Universo, sujeitos as leis morais. Com o primeiro, o elemento material e bruto, formou Deus os mundos que rolam no espaço, sujeitos apenas às leis da Mecânica Celeste, bem como todos os seres que formam a Natureza desses mundos. É deste elemento material que vamos especialmente tratar nesta síntese, ao mesmo tempo que, à luz da Doutrina Espírita, procurar penetrar, por pouco que seja, na origem e formação dos mundos. Chamemo-lo simplesmente de matéria e tentemos defini-la.
Em um simples esboço de definição, podemos dizer que matéria é tudo o que existe constituindo o Universo físico, isto é, onde ocorrem os fenômenos que afetam os nossos sentidos, estejam eles desarmados ou armados com potentíssimos instrumentos ópticos - os telescópios, espectroscópios, microscópios, os quais nos possibilitam observações muito além do alcance natural de nossos órgãos sensórios, levando-nos tanto aos gigantescos mundos, estrelas e galáxias que enchem o espaço, como às mais íntimas estruturas dos seres e das coisas no nosso mundo e de outros, relativamente próximos da Terra. Mas é infinita a extensão do Universo Material e, para estudar a matéria, a fim de bem compreendê-la e defini-la, tem necessariamente o homem que reduzir suas observações a porções limitadas da matéria que se encontre a seu alcance, verificando a possibilidade de generalizar os resultados das observações assim feitas a toda matéria do Universo.
Ora, os corpos embora tenham todos propriedades gerais que os identifiquem como materiais, à mais simples e superficial observação, vê-se que diferem, extraordinariamente uns dos outros, podendo apresentar variedades de aspecto quase infinitas. Diferem em primeiro lugar pelo estado físico, podendo apresentar-se no estado sólido, liquido ou gasoso, ou ainda em estados intermediários, como o pastoso ou o de vapor. Se nos ativermos agora somente aos corpos sólidos, veremos que eles diferem pela forma exterior, e é atendendo a essas diferentes formas com que os designaremos: um cilindro, uma esfera, um cubo ou uma pirâmide; uma lâmina, uma chapa, um fio ou um anel; uma grade, uma mesa, uma cadeira, uma estante; árvore, erva, musgo, cogumelo, cão, gato, boi ou homem. Mas, além da forma, também podem distinguir-se pelas dimensões, e ninguém confundirá uma mesa de determinada forma e avantajado tamanho com uma mesinha exatamente da mesma forma, mas com as dimensões de um brinquedo de criança.
Há, porém, uma terceira coisa que permite distinguir mais profundamente os corpos uns dos outros. Vejamos: Consideremos cinco esferas (portanto da mesma forma) e exatamente das mesmas dimensões. Distingui-las-emos perfeitamente pela constatação de que uma, por exemplo, é de vidro, outra de madeira, mais outra de ferro, ainda outra de cobre e a última de marfim. Esta coisa que permite distinguir dois ou mais corpos, ainda que tenham a mesma forma e as mesmas dimensões chama-se a substância do corpo. Dir-se-ia, assim, que cada corpo tem a sua substância individual e unívoca, isto é, constituída de partes absolutamente iguais umas às outras, formando o que se poderia chamar de um corpo puro. Em realidade, entretanto, as coisas não são bem assim. O estudo de diversas amostras de matéria provindas quer da Natureza, quer da indústria humana, mostrou que somente algumas podem efetivamente considerar-se substâncias puras, isto é, espécies individuais de matéria caracterizadas por propriedades específicas e invariáveis; enquanto que inúmeras outras, em imensa maioria na Natureza, são constituídas de porções diferentes, separáveis por processos apropriados, ditos de análise imediata, mostrando que são, em verdade, misturas de duas ou mais substâncias, misturas que podem ser mais ou menos heterogêneas ou aparentemente homogêneas, conforme as dimensões das partículas em que se encontram divididas as substâncias misturadas. Corpos puros, isto é, formados de uma só substância individual, isolada de qualquer outra, são raríssimos na Natureza, podendo citar-se, como um dos pouquíssimos exemplos, as amostras de quartzo hialino ou cristal de rocha, constituídas de oxido de silício ou sílica, substancias que nessas amostras se encontram em estado puro. A obtenção de corpos puros é obra da indústria química, em quantidades consideráveis. Obtidos os corpos puros, verificou a análise química, entretanto, que nem todos são constituídos de princípios materiais indecomponíveis e unívocos, revelando-se, ao contrário, a grande maioria, decomponíveis em outras substâncias, as quais, por sua vez, podem ainda decompor-se; ou não mais. Foram essas substâncias, assim decomponíveis em duas ou mais outras, chamadas substâncias compostas. Há, todavia, um pequeno número de substâncias simples, isto é, indecomponíveis, delas não se podendo extrair outras substâncias, senão elas próprias, mostrando que constituem princípios elementares e unos, pelo que foram também chamadas elementos químicos.
Cabe aqui, agora, uma observação elucidativa. Os químicos antigos diziam corpos simples, em vez de substâncias simples, estendendo as propriedades das substâncias aos corpos que elas formam. Abrangiam, assim, na mesma designação, corpo e substância, e que não apresentava maior inconveniente, pois no corpo, quaisquer que sejam sua forma e dimensões, se refletem evidentemente as propriedades inerentes à substância que o forma. É por isso que nos livros escritos por Allan Kardec aparece frequentemente a expressão corpos simples e que em A Gênese, livro que ele publicou em 1868, pode ler-se, em comunicação oriunda do Espírito Galileu: “A Química, cujos progressos foram tão rápidos depois da minha época, fez tábua rasa dos quatro elementos primitivos que os antigos concordaram em reconhecer na Natureza”.
Em compensação, fez surgir considerável numero de princípios, até então desconhecidos, que lhe pareceram formar, por determinadas combinações, as diversas substâncias que ela estudou. Deu a esses princípios o nome de corpos simples, indicando de tal modo que os considera primitivos e indecomponíveis e que nenhuma operação, até hoje, pode reduzi-los a frações relativamente mais simples do que eles próprios.
Resumindo e atualizando, pode dizer-se: A Química, até o momento, pôde estabelecer a existência de um certo número de princípios materiais primitivos e indecomponíveis, os elementos químicos, os quais formam por si mesmos e isoladamente, ou combinados entre si, todas as substancias dos corpos. Em número de 92 (os elementos químicos naturais), escalonados desde o Hidrogênio, que é o primeiro da escala, até o Urânio, que é o ultimo, existem no estado atômico, ou seja: de corpúsculos chamados átomos, tendo massa e volume ínfimos, variáveis conforme os elementos, mas fixos e característicos para cada elemento. É pela agregação desses átomos que se formam todas as substâncias naturais ou industriais. Quando se agregam átomos de um só elemento, formam-se substâncias simples; quando se combina átomos de dois ou mais elementos, formam-se substâncias compostas. Eis o que, em brevíssimo resumo, os químicos puderam estabelecer. Mas onde os homens não podem ir com seus mais poderosos instrumentos de análise, penetram os Espíritos Superiores e nos vêm revelar que, além do estado denso, que conhecemos no nosso mundo, a matéria reveste estados mais sutis puramente fluídicos. Esses fluidos enchem todo o espaço, originários, por sua vez, de uma substância elementar primitiva e única, fluido universal ou matéria cósmica, que, em realidade, é a fonte de que, por modificações e combinações variadíssimas, provém tudo no Universo, mesmo a matéria mais densa.
Dignas de toda consideração, pela beleza e verdade que encerram, são as afirmações de Galileu Espírito, na comunicação já antes referida: “À primeira vista, não há o que pareça tão profundamente variado, nem tão essencialmente distinto, como as diversas substâncias que compõem o mundo; entretanto, podemos estabelecer como princípio absoluto que todas as substâncias, conhecidas e desconhecidas, por mais dessemelhantes que pareçam, quer do ponto de vista da constituição íntima, quer pelo prisma de suas ações recíprocas, são, de fato, apenas modos diversos sob que a matéria se apresenta; variedades em que ela se transforma sob a direção das forças inumeráveis que a governam”.
“Há questões que nós mesmos, Espíritos amantes da Ciência, não podemos aprofundar e sobre as quais não poderemos emitir senão opiniões pessoais, mais ou menos hipotéticas. A com que nos ocupamos, porém, não pertence a esse número. Àqueles, portanto, que fossem tentados a enxergar nas minhas palavras unicamente uma teoria ousada, direi: abarcai, se for possível, com olhar investigador, a multiplicidade das operações da Natureza e reconhecereis que, se se não admitir a unidade da matéria, impossível será explicar, já não direi somente os sóis e as esferas, mas, sem ir tão longe, a germinação de uma semente na terra, ou a produção dum inseto”.
“Se se observa tão grande diversidade na matéria, é porque, sendo em número ilimitado as forças que hão presidido às suas transformações e as condições em que estas se produziram também as várias combinações da matéria não podiam deixar de ser ilimitadas”.
“Logo, quer a substância que se considere pertença aos fluidos propriamente ditos, isto é, aos corpos imponderáveis, quer revista os caracteres e as propriedades ordinárias da matéria, não há, em todo o Universo, senão uma única substância primitiva: o cosmo ou matéria cósmica dos uranógrafos”.
A ciência moderna já se vai aproximando dessa grande verdade. O próprio átomo, considerado a princípio como partícula última da matéria, corpúsculo indivisível, uno, indissecável, sabe-se hoje que é um complexo de partículas sub-atômicas, prótons, nêutrons e elétrons - entre as fundamentais, e que se estruturam em número e modo diferentes, conforme cada elemento químico.
Nos mundos como a Terra, ao lado dos corpos materiais que formam o substrato permanente do solo ou crosta terrestre, das águas, dos mares e dos gases da sua atmosfera, há seres que apresentam um ciclo de existência, isto é, que nascem, crescem, desenvolvem-se e reproduzem-se, definham e morrem. São os seres vivos: vegetais e animais. Nos seus corpos não há a estrutura simples e relativamente homogênea de um mineral, mas a heterogeneidade de uma organização complexa, órgãos que se associam em sistemas e aparelhos, com vistas à realização das complexissimas funções vitais. Os órgãos são formados por tecidos específicos, os quais, por sua vez, resultam da associação de pequeninas células. Caracterizam-se, assim, os seres vivos por sua organização celular, havendo-os também unicelulares, isto é, formados por uma só célula. A célula é a unidade vital e nela se realizam, apesar de sua pequenez, por intermédio de orgânulos ou corpúsculos celulares, todas as funções que caracterizam o ciclo da vida, desde o nascimento até a morte meramente material; a formação dos seres vivos obedece às mesmas leis químicas que regulam a formação das substâncias minerais, quer dizer: as substâncias orgânicas, que entram na constituição dos corpos vegetais e animais, são formadas dos mesmos princípios ou elementos químicos e obedecem, na sua formação, às mesmas leis que regem a formação das substâncias orgânicas. Ora, sabemos como se formam os compostos minerais: os elementos se combinam obedecendo, em primeiro lugar, às afinidades existentes entre eles e decorrentes das estruturas específicas de seus átomos; e, em segundo lugar, às leis das combinações químicas, entre as quais, sobrelevam a da conservação das massas (de Lavoisier) e a das proporções definidas (de Proust).
Quando em dadas condições, os elementos se combinam para formar um determinado composto, as massas que se combinam não são quaisquer, mas guardam entre si e com a massa do produto da reação, relações constantes. Por exemplo: o hidrogênio e o oxigênio apresentam grande afinidade química e em condições apropriadas se combinam para formar água, também chamada protóxido de hidrogênio ou, mais corretamente, monóxido de hidrogênio. Ao combinarem-se, as suas massas guardam entre si uma relação invariável que, expressa pelos menores números inteiros, isto é, na sua expressão mais simples, é 1 para 8 (1:8).
Poderíamos multiplicar os exemplos com as combinações binárias do oxigênio com os metais, formando os óxidos metálicos, do flúor, cloro, bromo, iodo e astato, formando os fluoretos, cloretos, brometos, iodetos e astatetos, respectivamente, do enxofre, formando os sulfetos, etc.; poderíamos considerar outros tipos de reações químicas, como as de simples substituição de elementos em substâncias compostas, as reações mútuas entre compostos, como poderíamos considerar também outras leis das combinações químicas.
O que queremos ressaltar é que os compostos orgânicos se formam a partir dos mesmos elementos químicos que entram na composição dos compostos inorgânicos ou minerais e obedecendo às mesmas leis de conservação e de proporcionalidade. Os compostos orgânicos apresentam somente a particularidade de terem todos como elemento primordial o carbono, vindo depois, em importância, o hidrogênio, o oxigênio e o nitrogênio (azoto), em seguida o enxofre, o ferro e outros metais e muitos outros elementos. Dizendo, entretanto, que os compostos orgânicos se constituem dos mesmos princípios elementares e obedecem às mesmas leis que os compostos inorgânicos ou minerais, estamos nos referindo a esses compostos considerados em si mesmos, isoladamente ou apenas como substâncias individuais e específicas; não, porém, como participantes dos conjuntos biológicos, nas células, nos tecidos, órgãos e organismos, vegetais ou animais, porque aí essas substâncias estão conjugadas numa integração funcional para constituírem uma unidade viva, o que reclama evidentemente uma força integradora. Essa força existe e é inerente a uma substância sutil e altamente hierarquizada que se chama princípio vital. É este princípio que comunica aos vegetais e aos animais a vida orgânica, possibilitando-lhes o exercício de todas as funções vitais.
O ser vivo, porém, nunca se mostra desde o inicio da sua existência como o conhecemos no indivíduo adulto. Vegetal ou animal, procede sempre de um gérmen. Os germens são sistemas orgânicos minúsculos, em que potencialidades funcionais se encontram em estado latente, à espera de condições propícias de calor, umidade, meio nutritivo apropriado, para eclodirem, determinando o crescimento, o desenvolvimento e a multiplicação celular, de modo que surja do gérmen o embrião, e do embrião o ser completo.
Foi a partir desses germens que a vida apareceu na Terra. No começo, quando tudo era ainda caos, os elementos se mantinham separados, em sutilíssimo estado de fluidez e disseminados na imensidão do Espaço. Pouco a pouco foram cessando as causas que os mantinham afastados e eles se foram combinando, obedecendo às recíprocas afinidades, de acordo com as condições que iam surgindo e conforme as leis das combinações químicas. Formaram-se, assim, todas as modalidades de matéria e até mesmo a matéria dos germens das diversas espécies animais e vegetais. Só que neles a vida permanecia ainda latente. Como as sementes e as crisálidas, que permanecem inertes até que condições propícias lhes proporcionem o fluido vital que lhes comuniquem o movimento da vida. Uma vez formados a partir dos seus germens, os seres vivos traziam em si mesmos, absorvidos, os elementos que poderiam servir para a própria formação e passaram a transmiti-los, plantas ou animais, segundo as leis da reprodução. Também a espécie humana terá do mesmo modo surgido na Terra, que lhes conteria na atmosfera ou na própria crosta os germens, é possível que aí tenhamos o significado da expressão: “E criou Deus o homem com o pó da terra”. São também muito instrutivas, a esse respeito, as respostas que os Espíritos deram a Kardec, quando lhes formulou as perguntas seguintes, com as quais encerrou esta síntese: “Donde vieram para a Terra os seres vivos?”. “A Terra lhes continha os germens, que aguardavam o momento favorável para se desenvolverem. Os princípios orgânicos se congregaram, desde que cessou a atuação da força que os mantinha afastados, e formaram os germens de todos os seres vivos. Estes germens permaneceram em estado latente de inércia, como a crisálida e as sementes das plantas, até o momento propício ao surto de cada espécie. Os seres de cada uma destas reuniram, então, e se multiplicaram”. “A espécie humana se encontrava entre os elementos orgânicos contidos no globo terrestre?”. “Sim, e veio a seu tempo. Foi o que deu lugar a que se dissesse que o homem se formou do limo da terra”. “Se o gérmen da espécie humana se encontrava entre os elementos orgânicos do globo, por que não se formam espontaneamente homens, como na origem dos tempos?”. “O princípio das coisas está nos segredos de Deus. Entretanto, pode dizer-se que os homens, uma vez espalhados pela Terra, absorveram em si mesmos, os elementos necessários à sua própria formação, para os transmitir segundo as leis da reprodução. O mesmo se deu com as diferentes espécies dos seres vivos”.
Sabemos, pela revelação dos Espíritos Superiores, que ao criar Deus o cosmo ou a matéria primitiva, estabeleceu também leis, a ela inerentes, para reger as suas transformações. Essas leis são em verdade meras diversificações de uma lei maior que a todas abrange e resume. Tudo no Universo é atração e magnetismo. A gravitação universal governa os movimentos dos mundos, mantendo-os em suas órbitas, como a gravidade condiciona o peso dos corpos, inexoravelmente atraindo-os para o centro da Terra; a força de coesão atrai as moléculas das substâncias, mantendo-as solidariamente unidas para as massas dos corpos, e a de afinidade química preside à atração entre os átomos dos diferentes elementos, mantendo-os ligados, combinados nos compostos químicos.
Nada existiria, entretanto, nem o cosmos, nem as forças cósmicas atuando na formação dos mundos e dos seres, não fosse a Vontade Divina, por cuja ação soberana, tudo em realidade se criou. O começo absoluto das coisas, diz o Espírito Galileu, remonta, pois, a Deus. As sucessivas aparições delas no domínio da existência constitui a ordem da criação perpétua. Nada mais podemos avançar senão que a matéria cósmica é a fonte eterna e imensa de onde Deus, pelo seu pensamento e vontade faz surgirem os mundos e os seres. A matéria cósmica primitiva continha e contém todos os elementos materiais, fluídicos e vitais de todos os mundos que se formaram a continuam a formar-se, pois a criação continua sempre.
Kardec perguntou aos Espíritos prepostos à Codificação: “Poderemos conhecer o modo de formação dos mundos?”. E eles responderam: “Tudo que a esse respeito se pode dizer e podeis compreender é que os mundos se formam pela condensação da matéria disseminada no Espaço”. Mas ele perguntou também se os mundos uma vez formados podem desaparecer, disseminando-se no Espaço a matéria que os compõe, e foi esta a resposta: “Sim, Deus renova os mundos, como renova os seres vivos”.
Parece, pois, que os mundos têm seus ciclos de formação, de evolução para que se tornem moradas apropriadas aos seres que os deverão habitar, e de desaparecimento, quando a matéria condensada de que se constituíram se desagregará, voltando novamente ao estado fluídico, retornando, assim, à fonte primitiva de onde saíra, o Cosmo.
Para Meditar:
Ante a Lição
“Considera o que te digo, porque o Senhor te dará entendimento em tudo”. Paulo. (II Timóteo, 2:7).
Ante a exposição da verdade, não te esquives à meditação sobre as luzes que recebes.
Quem fita o céu, de relance, sem contemplá-lo, não enxerga as estrelas; e quem ouve uma sinfonia, sem abrir-lhe a acústica da alma, não lhe percebe as notas divinas.
Debalde escutarás a palavra inspirada de pregadores ardentes, se não descerrares o coração para que o teu sentimento mergulhe na claridade bendita daquela.
Inúmeros seguidores do Evangelho se queixam da incapacidade de retenção dos ensinos da Boa Nova, afirmando-se ineptos à frente das novas revelações, e isto porque não dispensam maior trato à lição ouvida, demorando-se longo tempo na província da distração e da leviandade.
Quando a câmara permanece sombria, somos nós quem desata o ferrolho à janela para que o sol nos visite.
Dediquemos algum esforço à graça da lição e a lição nos responderá com as suas graças.
O apóstolo dos gentios é claro na observação.
“Considera o que te digo, porque, então, o Senhor te dará entendimento em tudo”.
Considerar significa examinar, atender, refletir e apreciar.
Estejamos, pois, convencidos de que, prestando atenção aos apontamentos do Código da Vida Eterna, o Senhor, em retribuição à nossa boa-vontade, dar-nos-á entendimento em tudo.
(“Fonte Viva”, pelo Espírito Emmanuel, psicografia de Chico Xavier).
Fontes de consulta: O Livro dos Espíritos, questões 38,39,41,44,47 e 49.
“A Gênese”, Allan Kardec, Uranografia Geral, itens 3, 6,7,10,17,20, e 22.

Histórias infantis

Visitem o site da Vera Stefanello com lindas histórias infantis para nossas crianças:
http://www.freewebs.com/historiasinfantis

O Eco

Aninha e sua tia Antônia faziam uma trilha ecológica, quando pararam em frente a uma caverna:
- Que lugar lindo!
E ouviram:
- ...lindo!
Percebendo que a caverna respondeu, Aninha disse:

- Fique quieta!
Mas escutou logo em seguida:
- ...quieta!
- É um eco, disse tia Antônia.
- Que engraçado!- exclamou a menina - Por que será que ele repete o que digo?
- Deus criou o mundo perfeito, lembrou a tia. Talvez o eco queira nos dizer algo sobre a vida.
- Como?
- A vida também é assim - disse tia Antônia. Tudo o que fazemos retorna a nós. É a lei de causa e efeito. E gritou:
- Raiva!
E a caverna respondeu com a mesma palavra.
A menina sorriu. A tia falou então:
- Paz!
E o eco repetiu.
- Agora tente você - sugeriu tia Antônia.
- Amor! Aninha gritou. E logo em seguida disse também amizade, carinho.
- Alguém gritou por você? - quis saber a tia da menina.
- Não. Fui eu que decidi o que dizer.
- Isso mesmo. Cada um escolhe o que deseja para sua vida. Se você escolher plantar laranjas, não colherá maçãs, certo? Você também escolhe suas atitudes, porém sua vida será de acordo com suas escolhas.
- Plante amor, colha amor? perguntou a garota.
- Plante amizade, colha amigos. Continuou tia Antônia. Semeie alegria, colha alegria. Como no eco.
- Posso dizer mais uma palavra antes de continuarmos a caminhada, tia?
- Claro!
- Obrigada! gritou a garota, na entrada da caverna.
E o eco respondeu.
Claudia Schmidt
FONTE: http://aartedeevangelizar.spaceblog.com.br/r9853/Historias-e-textos/

PLURALIDADE DOS MUNDOS HABITADOS

A VIDA EM OUTROS PLANETAS


MARTE
Informações do livro Cartas de Uma Morta – Maria João de Deus – F.C.Xavier – FEB.


a. As cidades são formadas por edificações semelhantes às da Terra.
b. A vegetação é ligeiramente avermelhada, flores e frutos com cores variadas e perfumes diversos.
c. Atmosfera rarefeita, muito mais leve que a da Terra.A densidade de Marte é menor.
d. Os habitantes de Marte são semelhantes a nós, mas possuem protuberâncias á guisa de asas e voam.
e. Possuem poderosas máquinas que cruzam os ares em todas as direções.
f. Os mares são menos profundos, com sistema natural de canais. Existem planícies imensas.
g. A humanidade evoluiu mais rapidamente, não se alimentam de carne. São mais adiantados e possuem conhecimentos profundos da natureza.
h. “Todavia o que mais me admirou não foram as expressões físicas desse planeta, tão adiantado em comparação com o vosso. Nele, a sociedade está constituída de tal forma, que as guerras ou os flagelos seriam fenômenos jamais previstos ou suspeitados.
i. A vibração de paz e de harmonia que ali se experimenta irradia aos corações felicidades nunca sonhadas na Terra. A mais profunda espiritualidade caracteriza essa humanidade, rica de amor fraterno e respeito ao Criador.


JÚPITER
Informações de Bernard Pallisy, na Revista Espírita nº 3 e 4 de 1858.


a. Em Júpiter reina exclusivamente o bem e a justiça, pois não há senão bons Espíritos.
b. Os corpos são parecidos com os nossos, mas mais leves. Apenas roçam a superfície do solo, como pássaros no ar ou peixes na água.
c. Alimentação puramente vegetal: frutas e plantas.
d. O ar é nutritivo – também haurem o alimento do meio ambiente, aspirando emanações.
e. O homem é protetor dos animais. Os animais mais desenvolvidos se encarregam de trabalhos manuais.
f. Comunicam-se com facilidade com os Espíritos. Vidência é natural a todos.
g. Habitam em cidades como na Terra, mas os povos são unidos entre si por laços de amor. Não há mais crimes e as guerras são desconhecidas.
h. A ninguém falta o necessário e ninguém tem o supérfluo.
i. A autoridade se baseia no grau superior de perfeição.
j. Não existe a maioria das enfermidades que afligem os homens da Terra. Os Espíritos crescem em perfeição sem mais suportar provas. Enfrentam sofrimentos em missões que escolhem por amor.



SATURNO
Informações do livro Cartas de Uma Morta – Maria João de Deus – F.C.Xavier – FEB.


a. As habitações são de estilo gracioso, grandes colunatas artisticamente dispostas.
b. As folhagens e ramarias são azuladas, flores de cores variadas e belas, com agradável perfume.
c. O SOL, visto de Saturno é levemente azulado. Calor menor – impressão de frescura e amenidade.
d. Grandes massas multicores parecidas com nuvens, pairam no espaço.
e. Seres diferentes dos homens, possuindo membranas à guisa de asas – volitam.
f. São altamente dotados de sabedoria, sensibilidade e inteligência. Sentidos e percepções são muito superiores aos dos homens terrenos.
g. A preocupação maior é a intensificação do poder intelectual. Possuem grande conhecimento científico – a eletricidade e a mecânica não têm segredos para eles – e podem realizar avançados cálculos matemáticos. A CIÊNCIA está unida à FÉ.
h. MEDICINA muito avançada – não existem moléstias incuráveis.
i. Não se nutrem sacrificando vidas, mas conforme a natureza.
j. Não possuem vícios e maus costumes como na Terra.
k. Todos possuem, após certa idade, MEDIUNIDADE. Podem se comunicar com seus irmãos de outras esferas do sistema.
l. Instituições consideradas sagradas recebem os que se avizinham do que chamamos de morte. Não temem a “morte”, pois estão cientes de tudo o que acontece com o Espírito liberto.
m. Aparelhos gigantescos pairam nos ares.
n. Os saturninos se reúnem para estudos: música, poesia e todas as artes merecem especial carinho.
o. Ainda existe a FAMÍLIA – os membros se reúnem pelas afinidades naturais.
p. Fizeram deste mundo uma das regiões privilegiadas do Universo, onde as almas desejosas de perfeição e beleza estacionam, preparando-se para um glorioso porvir.


SISTEMA DE TRÊS SÓIS
Informações do livro Cartas de Uma Morta – Maria João de Deus – F.C.Xavier – FEB.


a. Penetramos numa atmosfera rosada, plena de luz, mas de claridade suave, que se irradiava espalhando sons dentro da mais harmoniosa das cadências que os meus ouvidos escutaram nas condições de minha nova vida. Sobre as nossas frontes, contemplávamos, então, um sol magnífico, cor-de-rosa quase enrubecido(...).
b. A seguir, percebemos que uma estrela esverdeada brilhava no infinito dos céus(...) e de repente, enquanto uma dessas estrelas se encontrava no zênite e a outra prestes a desaparecer nos horizontes desse planeta maravilhoso, outro sol surgia, amarelo, cor de laranja amadurecida, tonalizando, com um elemento novo, as paisagens.”
c. Não existe sombra, noite ou escuridão... os efeitos da luz e das cores são indescritíveis.
d. Existem OCEANOS e FLORESTAS, JARDINS, MINERAIS, ANIMAIS e muitas outras coisas parecidas com a Terra.
e. Os SERES são muito superiores aos homens e cuidam de trabalhos elevados e de ordem divina.
f. As moradias são de uma arquitetura interessante: quase todas possuem torres como se fossem agulhas, muito elevadas.
g. A LUZ tem aplicações que não podemos compreender, tal a elevação dos trabalhos onde são empregadas as suas vibrações.
h. “Não conseguimos penetrar nos seus problemas, nem na elevação da superioridade de seus labores.”
i. “São altamente dotados de sensibilidade e aguçada inteligência.”
j. “Uma grande bondade se irradia dos seus pensamentos, porque nos sentimos maravilhosamente bem dispostos, enquanto estivemos em contato direto com seu ambiente.”


VIA LÁCTEA

A Via Láctea é uma família imensa de Sóis e mundos, girando em torno de um núcleo. Sua forma é espiral. Nossa estrela, o Sol, localiza-se num dos braços da Via Láctea.



O COSMO

Se nos lançarmos no espaço, encontraremos bilhões de estrelas, Sistemas de Sóis múltiplos animando outros planetas, nebulosas, nuvens cósmicas, pulsares, buracos negros e outras galáxias.
Que mundos existem neste espaço infinito???
Mundos de aprendizado, de luta, de regeneração, mundos dedicados às artes, à música celeste, mundos dedicados à ciência Divina, mundos de ventura, de amor.



HERDEIROS DE DEUS

Esses mundos fantásticos espalhados no espaço infinito, em distâncias incomensuráveis, não oferecem obstáculos ao Espírito Superior, liberto da matéria, que transpõe distâncias incríveis à velocidade do pensamento.
Eis o destino do Espírito eterno, filho de Deus, herdeiro do Supremo Criador do Universo: O Universo infinito em sua variedade espantosa é seu lar, junto à imensa família Universal.

Apresentação


Somos uma equipe de evangelizadores espíritas de Campos dos Goytacazes/RJ que deseja compartilhar material de apoio às aulas, auxiliando a difusão do conhecimento espírita e da moral evangélica pregada por Jesus.

Compreendendo a importância da evangelização espírita infanto-juvenil no nosso tempo como forma de preparar uma nova sociedade, um novo mundo onde habitará a justiça, onde reinará a solidariedade, garantindo o alimento para todos e a oportunidade de revelarem suas capacidades

Com humildade, esperamos servir aos companheiros que, como nós, já descobriram como é bom participar da jornada de difusão da Doutrina dos Espíritos, nossa Doutrina de Luz!

Pintura de Akiane Kramarik intitulada "O Príncipe da Paz".



"O Príncipe da Paz"



Linda! Conheça o site de Akiane Kramarik.
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