sexta-feira, 30 de outubro de 2009

O Consolador prometido


“Se me amais, guardai os meus mandamentos; e eu rogarei a meu Pai e ele vos enviará outro Consolador a fim de que fique eternamente convosco: - O Espírito de Verdade, que o mundo não pode receber, porque o não vê e absolutamente o não conhece. Mas quanto a vós, conhecê-lo-eis, porque ficará convosco e estará em vós. – Porém, o Consolador, que é o Santo Espírito, que meu pai enviará em meu nome, vos ensinará todas as coisas e vos fará recordar tudo o que vos tenha dito.” (São João, 14:15 a 17:26.)

Jesus marcou fortemente a sua presença junto aos homens. Trouxe-nos as noções básicas da Lei de Amor que rege toda a obra da Criação Divina, mostrando que Deus, nosso Pai, é justo e bom, e que tudo criou para o bem e para a dinâmica do aprimoramento que a todos felicita. Ensinou-nos a amar a Deus, amar ao próximo e a nós mesmos. Deixou-nos um exemplo vivo da prática da caridade no seu sentido mais amplo e profundo, cultivando a benevolência para com todos, a indulgência para com as imperfeições humanas e dando um marcante testemunho de perdão, quando já crucificado, pediu a Deus que perdoasse os homens.

Sabia contudo, que seus exemplos e lições não seriam colocados em prática, de imediato, pelos seres humanos, os quais iriam deturpa-los e distorce-los, adaptando-os as suas limitações. Jesus também reconhecia não haver, na época, condições de passar aos homens todos os ensinos. Era preciso aguardar o trabalho da evolução, preparando a Humanidade com dolorosas experiências, para a conquista de novos conhecimentos.

No período que se seguiu a sua presença na Terra, a Humanidade aprimorou-se : a Ciência rompeu barreiras e ampliou conhecimentos; a Filosofia aprofundou o raciocínio em busca da verdade; a Religião revisou seus conceitos com relação ao Criador e a Criação, e as artes desenvolveram o sentimento no cultivo do belo e da harmonia universal.

A medida que avançava em novas conquistas, aumentavam as duvidas do homem: o que sou, de onde vim, para onde vou, qual a razão da dor e do sofrimento, qual o sentido da existência humana. Surgem condições para novos esclarecimentos: mostra-se oportuna a chegada do Consolador Prometido. No dia 17 de Abril de 1857, em Paris, França, esse consolador vem efetivamente ao mundo na forma de um singelo livro – O Livro dos Espíritos -, de autoria de um educador, Allan Kardec, e com a mesma simplicidade da manjedoura, que marcou a vinda do Messias Nazareno.

Chega para ficar eternamente conosco, abrindo uma nova era para a regeneração da Humanidade. Espiritismo - Uma nova era para a Regeneração da Humanidade Desde épocas remotas o homem tem noção da existência de Deus e vem conceituando-o das mais variadas formas, de conformidade com o grau de evolução em que se encontra.

Com a Doutrina Espírita, aprendemos que Deus é a inteligência suprema, causa primeira de todas as coisas. É eterno, imutável, imaterial, único, onipotente, soberanamente justo e bom. Analisando a si mesmo, o homem tem acreditado que possui uma única existência, que começa no berço e termina no tumulo.

Com a Doutrina Espírita, aprendemos que o homem é um espírito imortal encarnado em um corpo material; que já existia antes de nascer e que continua existindo depois da morte do corpo físico; que reencarna inúmeras vezes e preserva toda a experiência de suas existências, indispensável ao progresso espiritual a que está destinado por força da lei Divina. A mediunidade, que possibilita a comunicação dos espíritos com os homens, embora não compreendida, sempre esteve presente na história do mundo, participando, diretamente ou indiretamente, de todos os avanços da Humanidade.

Com a Doutrina Espírita, passamos a conhecer melhor as leis que regem o intercambio mediúnico, assim como a adequada maneira de sua utilização. Desde o totemismo o homem vem procurando uma diretriz de comportamento moral que atenda as suas reais necessidades de aperfeiçoamento.

Com a Doutrina Espírita, aprendemos que Jesus é o Guia Modelo para toda a humanidade, e que a Doutrina que nos ensinou e exemplificou é a expressão mais pura da Lei de Deus. Estes e outros novos conceitos representam as revelações que os espíritos superiores trouxeram a Humanidade através da Doutrina Espírita e que vêm sendo confirmadas pelas pesquisas e conquistas da ciência humana.

Revelando-nos as Leis Divinas e ampliando a nossa compreensão em torno de tudo o que nos cerca, o Espiritismo nos mostra a bondade de Deus e a grandiosidade de sua obra, e abre uma Nova Era para a Humanidade, descortinando-nos o caminho do progresso espiritual que cabe ao homem trilhar.

150 Anos de Espiritismo – Luz e Paz, Esclarecendo e Consolando

Fonte: http://www.institutoespiritaluzia.org.

Jesus e o Consolador


(2º e 3º Ciclos)
Prece inicial
Primeiro momento: distribuir aos evangelizandos O Livro dos Espíritos, para que eles, em duplas, localizem a questão 625 e copiem no caderno, juntamente com a resposta. Se houver necessidade, o evangelizador poderá auxiliá-los. Após, perguntar se eles concordam com a resposta e por quê.
Segundo momento: perguntar se os evangelizandos sabem o nome do governador do Estado e como ele é eleito e, a partir daí, perguntar se era do conhecimento deles que o nosso planeta, a Terra, também possui um governador.
Esclarecer que Jesus acompanhou a Terra desde a sua formação, é o governador do Planeta e encarnou apenas uma vez na Terra em missão. Veio trazer à humanidade a mensagem divina de amor, tendo vivenciado-a através do seu exemplo. É o ser mais evoluído que já encarnou na Terra, é nosso exemplo de perfeição atingível, nosso modelo e guia. Foi criado como nós e evoluiu em outro (ou outros) planeta(s), não sendo do nosso conhecimento como aconteceu.
Terceiro momento: quando estava se despedindo dos apóstolos, jantando com eles, pois sabia que seria morto em breve, Jesus disse:
“Não vos deixarei órfãos. Estarei sempre com vocês. Se me amais, guardais os meus mandamentos e eu pedirei ao Pai e Ele vos enviará outro Consolador, que ficará com vocês para sempre.”
Quem é o Consolador prometido por Jesus? O Espiritismo.
O que já sabem sobre o Espiritismo? Foi ditado por diversos espíritos e codificado (organizado) por Allan Kardec, que fez perguntas e organizou as respostas em cinco obras. Quais são essas obras?
Qual é a função da Doutrina Espírita? Transformação moral do ser humano, baseado no exemplo de Jesus. Conhecer os ensinamentos de Jesus para praticá-los, tornando-se alguém melhor (evolução espiritual).
Quarto momento: pedir aos evangelizandos para relaxarem, se acomodarem bem em suas cadeiras e deixarem a imaginação fluir. Dissemos que alguém enviou uma mensagem muito importante para eles e colocar para ouvirem.
Levamos uma mensagem gravada por um de nossos trabalhadores, como se fosse uma mensagem de Jesus convidando-os (inclusive citando o nome de cada uma das crianças), para juntos, construírem um mundo melhor. O evangelizador poderá colocar uma música de fundo e ler a mensagem ou levá-la gravada.
Se o evangelizador resolver colocar o nome das crianças, não esqueça ninguém. Se houver algum visitante ou criança que está iniciando aquele dia, se ressalte que, conforme diz a mensagem, Jesus conta com todas as crianças.
Foi bem emocionante, se ouviu muitas exclamações de alegria e suspiros, à medida que os nomes iam sendo citados. Causou um impacto bastante positivo nos evangelizandos.
Após a mensagem fizemos um pequeno comentário a respeito, enfatizando a grande oportunidade que eles estão tendo nessa reencarnação. Veja a mensagem abaixo.
Quinto momento - atividade:
Sugestão 1: desenhar como eles imaginam Jesus.
Sugestão 2: escrever uma resposta à mensagem recebida.
Sugestão 3: fazer uma pequena confraternização, em agradecimento a Deus pela vida. (Bolo de Chocolate e refrigerante é sempre uma boa sugestão).
Prece de encerramento
Mensagem:
Queridos amiguinhos,
Que bom que vocês estão na aula de evangelização, aprendendo sobre meus ensinamentos. Isso vai ajudá-los nos momentos difíceis.
Não desanimem, persistam no caminho do bem, pois vocês se prepararam para reencarnar na Terra e hoje estão aqui, aprendendo a ser alguém melhor.
Conto com o Gustavo, Adele, Cháris, Felipe, Karine, Rafaela, Kaísa, Eduarda, Tales, Manuela, Joice, Aline, Stephane, e também com o Henrique, Laura, Vanessa, Natália, Fernanda, Gabriela, Niete, Leonardo, Renata e a Giovana. Conto com todas as crianças para construirmos juntos um mundo melhor, com mais amor, mais perdão e mais amizade.
Aproveitem bem as lições desta encarnação, e tratem bem a natureza, cuidem dos animais, ajudem a família, cuidem dos irmãos menores, auxiliem nas tarefas domésticas, tratem bem os colegas, respeitem os professores, os pais, os tios, os avós, enfim todas as pessoas.
Estou sempre com vocês, sei o que se passa no coração de cada um, as alegrias e as tristezas. Quando vocês sentirem medo, dor ou precisarem de ajuda podem contar comigo. Vocês se ligam a mim através da prece e das boas ações. Eu estou sempre perto, sou seu amigo e irmão para todas as horas.
Sintam o meu abraço e o meu imenso amor por vocês.

Fonte: Seara do Mestre

quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Corrida da Vida


Jogo: Corrida da Vida


Como fazer:

Para fazer o tabuleiro, copie a imagem para um editor de texto (Word, por exemplo) e redimensione para o tamanho desejado. Eu tirei cópia no papel A3 para ficar maior. Caso não seja possível, imprima e cole em papel mais duro, como cartolina, papel cartão etc.

Os peões e o dado foram reutilizados de um jogo de tabuleiro que tinha em casa.
Imagem original: http://www.lanavision.com/walcestari/images/docs/aplicacao_de_conhecimentos/corrida.html


Regras do jogo:

Após decidir quem iniciará a partida, joga-se o dado. O evangelizando andará o número de casas correspondentes. As casas em preto trazem perguntas relacionadas ao cotidiano (ver abaixo). Dependendo da resposta, há um prêmio ou uma punição.

Perguntas:

4 – Você está com a viagem dos seus sonhos marcada, mas com o caos nos aeroportos, ela está por um fio. O que você faria numa situação assim?

a) Torceria para conseguir viajar (Fique onde está)

b) Discutiria com o funcionário da companhia área, pois é obrigação deles arrumar um vôo para você (Volte 2 espaços)

c) Não há nada a fazer (Fique onde está)


8 – Na escola, todos tiram sarro de um colega. O que você faz?

a) O mesmo (Volte 2 espaços)

b) Tento convencer o pessoal a parar, pois sei que ele fica ofendido e chateado (avance 3 espaços)

c) Nada (Fique onde está)


16 – Com que freqüência você come salada e outros elementos saudáveis?

Sempre (Avance 2 espaços)

Nunca (Volte 2 espaços)

Às vezes (Avance um espaço)


21 – Fazer perguntas da aula anterior.

Certo – Avance 3 espaços

Errado – Volte 2 espaços

26 – Você briga com seus irmãos?

Não (Vá para a casa 30)

Só quando ele(a) começa (volte 2 espaços)

Todo dia e toda hora (Volte para a casa 22)


35 – Na escola, você:

a) Só presta atenção nas aulas que você gosta. Nas outras fica conversando e brincando com os colegas. (Volte 3 casas)

b) Procura prestar atenção em todas as aulas (Avance 3 casas)

c) Não presta atenção em nada. (Volte para a casa 27)


39 – Quando você é contrariado, você costuma xingar as pessoas?

a) Sim (Volte 2 casas)

b) Não (Avance uma casa)

c) De vez em quando (Volte uma casa)



43 – O que você acha de brincadeiras como tirar a cadeira antes do outro sentar?

a) Não faço, mas acho engraçado (Volte 2 casas)

b) Não gosto desse tipo de brincadeira (Avance uma casa)

c) Gosto e faço (Volte um espaço e perca uma rodada)


45 – Fazer perguntas da aula anterior.

Certo – Avance 3 espaços

Errado – Volte 1 espaço


49 - Você descobre que tem como abrir o cofrinho do seu irmão sem precisar quebrar e sem precisar de chave. O que você faria numa situação assim:

Nada. O cofre não é meu. (Fique onde está)

Pegaria só umas moedinhas de vez em quando. Não iria fazer falta (Volte 3 casas)

Pegaria dinheiro, mas avisaria depois. (Volte uma casa)


53 – As regras de trânsito são aplicáveis a motoristas, ciclistas e pedestres. Ao atravessar a rua, você:

a) procura atravessar no sinal, nas passarelas, optando pelo mais seguro (avance 2 espaços)

b) atravessa em qualquer lugar. Se não houver sinal, corre. (perca sua vez)

c) Depende do momento e do horário (volte um espaço)

56 – Você precisa subir pro seu apartamento de escada. No caminho, encontra uma senhora com compras na mão. O que você faz:

Nada. Passa direto (Volte 2 casas)

Oferece ajuda (Avance 3 casas)

Chama alguém para ajudá-la. (Fique onde está)

62 – É seu aniversário e você ganhou um presente que não gostou. O que faz:

a) Não fala nada, mas faz uma cara... (Volte uma casa)

b) Agradece (Fique onde está)

c) Dependendo de quem deu o presente, reclama na hora. (Volte 2 espaços)

67 – Você caiu numa área duvidosa. Volte 2 espaços.



IMPORTANTE: O evangelizador deve destacar que o mais importante nesse jogo não é ganhar e sim refletir como agiríamos em situações semelhantes. Isso porque algumas vezes mais de um jogador cairá na mesma casa e já saberá o ‘prêmio’ ou o ‘castigo’. Fizemos esse jogo com o Terceiro Ciclo e foi muito legal, eles conseguiram captar bem o espírito da coisa.



Conclusão:

Usamos esse jogo na nossa aula sobre reencarnação e como encerramento, lembramos que a nossa vida é feita de escolhas. E são as nossas escolhas que vão determinar o que somos hoje e como seremos na nossa próxima encarnação.



Outros temas possíveis: Amor à verdade, Liberdade e limites; Relações do homem com a sociedade.

Que mais você sugere?

Fonte: escrito por Vivi, blog http://evangelizacaoespirita.zip.net.

Idéias para Natal



Fonte: Orkut de Andréia Grimalde.

Vingança

Objetivo: Mostrar-lhes que a vingança não traz felicidade real, não contribui para a nossa melhoria como ser humano, é contrária às leis de Deus e aos ensinamentos de Jesus.

1. Prece;

2. O que é vingança?

* Ouvir as respostas deles. Explicar que vingança é o ato de se vingar, de desforrar, punir ou castigar alguém pelo que tenha feito a nós ou a outrem.

2.1. Perguntar se já se vingaram ou têm vontade de se vingar de alguém e por quê. Ouvir e comentar respostas.

2.2. Se alguém já tiver se vingado, perguntar se a vingança trouxe felicidade.
* A vingança é sempre um mal que praticamos em "pagamento" de outro mal.
A prática do mal não pode deixar ninguém feliz de verdade, porque vai contra as leis de Deus. A felicidade que os vingadores experimentam é desequilibrada, doentia, não tem a serenidade e a paz das felicidades reais e justas.
Quando fazemos o mal, vamos contra nossa natureza, porque fomos criados por Deus num ato de amor e para o amor.

2.3. A vingança compensa? Por quê?
* Não. Em primeiro lugar, como vimos acima, ela não nos traz felicidade.
Em segundo lugar, quando nos vingamos, permanecemos ligados àquela pessoa de quem não gostamos, porque ela não ficará feliz com nossa vingança e pode desejar voltar a nos fazer mal. Além disso, a vingança não mata a raiva ou o ódio, apenas os alimenta ainda mais. Quem se vinga, por estar praticando o mal, coloca-se em posição de sofrer, porque a lei divina não deixa esquecida nenhuma maldade praticada. As pessoas que desejam vingar-se de alguém não vivem tranqüilas, ficam grande parte de seu tempo pensando naquele de quem desejam desforrar-se.
Quem gasta seu tempo pensando no mal azeda a própria vida. Não há como praticar a maldade sem sofrer no caminho.

3. Mas, em muitos casos, a vingança não é justa? Se, praticando o mal, uma pessoa coloca-se em posição de sofrê-lo e esse mal foi feito a mim, não é certo que eu puna essa pessoa?
* Antigamente, no tempo de Moisés, as pessoas eram muito injustas, vingavam-se dos seus ofensores com muita desproporção, por exemplo, matando alguém que só tinha olhado torto, ou lhes pisado no pé. Para que a sociedade fosse menos injusta, veio a idéia do "Olho por olho, dente por dente", que significa punição igual à ofensa. De acordo com essa idéia, se alguém pisa no meu pé, eu estarei certo se pisar no pé dessa pessoa de volta.
Jesus veio trazer-nos a doutrina do amor e do perdão. Ele nos disse o seguinte:
Ouvistes que foi dito: Olho por olho, e dente por dente.
Eu, porém, vos digo que não resistais ao homem mau; mas a qualquer que te bater na face direita, oferece- lhe também a outra.
Não resistir ao mal, nas palavras de Jesus, não é não se defender, mas não fazer o mal em troca àquele que o fez a nós. O Mestre também nos ensina a oferecer a outra face. Isto não quer dizer que, se levamos um soco do lado direito, devemos oferecer o outro lado para ser socado.
Dar a outra face é proporcionar outra oportunidade para a pessoa que nos fez o mal; também é ensinar pelo exemplo, fazendo o contrário daquilo que ela nos fez. Exemplificando: Alguém grita conosco, é grosseiro e injusto; em resposta, podemos falar baixo com a pessoa, tratá-la com educação e respeito. Pode ser que, vendo nossa forma de agir, a pessoa agressora sinta vontade de se modificar.
Pagar o mal com o mal é colocar-se no nível daquele que primeiro o praticou, é rebaixar-se. Se alguém erra conosco, passa a ter uma dívida junto às leis divinas; se nós nos vingamos, a pessoa "paga" a dívida e nós "ficamos devendo".
Deus não coloca ninguém no mundo para ser instrumento dos sofrimentos de outra pessoa. A lei divina é infinitamente sábia e tem milhões de formas de fazer com que um culpado resgate seus erros.
Jesus atualizou e aperfeiçoou os ensinamentos de Moisés. Na sua doutrina de amor, a vingança não cabe. O Espiritismo, falando-nos da reencarnação, da evolução e da busca pela perfeição, vem nos mostrar que a vingança só atrasa o indivíduo na sua marcha.

4. Vingança indireta
Muitos de nós, porém, somos chateados por alguém em quem não podemos descontar toda a nossa raiva.
Teoricamente, podemos encher de sopapos o coleguinha que nos disse uma palavra infeliz, mas não podemos fazer o mesmo com uma professora que, ao nosso ver, age conosco injustamente.
Então, o que muitos de nós fazemos? A vingança indireta. Como funciona isso?
Como eu não posso me vingar em quem me fez o mal, vingo-me no primeiro que encontrar. Assim é que a professora chateada às vezes vinga-se no aluno, que se vinga em um coleguinha menor, que se vinga no cachorro, que se vinga mordendo alguém que passa na rua, que se vinga nos seus filhos. O círculo perdura indefinidamente, até que entre em ação a única coisa que, de fato, aniquila a vingança e todos os seus malefícios: o perdão.

5. O perdão
Ele é, portanto, o melhor remédio contra o desejo de vingança.
Observar que, muitas vezes, a pessoa que nos faz o mal não está muito bem. Aconselhá-la, se for possível, mas não entrar na mesma sintonia de raiva e mal querer, porque isso não vai resolver nada, nem para a gente, nem para ela.
Além disso, enquanto tentamos nos vingar de quem nos fez o mal, continuamos envolvidos pelo mal e não enxergamos as pequenas grandes coisas da vida.
Por exemplo: pode uma pessoa, com muito ódio no coração, apreciar o sabor de uma comida bem quentinha? Uma pessoa cheia de mágoa pode aproveitar a brincadeira gostosa com os amigos? Consegue ela fruir da beleza de um livro, da emoção de uma aventura, da alegria da companhia dos seus amigos e familiares? Não pode.
Então, enquanto não perdoamos, além de podermos ferir pessoas que não têm nada a ver, permitimos que o mal que nos fizeram vá muito mais além do ato inicialmente praticado, porque aquilo vai ficar fazendo o mal para a gente até que sejamos capazes de perdoar.
Por isso é que o perdão não é uma coisa que se dá para agradar aos outros, mas uma coisa de que nós próprios precisamos, para sermos felizes e mais abertos às coisas da vida. Quem odeia muito não tem saúde, nem paz, nem alegria; e é muito difícil ter uma vida boa sem saúde, alegria e paz, mesmo que se tenha um quarto cheio de brinquedos e muitas coisas materiais.

5.1. E quando nós fazemos algo errado e nossa vítima não nos perdoa, o que devemos fazer?
* Devemos nos esforçar para pagar com bem o mal que fizemos. Não devemos, de forma alguma, entrarmos na idéia destrutiva de que o outro deve se vingar de nós. As leis divinas se encarregarão de nos fazer resgatar nossos erros, não precisamos do outro para nos levar a fazê-lo. Sendo assim, se alguém não nos perdoa, devemos buscar nos melhorar, para que, um dia, consigamos pagar com ações boas os nossos enganos. Não devemos deixar que a culpa nos aniquile.

6. Historinha da arma infalível. Fonte: Alvorada Cristã - Neio Lúciu - Chico Xavier.

A ARMA INFALÍVEL

Certo dia, um homem revoltado criou um poderoso e longo pensamento de ódio, colocou-o numa carta rude e malcriada e mandou-o para o chefe da oficina de que fora despedido.
O pensamento foi vazado em forma de ameaças cruéis. E quando o diretor do serviço leu as frases ingratas que o expressava, acolheu-o, desprevenidamente, no próprio coração, e tornou-se furioso sem saber porquê. Encontrou, quase de imediato, o sub-chefe da oficina e, a pretexto de enxergar uma pequena peça quebrada, desfechou sobre ele a bomba mental que trazia consigo.
Foi a vez do sub-chefe tornar- se neurastênico, sem dar o motivo. Abrigou a projeção maléfica no sentimento, permaneceu amuado várias horas e, no instante do almoço, ao invés de alimentar- se, descarregou na esposa o perigoso dardo intangível. Tão só por ver um sapato imperfeitamente engraxado, proferiu dezenas de palavras feias; sentiu- se aliviado e a mulher passou a asilar no peito a odienta vibração, em forma de cólera inexplicável.
Repentinamente transtornada pelo raio que a ferira e que, até ali, ninguém soubera remover, encaminhou- se para a empregada que se incumbia do serviço de calçados e desabafou. Com palavras indesejáveis inoculou- lhe no coração o estilete invisível.
Agora, era uma pobre menina quem detinha o tóxico mental. Não podendo despejá-lo nos pratos e xícaras ao alcance de suas mãos, em vista do enorme débito em dinheiro que seria compelida a aceitar, acercou-se de velho cão, dorminhoco e paciente, e transferiu-lhe o veneno imponderável, num pontapé de largas proporções.
O animal ganiu e disparou, tocado pela energia mortífera, e, para livrar-se desta, mordeu a primeira pessoa que encontrou na via pública. Era a senhora de um proprietário vizinho que, ferida na coxa, se enfureceu instantâneamente, possuída pela força maléfica.
Em gritaria desesperada, foi conduzida a certa farmácia; entretanto, deu-se pressa em transferir ao enfermeiro que a socorria a vibração amaldiçoada. Crivou-o de xingamentos e esbofeteou-lhe o rosto.
O rapaz muito prestativo, de calmo que era, converteu- se em fera verdadeira. Revidou os golpes recebidos com observações ásperas e saiu, alucinado, para a residência, onde a velha e devotada mãezinha o esperava para a refeição da tarde. Chegou e descarregou sobre ela toda a ira de que era portador.
— Estou farto! — bradou — a senhora é culpada dos aborrecimentos que me perseguem! Não suporto mais esta vida infeliz! Fuja de minha frente!...
Pronunciou nomes terríveis. Blasfemou. Gritou, colérico, qual louco. A velhinha, porém, longe de agastar- se, tomou- lhe as mãos e disse-lhe com naturalidade e brandura:
— Venha cá, meu filho! Você está cansado e doente! Sei a extensão de seus sacrifícios por mim e reconheço que tem razão para lamentar-se. No entanto, tenhamos bom ânimo! Lembremo-nos de Jesus!... Tudo passa na Terra. Não nos esqueçamos do amor que o Mestre nos legou...
Abraçou-o, comovida, e afagou-lhe os cabelos! O filho demorou-se a contemplar-lhe os olhos serenos e reconheceu que havia no c arinho materno tanto perdão e tanto entendimento que começou a chorar, pedindo- lhe desculpas.
Houve então entre os dois uma explosão de íntimas alegrias. Jantaram felizes e oraram em sinal de reconhecimento a Deus. A projeção destrutiva do ódio morrera, afinal, ali, dentro do lar humilde, diante da força infalível e sublime.

6.1 - Caso haja tempo, aprofundar a historinha, perguntando o que mais lhes chamou a atenção e questões assim. No final, levá-los a concluir que a historinha nada mais é que um exemplo prático de tudo aquilo que conversamos na aula e que coisas assim acontecem todos, todos os dias.

(enviado por Vinícius e esposa - participantes sala Evangelize CVDEE)

LEI DE SOCIEDADE- VIOLÊNCIA- PAZ NO LAR






O que são leis?
Leis são regras sobre direitos e deveres.
Todos precisam cumpri-las para que haja ordem e progresso na sociedade.
Existem as leis criadas pelo homem e também as leis divinas, aquelas criadas por Deus.
Uma das leis de Deus é a da sociedade.
Isso quer dizer que todas as pessoas precisam conviver estar juntas, compartilhar idéias, aprender umas com as outras.
Imaginem o que aconteceria se as pessoas resolvessem se isolar.
Cada um ficaria na sua casa, ou então trancado no quarto. Na escola, a professora somente colocaria a matéria na lousa.
A diretora não conversaria com os educadores para saber das dificuldades dos alunos.
Os alunos não esclareceriam as dúvidas com o professor.
Em casa os pais e os filhos também ficariam sem conversar.
Seria o fim!
O homem foi criado por Deus para viver em sociedade.
A palavra foi desenvolvida durante milênios para que nós pudéssemos nos comunicar uns com os outros.. Toda pessoa necessita comunicar-se.
É através da comunicação que aprendemos coisas novas, e também transmitimos nossas idéias aos outros.
Na pergunta 768 do Livro dos Espíritos, Kardec indaga aos Espíritos superiores qual o objetivo de viver em sociedade.
Os espíritos respondem que é o progresso e que nenhum espírito possuí todo o saber, por isso todos precisam aprender uns com os outros.
Quem se isola, está sendo egoísta e atrasa a própria evolução.

VIOLÊNCIA

A violência atualmente está acontecendo em todo o planeta. Por que será?
Já aprendemos que precisamos nos comunicar, necessitamos viver em sociedade.
Apesar de termos ao nosso alcance muitos facilidades para nos comunicar, será que realmente fazemos isso?
Não! Existe hoje muita informação, mas as pessoas não se preocupam realmente em ouvir o que os outros têm a dizer.
Apesar de estarmos juntos, estamos na verdade separados pelo egoísmo.
Os espíritos superiores, que são os exemplos da humildade e sabedoria, pedem para que nós combatamos o egoísmo e o orgulho, pois eles são a causa de todos os males que atingem o nosso planeta. Enquanto o egoísmo e o orgulho reinarem, haverá sempre violência, desarmonia e muito sofrimento e guerras.
A felicidade é direito de todos.
Enquanto uma criança passar fome, um jovem não tiver possibilidade de estudo, a violência será constante. Não existe outra maneira de acabar com a violência a não ser pelo amor, pela fraternidade, pela consciência.
Nunca podemos condenar sem saber.
A violência é responsabilidade de todos. Quando nos preocupamos apenas conosco, estamos sendo violentos também. Vamos buscar sempre compreender o porquê de uma pessoa ser violenta. Era assim que Jesus agia: ele conviveu com pessoas violentas, ladrões, prostitutas, mas nunca julgou nem condenou. E foi com muito exemplo de amor que o Mestre conseguiu transformar almas endurecidas.
Busquemos seguir o exemplo de Jesus para que o mundo tenha PAZ.

PAZ NO LAR
Como fazer para ter paz no lar?
Primeiro, temos que substituir o egoísmo e o orgulho pela compreensão. Cada componente da família tem suas características próprias e precisamos aceitar o jeito de ser de cada um e o seu estágio evolutivo.
Lembre-se que você também tem defeitos e manias, que às vezes desagradam os outros. Pense nisso.
A melhor maneira para resolver algo que achamos que está errado é através do diálogo.
Quando certas atitudes nos desagradam, vamos falar sobre o assunto com calma, sem sermos intolerantes.
A paz no lar depende de todos. Se algum membro da família não consegue ainda agir com paciência e tolerância, não se preocupe nem desanime, compreenda.
Continue você a ter atitudes pacíficas. Agindo assim, conseguirá ser um exemplo para os outros.

ATIVIDADE EM GRUPO

Maquete mostrando um mundo pacífico.

- pessoas em atitudes fraternas
- natureza preservada
- felicidade geral

MATERIAL: argila, tinta, papel crepom, tesoura, cola, pedaço de tábua ou isopor para fazer a maquete. Podem-se usar outros materiais. Usem a imaginação.
(Faça a sua adaptação)'
FONTE: Brincando e aprendendo espiritismo volume 4

Outra idéia:

QUESTIONANDO E DEBATENDO

Pesquisar em revistas, jornais ou filmes cenas de violência.

Lançar questionamentos e abrir para debates:
- Quais as causas principais da violência e como combatê-la?

Apresentação de pequenas dramatizações com o mesmo tema: violência- causas e soluções.

Fonte: Grupo de Apoio à Evangelização - YahooGrupos! Alice Lírio.

terça-feira, 27 de outubro de 2009

Atividades sobre os Ensinamentos de Jesus

Essas figuras foram pintadas pelos alunos do 3º Ciclo de Evangelização, respectivamente Patrick, Taiane, Bruno, nosso aluno especial, e Rosemara, após a aula sobre os Ensinamentos de Jesus.




Evolução

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Somos todos irmãos e Parábola do Semeador

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MEIMEI


Seu nome de batismo, aqui na terra, foi Irma Castro. Nasceu a 22 de Outubro de 1922, em Mateus Leme (MInas Gerais). Aos dois anos de idade sua família transferiu-se para Itaúna (MInas Gerais). Constava de pai, mãe e quatro irmãos: Ruth, Carmen, Alaide e Danilo. Os pais eram Adolfo Castro e Mariana Castro.Com 5 anos ficou orfã de pai.

Meimei foi desde criança diferente de todos pela sua beleza física e inteligência invulgar. era alegre, comunicativa, espirituosa, espontânea.

O convivio com ela, em família, foi para todos uma dádiva do Céu. cursou com facilidade o curso primário. matriculando-se, depois, na Escola Normal de Itaú; porém, a moléstia que sempre a perseguia desde pequena - nefrite - manisfestou-se mais uma vez quando cursava com brilhantismo o segundo ano Normal. Sendo a primeira aluna da classe, teve que abandonar os estudos. Mas, muito inteligente e ávia de conhecimentos, foi apurando sua cultura através da boa leitura, fonte de burilamento dos seus espírito. Onde quer que aparecesse era alvo de admiraçào de todos.

Irradia beleza e encantamento, atraindo a atenção de quem a conhece. Ela, no entanto, modesta, não se orgulhava dos dotes que Deus lhe dera. Profundamente caridosa, aproximava-se dos humildes com a esmola que podia oferecer ou uma palavra de carinho e estimulo. Pura, no seu modo simples de ser e proceder não era dada a conquistas próprias da sua idade, apesar de ser extremamente bela. Pertencia a digna sociedade de Itaú.

Algum tempo depois, transferiu-se para Belo Horizonte, em compania de uma das irmãs, Alaide, a fim de arranjar colocação. Estava num período bom de saúde, pois a moléstia de que era portadora, ia e vinha, dando-lhe até, às vezes, a esperança de que havia se curado. Foi nessa época que conheceu Arnaldo Rocha com quem se casou aos 22 janeiros de idade. Viviam um lindo sonho de amor que durou 2 anos apenas, quando adoeceu novamente. Esteve acamada 3 meses, vítima da pertinaz doença - nefrite crônica. Apesar de todos os esforços e desvelos do esposo, cercada de médicos, veio a falecer no dia 1 Outubro de 1946, em Belo Horizonte.

Logo depois, seu espírito já exclarecido começou a manifestar-se através de mensagens psicografadas por Francisco Cândido Xavier, que prossegue nessa linda missão de exclarecimento e consolo, em páginas organizadas em várias obras mediúnicas, que têm se espalhado por todo o Brasil e até além das fronteiras.

Seu nome "Meimei", agora tão venerada como um "Espírito de Luz", foi lhe dado em vida, carinhosamente, pelo esposo Arnaldo Rocha.

Meimei - expressão chinesa que significa "Amor Puro".


Fonte:
O texto em resumo acima foi extraído da obra citada abaixo:
Palavras do Coração - Editora Cultura Espírita União 1982
Link da Página: http://www.grupoandreluiz.org.br/ler_biografia.php?id=13
(Publicado em 22/03/2009)

MARIA DOLORES


Maria de Carvalho Leite, nascia na cidade sertaneja de Bonfim de Feira - BA, no dia 10 de Setembro de 1900, filha de Hermenegildo Leite, escrivão da prefeitura, e da doméstica Balmina de Carvalho Leite. Em Bonfim passou a infância junto com três irmãos e duas irmãs.

Em 1916, diplomou-se Professora pelo Educandário dos Perdões, considerada pelas colegas e professores como adolescente prodígio, graças a rara inteligência.

"A poesia começou a senti-la na cidade natal, ainda quase criança, a transformar-se, mais tarde na poetisa de bons versos que todos conhecemos".

Reuniu alguns de seus poemas no livro "Ciranda da Vida". sendo reconhecida na Capital pela sua arte, passou a escrever nos jornais "Diário de Notícias" e "O Imparcial" sendo, neste último, Redatora-Chefe da "Página Feminina". Durante 13 anos, escrevera nos jornais citados, mostrando um mundo de ternura que trazia dentro de si, adaptando pseudônimo de "Maria Dolores".

Dolores lecionou nos Educandário dos Perdões e Ginásio Carneiro Ribeiro, em Salvador. Daí, porque entendemos o seu modo todo especial de ensinar, através dos versos as almas aflitas.

Mas a sua vida não poderia ser somente flores: estava-lhe reservada uma prova de sofrimentos morais.

Casara-se com o médico Odilon Machado. Suportando infeliz consórcio durante alguns anos, finalmente deu-se a solução pelo desquite. Não houve filhos desta união, como nunca os teria Maria Dolores.

Em sua peregrinação, morou em várias cidades da Bahia, e foi em Itabuna que conheceu Carlos Carmine Larocca, italiano radicado no Brasil; tornou-se sua companheira ajundando-o, ombro a ombro, em suas atividades.

Notamos nos seus versos o quanto sofrera, buscando algo que não encontrava: a sua complementação afetiva, tal como fora planejado pela providência, para que buscasse o Amor Maior, que ela soube encontrar um dia - Jesus ! Tanto sofrimento não foi capaz de torná-la indiferente ao sofrimento humano. Na emprensa, falava dos direitos humanos e do sofrimento dos menos felizes. Não foi compreendida: tacharam-na de "comunista" tendo de responder sobre as acusações que lhe faziam, pois fora intimada.

Em menina, fora católica; em adulta, o sofrimento fizera-lhe conhecer a Doutrina de Allan Kardec, e veio a consolação, a aceitação do sofrimento.

Tornou-se membro integrante da Legião da Boa Vontade, com o seu espírito aberto e cheio de ideais.

Fazia campanhas, prendas para os bazares realizados em sua própria casa. Fundara um grupo que se reunia em sua residência todas as semanas, quando saíam para distribuir, nos bairros carentes escolhidos, farnéis, roupas, remédios... Chamavam-se "As Mensageiras do Bem". No natal, faziam campanhas e distribuíam donativos assim como nos Dia das Mães. Dolores costurava enxovais, vendia o que era seu ou emprestava; às vezes, fazia dívidas para si, a fim de ajudar alguém.

Trazia em si, um grande sentido maternal e, como não lhe foi dado o direito da maternidade, adotou 6 meninas. Carlos (o esposo) estava na Itália quando Dolores adoecera, a pneumonia manisfestara-se de uma forma violenta. No dia 27 de Agosto de 1959 ela partia de volta a Pátria Espiritual.


Fonte:
O texto em resumo acima foi extraído da obra citada abaixo:
Chico Xavier - Mediunidade e Ação - Editora IDEAL 1990
Link da Página: http://www.grupoandreluiz.org.br/ler_biografia.php?id=12
(Publicado em 22/03/2009)

LÉON DENIS


Léon Denis nasceu em primeiro de Janeiro de 1846 em Foug, pequena localidade de Toul, na França. Desencarnou, cego e doente, em 18 de Abril de 1927, na cidade de Tours, também na França onde viveu a maior parte de sua vida. Era de origem Celta (Gaulês), grupo de antigos povos da Europa, de antes de Cristo.

Era profundamente conhecedor da cultura celta e, como historiador, escreveu obras sobre este assunto, destancando-se "O Gênio Celta e o Mundo Invisível" e a vida de "Joana D´Arc".

Filho único de Joseph Denis, pedreiro pobre, depois carteiro e ferroviário e de Anne-Lucie Liouville, camponesa. Só fez o curso primário, mas lia muito e, graças ao seu talento e às leituras, tornou-se um homem culto e erudito. Foi telegrafista ferroviário e contador comercial. Em Tours, trabalhou como operário braçal numa cerâmica e freqüentou uma escola noturna para aprimorar seus conhecimentos gerais.

Aos 18 anos adquiriu, por curiosidade, "O Livro dos Espíritos", que começou a ler escondido da mãe (que era católica). A mãe descobre o livro e também o lê. Ambos tornam-se espíritas !

Passou a trabalhar numa firma que comerciava com couros, onde se ocupava com a correspondência e contabilidade, passando depois a vendedor - viajante. Como viajante comercial pode visitar e proferir conferências espíritas em várias localidades da França, Bélgica, Suíça, Algéria e Tunísia (na África), Ilha de Córsega, Itália, etc. Manteve a sua profissão de viajante até se aposentar. Filho amoroso, de todos os lugares onde ia, escrevia sempre cartas ou postais à sua mãe, com quem morava. Nunca se casou, por ter saúde fraca e temer desamparar a família.

Conheceu Allan Kardec por ocasião da visita do Codificador à cidade de Tours, onde fora pronunciar uma conferência sobre Espiritismo. Nessa ocasião foi negado permissão para a reunião em um salão que tinha sido alugado para a conferência. Cerca de 300 pessoas tiveram, então, que ouvir o conferencista, em pé, no jardim da casa particular de um espírita ! Com 21 anos revê mais duas vezes Allan Kardec; uma vez em Paris e outra em Bonneval. Tornou-se secretário do Grupo Espírita de Tours. Estuda e pesquisa o Espiritismo.

Em 1869, com 23 anos, torna-se Orador da Loja Maçônica dos Demófilos (nome de origem grega, significando Amigos do Povo). 1870 - Guerra Franco-Prussiana. Léon Denis está com 24 anos e serve como Sargento na 1° Leigião da Guarda. Depois passa a Sub-Tenente, Tenente e Major-Ajudante. Vem a Paz.

Foi dedicado colaborador da Liga de Ensino, entidade que buscava criar escolas e bibliotecas para o povo. Certa vez seus amigos quiseram fazê-lo Deputado. Recusou-se.

Sua missão era trabalhar pelo Espiritismo. Léon Denis era médium Escrevente, Vidente e de Intuição. Recordava-se de três de suas encarnações anteriores, na Gália. Sua protetora espiritual foi o espírito que se identificou como Sorela, mais tarde revelando ser Joana D´Arc. Um de seus Guias foi Jerônimo de Praga (Monge Pré-Reformador, 1416, queimado vivo pela igreja de Constança, Alemanha); é também o Espírito Azul (era visto como uma névoa azulada).

Com o tempo Léon Denis tornou-se um famoso orador espírita e passa a defender e esclarecer a Doutrina Espírita em brilhantes conferências. É considerado o continuador e consolidador da obra de Allan Kardec. É tido como o Apóstolo do Espiritismo e reconhecido como Filósofo, Orador, Historiador, Escritor primoroso, autor de 15 obras de inestimável valor doutrinário.

Quando ficou cego tratou de aprender a escrever em Braille, para tomar notas e registrar idéias e pensamentos. Como não podia mais ler nem escrever, passou a utilizar os serviços de secretárias, a quem ditava cartas e seus últimos livros.

Foi Presidente de Honra da União Espírita Francesa. Membro honorário da Federação Espírita Internacional. Presidente do Congresso Espírita Internacional realizado em Paris - 1925.

Viveu 81 anos, 3 meses e 11 dias, legando, pelo seu trabalho, suas conferências, suas obras, notável exemplo de dedicação e doação ao Espiritismo.


Fonte:
O texto em resumo acima foi extraído da obra citada abaixo:
Revista Internacional de Espiritismo - Setembro 2001.
Link da Página: http://www.grupoandreluiz.org.br/ler_biografia.php?id=11
(Publicado em 22/03/2009)

IRMÃ SHEILLA


Encarnações Anteriores:

Tem-se notícias apenas de duas encarnações de Scheilla: uma na França, no século XVI, e outra na Alemanha. Na existência francesa, chamou-se Joana Francisca Frémiot, nascida em Dijon a 28/01/1572 e desencarnada em Moulins a 13/12/1641. Ficou conhecida como Santa Joana de Chantal (canonizada em 1767) ou Baronesa de Chantal.

Casará-se, aos 20 anos, com o barão de Chantal. Tendo muito cedo perdido seu marido, passou a dedicar-se à obras piedosas e orações, juntamente com os deveres de mãe para com seus 4 filhos.

Fundou, em 1604, juntamente com o bispo de Genebra, S. Francisco de Salles, em Annecy, a congregação da Visitação de Maria, que dirigiu como superiora, em Paris. Em 1619, Santa Joana de Chantal deixou o cargo de superiora da Ordem de Visitação e voltou a Annecy, onde ficava a casa-mãe da Ordem. A 13 de dezembro de 1641 ela veio a falecer.

A outra encarnação conhecida de Scheilla, verificou-se na Alemanha. Com a guerra no continente Europeu, aflições e angústias assolaram a cidade de Berlim, na Alemanha, onde Scheilla atuava como enfermeira. Seu estilo simples, sua meiguice espontânea, muito ajudavam em sua profissão. Bonita, tez clara, cabelo muito louro, que lhe davam um ar de graça muito suave. Seus olhos, azuis-esverdeados, de um brilho intenso, refletiam a grandeza de seu Espírito. Estatura mediana, sempre com seu avental branco, lá estava Scheilla, preocupada em ajudar, indistintamente. Esquecia-se de si mesma, pensava somente na sua responsabilidade. Via primeiro a dor, depois a criatura... Numa tarde de pleno combate, desencarna Scheilla, a jovem enfermeira. Morria no campo de lutas, aos 28 anos de idade. Muitos anos depois, surgia nas esferas superiores da espiritualidade, com o seu mesmo estilo, aprimorado carinho e dedicação, Scheilla, a Enfermeira do Alto!

Trabalho Espiritual no Brasil

Tudo indica que Scheilla vinculou-se, algum tempo após a sua desencarnação em terras alemãs, às falanges espirituais que atuam em nome do Cristo, no Brasil.

Atualmente nossa querida Mentora trabalha na Espiritualidade, juntamente com Cairbar Schutel, Coordenador Geral da Colônia Espiritual Alvorada Nova. Scheilla desenvolve um trabalho forte e muito amplo, com dedicação ímpar, coordenando quatorze equipes que formam o Conselho da Casa de Repouso, o qual se reúne periodicamente, decidindo às questões pertinentes.

Conta-nos R. A. Ranieri que, numa das primeiras reuniões de materialização, iniciadas em 1948 pelo médium "Peixotinho", surgiu a figura caridosa de Scheilla. Em Belo Horizonte , marcou-se uma pequena reunião que seria realizada com a finalidade de submeter a tratamento dona Ló de Barros Soares, esposa de Jair Soares. No silêncio e na escuridão surgiu a figura luminosa de mulher, vestida de tecidos de luz e ostentando duas belas tranças, era Scheilla. Nas mãos trazia um aparelho semelhante a uma pedra verde-claro, ao qual se referiu dizendo tratar-se de um emissor de radioatividade, ainda desconhecido na Terra. Fez aplicações em dona Ló. Depois de alguns minutos, levantou-se da cadeira e proferiu uma belíssima pregação evangélica com sotaque alemão e voz de mulher.

Em vários grupos espíritas brasileiros, além de sua atuação na assistência à saúde, sempre se caracterizou em trazer às reuniões certos objetos, deixando no recinto o perfume de flores que lhe caracterizam.

Na obra "Chico Xavier - 40 Anos no Mundo da Mediunidade" de Roque Jacintho, encontramos o seguinte depoimento: "Chico aplicava passes. Ao nosso lado, ocorreu um ruído, qual se algum objeto de pequeno porte tivesse sido arremessado, sem muita violência. (-Jô - disse um médium - Scheilla deu-lhe um presente). Logo mais, procuramos ao nosso derredor e vimos um caramujo grande e adoravelmente belo, estriado em deliciosas cores. Apanhamo-lo, incontinenti, e verificamos nele água marítima, salgada e gelada, com restos de uma areia fresca. Scheilla o transportara para nós. Estávamos a centenas de quilômetros de uma nesga de mar, em manhã de sol abrasador que crestava a vegetação e, em nossas mãos, o caramujo que o Espírito nos ofertara, servindo-se da mediunidade de Chico!" "Na assistência reduzida, estava presente um cientista suíço, materialista, que ali viera ter por insistência de seus familiares. Scheilla, em sotaque alemão, anunciou: -Para nosso irmão que está ali - indicava o suíço -, vou dar o perfume que a sua mãezinha usava, quando na Terra. Despertou-lhe um soluço comovido, pela lembrança que se lhe aflorou à memória, recordando a figura da mãezinha ausente."

Tempos depois, um outro raro instante se deu com a presença de Scheilla. "Bissoli, Gonçalves, Isaura, entre outros, compunham a equipe de beneficiados, agrupando-se numa das salas da casa de André, tendo Chico se retirado para o dormitório do casal, onde permaneceria em transe mediúnico. Uma onda de perfume, corporifica-se Scheilla, loira e jovial, falando com seu forte sotaque alemão. Bissoli estabeleceu o diálogo: -Eu me sinto mal - diz Bissoli - Você - informou Scheilla - come muita manteiga Bissoli. Vou tirar uma radiografia de seu estômago. A pedido, nosso companheiro levantou a camisa. O espírito corporificado aproxima-se e entrecorre, num sentido horizontal, os seus dedos semi-abertos sobre a região do estômago de nosso amigo. E tal se lhe incrustassem uma tela de vidro no abdômen, podíamos ver as vísceras em funcionamento. - Pronto! - diz Scheilla, apagando o fenômeno. - Agora levarei a radiografia ao Plano Espiritual para que a estudem e lhe dêem um remédio."

Ao término destes singelos apontamentos biográficos, com muito respeito por esse Espírito Missionário, de tanta dedicação e amor em nome de Jesus, só nos resta agradecer a assistência e amor doados por ela.

"ABENÇOA SEMPRE... Abençoa a Terra, por onde passes, e a Terra abençoará a tua passagem para sempre."

Scheilla


Fonte:
Núcleo Espírita Irmã Scheilla
www.neis.org.br
Link da Página: http://www.grupoandreluiz.org.br/ler_biografia.php?id=15
(Publicado em 30/03/2009)

EURÍPEDES BARSANULFO


Nasceu Eurípedes Barsanulfo na cidade de Sacramento (MInas Gerais), a 1° de Maio de 1880, e ai faleceu a 1° de Novembro de 1918.

Foram seus pais Hermógenes Ernesto de Araújo e D. Jerônima Pereira de Almeida, ambos, a princípio, pobres de haveres materiais, mas ricos de virtudes cristãs, as quais enchiam o lar honrado de alegria e paz.

Logo que pôde manisfestar os nobres sentimentos de que era dotado, revelou-se um menino admirável pela sua inteligência precoce, pela sua dedicação ao trabalho e ao estudo.

A sua juventude não decorreu despreocupada, como sói acontecer com aqueles que são bafejados pela fortuna. Muito jovem ainda, teve de enfrentar as vissicitudes do lar, promovendo os meios de auxiliá-lo.

Cresceu e viveu sempre ao lado de seus progenitores, para os quais foi um verdadeiro arrimo. Trabalhador e dócil, cursou as aulas do Colégio Miranda, estabelecimento de ensino dirigido pelo hábil educador João Derwil de Miranda. Na madrugada da vida, mostrava grande propensão para seguir a carreira das letras. Quando estudante, auxiliava os professores, lecionando os seus condiscípulos, e tal era a sua queda para o magistério que se tornou o professor de seus próprios irmãos.

Querendo tudo saber, Barsanulfo conseguiu em poucos anos uma sólida e primorosa cultura. Do Colégio passou ao escritório comercial do seu pai, onde trabalhou como guarda-livros.

Em Janeiro de 1902, com seus antigos professores, Dr. João Gomes Vieira de Melo, Inácio Martins de Melo e com seu colega José Martins Borges, secundado por outros elementos, fundou o Liceu Sacramento, instituto de ensino primário e secundário, onde exerceu a cátedra por cinco anos seguidos, com raro brilhantismo lecionando, quando fazia-se necessário, todas as matérias do curso.

Concomitantemente com a fundação do referido Liceu, surgiu a público a "Gazeta de Sacramento", hebdomadário que saía aos domingos e que foi por ele redigido durante dois anos. Nessa folha, Barsanulfo fêz a sua estréia como jornalista, escrevendo artigos sobre economia política, direito público, métodos educacionais, literatura, filosofia, etc. Colaborou, igualmente, de modo fecundo e brilhante, em diversos outros jornais.

Graças à sua inteligência privilegiada e ao seu próprio esforço, chegou a possuir tal cultura, que os seus biógrafos a consideram verdadeiramente assombrosa. Tinha profundos e largos conhecimentos de Medicina e Direito. Dissertava sobre astronomia, filosofia, matemática, ciências físicas e naturais, literatura, com a mais extraordinária segurança, sem possuir nenhum diploma de escola superior.

As suas árduas tarefas no magistério, na imprensa e na tribuna; a lhaneza de seu coração, sempre pronto a socorrer os necessitados; a sua palavra amiga e conselheira; a probidade de seu caráter, - tudo isso o fêz o ídolo dos seus conterrâneos. Estes, desejosos de o terem no cenário da política local, elegeram-no Vereador. Pelo espaço de seis anos exerceu o mandato de Vereador, dotando a municipalidade de Sacramento com força, luz e bondes elétricos, água encanada, cemitério público tanto para esta como para a povoação de Conquista. Mas a política não era o clima a que ele aspirava. Depois de prestar-lhe serviços, dela se afastou espontâneamente.

Por essa ocasião, Barsanulfo era fervoroso católico, presidente da Conferência de S. Vicente de Paula.

Espírito livre, talhado para os grandes surtos da espiritualidade, era fatal o abandono futuro da religião que recebera no berço.

É assim que certo dia, tendo conhecimento de espantosas curas realizadas no campo do Espiritismo, resolveu saber o que de verdade havia nesses relatos. Como seus parentes de Sta. Maria pregavam e praticavam o Espiritismo, no Centro Espírita Fé e Amor, bastante conhecido naquele povoado e um dos mais antigos naquela região, Barsanulfo para ali rumou, no propósito de pessoalmente investigar os fatos.

Observando, em várias sessões, fenômenos de tiptologia, comunicações de alta expressão filosófica, curas maravilhosas, estudou-os cuidadosamente e, de volta a sua terra natal, trouxe consigo as obras kardequianas, que o levaram, afinal, em 1905, a converter-se ao Espiritismo. Deste se tornou, desde então, o maior propagandista naquela região mineira, especialmente pelo exemplo. A obra que Eurípedes erigiu, em Sacramento, é um desses monumentos grandiosos e imperecíveis que atestam a sua fortaleza moral e a pujança de sua fé luminosa.

Durante doze anos e sete meses foi presidente do Grupo Espírita "Esperança e Caridade", por ele fundado. Como dependência desse Grupo, surgiu em 2 de abril de 1907 o magnífico e grande Colégio "Allan Kardec".

Este importante estabelecimento funcionou sob a sua competente direção durante todo o tempo em que viveu aqui na Terra, deixando-o apenas oito dias antes de desencarnar. Milhares de pobres e órfãos, de ambos os sexos, ali receberam gratuitamente a instrução intelectual e moral, obra esta continuada pelos irmãos do saudoso Eurípedes. Todas as quartas-feiras pregava o Evangelho de Jesus aos alunos do Colégio, incentivando-os, em termos simples, ao amor e à caridade.

Em suas calorosas polêmicas, das quais sempre saiu vitorioso, jamais se lhe passou no íntimo o menor lampezo de vaidade, jamais guardou qualquer resquísio de mágoa, jamais desceu ao terreno ingrato das retaliações pessoais, tratando todos os seus contendores com a máxima elegância possível e não menor amor cristão.

Eurípedes Barsanulfo era dotado de diversas faculdades mediúnicas desenvolvidas, sendo médium curador, receitista, auditivo, vidente, intuitivo, falante e psicógrafo. Era com muita facilidade que ele se desdobrava de um lugar para o outro, e dava a topografia exata dos locais por onde o seu Espírito passava.

Foi o refúgio para todos os aflitos e abandonados da sorte. Centenas de desenganados pela ciência da Terra encontraram em Sacramento o lenitivo para os seus males. Com o auxílio dos Espíritos Superiores, entre eles Bezerra de Menezes, o nosso Barsanulfo curava quase todas as enfermidades.

Homem que não temia difundir as verdades que professava, foi a encarnação do verdadeiro espírita. Fiel discípulo de Jesus, era o consolo e o amparo de todos aqueles que o procuravam, e a todos dispensava indistintamente o mesmo acolhimento, o mesmo amor. Não consta que houvesse deixado inimigos pessoais.

Em razão de tudo isso, ele gozava de grande popularidade em sua terra natal e até mesmo em todo o Estado de Minas. Ainda hoje Barsanulfo continua a ser relembrado e abençoado naquela região, onde deixou traços indeléveis de sua brilhante passagem. No dia 1° de Novembro de 1918, falecia em sua cidade natal, vítima de pandemia de gripe.


Fonte:
O texto em resumo acima foi extraído da obra citada abaixo:
Grandes Espíritas do Brasil de Zêus Wantuil
Link da Página: http://www.grupoandreluiz.org.br/ler_biografia.php?id=10
(Publicado em 22/03/2009)

EMMANUEL


Emmanuel é o nobre Espírito responsável por um grande trabalho missionário. É o guia Espiritual do Médium Francisco Cândido Xavier. Coração Generoso, sabe repartir-se continuamente, em amor e simpatia, atendendo aos sofredores que o buscam. Sábio condutor de almas, sua palavra de luz se tem dirigido, sem distinções, a todos os que lhe batem à porta do coração, em dádivas de paz, de esclarecimento e de bom ânimo.

Há 2.000 anos atrás, Emmanuel foi Públio Lentulos, um orgulhoso senador romano, um patrício de alma indiferente e ingrata que vivera tão somente para César e para as falsas glórias do mundo. Viera a compreender e aceitar o Evangelho de Jesus nos derradeiros tempos de sua romagem terrestre. Após anos de cegueira, Públio Lentulos, desencarna na pavorosa erupção do Vesúvio, em agosto do ano 79, entre gêiseres de pedra e chuvas de cinza, explosões ensurdecedoras, relâmpagos ondas de lama, num espetáculo de horror...

Mas "50 anos depois das ruínas de pompéia, vamos encontrá-lo sob a veste humilde dos escravos, que o seu orgulhoso coração havia espezinhado outrora". Nestório, escravo judeu de Éfeso, estava o Senador de volta para o resgate de suas faltas e em busca da evolução. Foi na personalidade de Nestório, o judeu grego da Ásia Menor, o cristão humilde das catacumbas de Roma, que Emmanuel iniciou sua tarefa de Obreiro do Evangelho. Morreu na arena entre milhares de cristãos: crianças, jovens e velhos, servindo de espetáculo para a platéia.

Vários séculos se passaram, Emmanuel, antes de reencarnar-se na vila portuguesa de Sanfins, em Entre-Douro-e-Minho a 18 de outubro de 1517, aquele que iria chamar-se Padre Manoel da Nóbrega, visitou em espírito, o Brasil recém-descoberto; contemplou as florestas, apiedou-se dos indígenas e amou a Terra de Santa Cruz. Prepara-se para a grande missão que Deus lhe reservava. Em 1549, já reencarnado, vem com Tomé de Souza para o Brasil. Aqui viveu 21 anos de dedicações silenciosas e enormes sacrifícios. Colaborou na fundação de Salvador e Rio de Janeiro. Fundou São Paulo em 1554. Foi conselheiro dos governantes e protetor dos humildes, pai carinhoso dos curumins e enfermeiro dos abandonados, foi professor, pregador, médico, mentor esclarecido, político honesto, servidor de todos. "O Primeiro Apóstolo do Brasil". Em homenagem ao convertido de Damasco, "Paulo de Tarso", chega a adiar a inauguração do Colégio de Piratininga, a que dá o nome de São Paulo, para o dia da conversão do apóstolo, que a Igreja comemora a 25 de Janeiro, devido a fortes ligações entre eles... Ao completar 53 anos, no dia 18 de Outubro de 1570, após vários anos colocando sangue pela boca, desencarna Manuel da Nóbrega no Colégio do Rio de Janeiro, no antigo Morro do Castelo.

Cinqüenta anos depois renasce Manuel da Nóbrega em terra espanhola, onde prossegue em sua missão. É o Padre Damiano, sacerdote esclarecido e dedicado, vigário da igreja de São Vicente, em Ávila, a gloriosa cidade de Santa Teresa de Jesus. Damiano luta, dentro de seu invariável padrão de nobreza e equilíbrio, contra os cruéis mercadores de escravos, com a mesma coragem com que, na personalidade de Nóbrega, no Brasil, defendia os direitos e a liberdade dos indígenas. Sempre a mesma dedicação ao próximo, sereno, mas enérgico, destemido e corajoso. Contraindo implacável moléstia dos pulmões, o velho sacerdote veio a desencarnar em Paris, França.

A nobreza de caráter de Públio Lentulos, embora seus defeitos humanos, continua em Nestório, mas já iluminada e aperfeiçoada pela experiência da fé cristã. Acentua-se, permeando séculos e reencarnações, na alma abnegada de Nóbrega, o benemérito missionário. Acrisola-se, nessa continuidade psicológica, espiritual, na vida humilde do Padre Damiano, tanto quanto resplende, hoje, no Espírito de Emmanuel, como testemunham, suas realizações de amor em prol dos que sofrem, seus livros mediúnicos, monumentos de sabedoria e espiritualidade, seu pensamento lúcido e sincero.


Fonte:
O texto em resumo acima foi extraído da obra citada abaixo:
Amor e Sabedoria de Emmanuel - Clóvis Tavares.
Link da Página: http://www.grupoandreluiz.org.br/ler_biografia.php?id=9
(Publicado em 22/03/2009)

DR. BEZERRA DE MENEZES


Cearense de Riacho do Sangue, Adolfo Bezerra de Menezes Cavalcanti nasceu há 29 de Agosto de 1831. Filho de Antonio Bezerra de Menezes e de Fabiana de Jesus Maria Bezerra, após completar sua instrução básica, embarcou para a capital do império em 1851, a fim de matricular-se na Faculdade de Medicina.

No Rio de Janeiro, a despeito de grandes sacrifícios para o custeio de seus estudos, doutorou-se em medicina no ano de 1856, tomando posse no ano seguinte como membro da Academia Imperial de Medicina de cujos anais foi redator de 1859 a 1861.

Ingressa no Exército em 1858, como cirurgião-tenente, assistente do cirurgião-mor do Exército na época, o Dr. Manuel Feliciano Pereira de Carvalho. Ainda no ano de 1858, casa-se com a Sra. Maria Cândida de Lacerda que no ínicio de 1863 desencarna, deixando-lhe dois filhos. Após o falecimento de sua esposa buscava conforto para tamanha dor em diversos livros sagrados trazidos por amigos, entre eles "O Livro dos Espíritos" (Allan Kardec) que o convencia da verdade do Espiritismo.

Mas a confirmação só veio quando uma doença (dispepsia) o visitou e a medicina oficial durante cinco anos não o proporcionava menor alívio. Com isso, recorreu a um médium receitista (O Sr. João Gonçalves do Nascimento) que receitou-lhe um tratamento espírita e após ter seguido corretamente obteve a cura. Já em franca atividade médica demonstrava o grande coração que iria semear até o fim do século, sobretudo entre os menos favorecidos da fortuna, o carinho, a dedicação e o alto valor profissional, firmado em brilhante curso.

Foi justamente o respeito e reconhecimento de numerosos amigos que o levaram à Política, elegendo-se Bezerra de Menezes vereador à Câmara Municipal do Rio de Janeiro e deputado federal numerosas vezes, perfazendo quase trinta anos de vida parlamentar. Em 1865 casa-se em segundas núpcias com a Sra. Cândida Augusta de Lacerda Machado; de seu segundo casamento nasceram sete filhos. De 1878 a 1881 foi Presidente da Câmara Municipal do Rio de Janeiro, cargo na época correspondente ao de Prefeito Municipal. Já há alguns anos Bezerra se dedicava ao estudo da doutrina de Kardec, mas foi a 16 de Agosto de 1886, aos 55 anos de idade, que perante grande público no salão de conferências da Guarda Velha em longa locução, justificou a definitiva opção de abraçar os princípios da consoladora doutrina. Daí por diante foi Adolfo Bezerra de Menezes o catalizador de todo movimento espírita na pátria do Cruzeiro, exatamente como preconizara Ismael na citada reunião da Espiritualidade.

Com sua cultura privilegiada, aliada ao descortino de homem público e ao seu inexcedível amor do próximo, conduziu o barco de nossa doutrina por sobre as águas atribuladas pelo iluminismo fátuo, pelo cientificismo presunçoso que pretendia deslustrar o grande significado da codificação kardequiana.

Presidente da Federação Espírita Brasileira em 1889, ao espinhoso cargo foi reconduzido em 1895 quando mais se agigantava a maré da discórdia e das radicalizações no meio espírita, apenas deixando a posição de timoneiro dos destinos do movimento espírita brasileiro em 1900 com seu desenlace. Escritor fecundo, entre 1887 e 1894 assinou semanalmente, sobre o pseudônimo de Max, artigo sobre o espiritismo no Jornal O Paiz, periódico de maior circulação da época, dirigido por Quintino Bocaiuva.

Tais crônicas em que se reconhece um dos mais importantes trabalhos de divulgação da Doutrina Espírita foram posteriormente enfeixadas em três volumes pela Federação Espírita Brasileira com o título Espiritismo-Estudos Philosophicos, editados na cidade do Porto.

Em sua profícua produção literária destacamos ainda os romances A Casa Assombrada, Casamento e Mortalha, A Tese Diagnóstico do Cancro, o estudo A Loucura Sob Novo Prisma, com importantes considerações sobre a ideologia das perturbações mentais, Uma Carta de Bezerra de Menezes em que dá conta de sua conversão ao espiritismo. Outros trabalhos exornam sua extensa produção, dedicada inteiramente a difusão dos princípios kardequianos.

O ano de 1900 já o encontra enfermo, ocorrendo sua desencarnação na manhã de 11 de Abril em meio a tocantes manifestações de amizade e respeito. Ascende, assim, ao plano espiritual após 69 anos de duros labores na terra, o grandioso espírito daquele carinhosamente chamado Médico dos Pobres, que em vigílhas incontáveis percorria os morros em socorro dos enfermos humildes, batia as portas de lares em sofrimento nos subúrbios modestos do Rio de Janeiro para com sua presença amiga lenir as dores e muitas vezes atenuar a fome ou as perturbações espirituais.


Fonte:
O texto em resumo acima foi extraído das obras citadas abaixo:
Bezerra, Chico e Você - Editora GEEM e Bezerra de Menezes Ontem e Hoje - Editora FEB.
Link da Página: http://www.grupoandreluiz.org.br/ler_biografia.php?id=6
(Publicado em 22/03/2009)

CORINA NOVELINO


Corina Novelino nasceu na cidade de Delfinópolis (MG) a 12 de agosto de 1911. Foram seus pais, José Gonçalves Novelino e Dona Josefina Novelino. Teve mais quatro irmãos: Geni, Eusápia, Jandira e Eurípedes Novelino.

Seus pais transferiram residência para Sacramento quando ela ainda era muito criança. Foi matriculada no Colégio "Allan Kardec", fundado e dirigido por Eurípedes Barsanulfo, tendo o privilégio de ser sua aluna, e oportunidade que soube aproveitar de seguir os seus exemplos. Fez-se querida de toda a comunidade, sendo considerada benemérita educadora e verdadeira dama da caridade, por tudo que realizou em favor daquela cidade.

Pelo seu espírito de trabalho e compreensão, recebeu o apoio de muitos companheiros, dedicando-se à divulgação da Doutrina. Arregimentou grande número de colaboradores para propagação do sublime ideal. O campo de trabalho de Mãe Corina, foi verdadeiro celeiro, tanto para aqueles que já comungavam o ideal Espírita, como para os neófitos, atraídos por seus exemplos.

Corina Novelino militou durante toda a sua vida no magistério, como professora do Colégio "Allan Kardec" e também do Colégio Estadual de Sacramento. Educou diversas gerações, dando todo seu apoio à juventude em todos os seus empreendimentos, com o mais decidido amparo e orientação.

O seu trabalho no Centro Espírita "Fé e Caridade", situado no próprio Colégio "Allan Kardec", foi muito promissor. Graças ao dinamismo de que era possuída, nasceu o "Lar de Eurípides", instituição filantrópica de amparo a meninas carentes.

Além de escritora, colaborou também na imprensa, desde que Homilton Wilson, irmão de Eurípedes, fundou o jornal "A Tribuna", em Sacramento. Colaborava também nos jornais "Estado do Triangulo " e "Jornal de Sacramento", ambos de grande tiragem. Como escritora, legou-nos o excelente livro: "Eurípedes. O Homem e a Missão", que veio a lume no centenário de nascimento de Eurípedes. Publicou também "Escuta meu Filho", cuja renda reverteu inteiramente para o "Lar de Eurípedes". Por muitos anos colaborou ainda com o Anuário Espírita da Araras. Diversos órgãos da imprensa espírita publicaram os seus artigos.

Foi inegavelmente a devotada continuadora da obra de Eurípedes Barsanulfo. Cumprindo até o fim a missão a que se obrigou, com fidelidade ao querido Mestre.

Certa ocasião foi convidada por Dona Maria Modesta para assumir a administração do "Lar da Criança", em Uberaba. Ficou indecisa, em virtude da grande responsabilidade em Sacramento, inclusive no Colégio "Allan Kardec". Resolveu aconselhar-se com o Plano Espiritual, viajando a Pedro Leopoldo, onde nessa época residia Francisco Cândido Xavier. Lá chegando, a reunião estava cheias de criaturas desejosas de falar com o Chico, não sendo possível aproximar-se do médium. Manteve-se em prece, rogando a Jesus que abençoasse a todos. Qual não foi a sua surpresa quando, após o culto evangélico, Chico lhe chamou pelo nome (ela não o conhecia ainda). Aproximou-se e o médium entregou-lhe uma mensagem de Eurípedes Barsanulfo, que dizia: "Corina, você é a minha última esperança em Sacramento". Tão emocionada ficou, que não compreendeu de pronto o significado da mensagem.

Reflexionando posteriormente, entendeu que não deveria aceitar o convite para Uberaba, continuando no trabalho que já vinha desenvolvendo em Sacramento.

Fundou o "Clube das Mãezinhas", convidando senhoras da sociedade sacramentana para costurar roupinhas e enxovais para crianças pobres, hoje sob a direção de Heigorina, que podemos considerar uma de suas continuadoras, cuja distribuição é feita até para cidades vizinhas.

Vale dizer que o "Lar de Eurípedes" foi mantido, durante muito tempo, quase que às suas expensas, com o ordenado de professora. Em 1976 foi reconhecido de Utilidade Pública Estadual, pelo Decreto n 18.160, de 03/11/1976, tomando a denominação de "Instituto de Caráter Promocional e Educativo a Menores", amparando mais de 100 crianças pobres. Até então era semi-internato. As crianças passavam o dia recebendo alimentação, vestuários e educação intelectual, moral e cívica, sem distinção de credo religioso.

Corina contribuiu de forma marcante com o movimento Espírita de Sacramento, no qual tinha estreitas relações de amizade e laboriosas atividades, tanto no campo doutrinário como assistencial. Um exemplo de trabalho e de abnegação. As crianças do "Lar Eurípedes Barsanulfo", chamavam-na carinhosamente de Mãe Corina. Na realidade ela foi mãe dos deserdados, amparados por suas mãos carinhosas, em qualquer situação.

A desencarnação de Corina Novelino ocorreu no dia 10 de fevereiro de 1980, em Sacramento. Fora internada na Santa Casa de Misericórdia no dia 3 do mesmo mês, acometida de um derrame cerebral. Toda a família espírita sentiu o seu desaparecimento da vida física, desfalcada de uma das mais fiéis discípulas de Allan Kardec e de Jesus.


Fonte:
O texto em resumo acima foi extraído da obra citada abaixo:
Revista Internacional de Espiritismo - Abril 1991.
Link da Página: http://www.grupoandreluiz.org.br/ler_biografia.php?id=8
(Publicado em 22/03/2009)

Chico Xavier


Francisco Cândido Xavier nasceu em Pedro Leopoldo (MG), no dia 2 de abril de 1910. Filho de operário inculto e de humilde lavadeira, ficou órfão de mãe aos cinco anos de idade. Seu pai se viu obrigado a entregar alguns dos seus nove filhos aos cuidados de pessoas amigas e Chico Xavier ficou com sua madrinha, mulher nervosa que o maltratava cruelmente.

Nos seus momentos de angústia, um anjo de Deus, que fora sua mãe na Terra, o assistia, quando, desarvorado, orava nos fundos do quintal: "Tenha paciência, meu filho! Você precisa crescer mais forte para o trabalho. E quem não sofre não aprende a lutar".

O menino aprendeu a apanhar calado, sem chorar. Diariamente, à tarde, com vergões na pele e o sangue a correr-lhe em delgados filetes pelo ventre, ele, de olhos enxutos e brilhantes, se dirigia para o quintal, a fim de reencontrar a mãezinha querida, vendo-a e ouvindo-a, depois da oração.

Algum tempo depois, terminou seu martírio. Seu pai casou-se novamente e sua madrasta, alma boa e caridosa, o recolheu carinhosamente, a ele e a todos os irmãos que estavam espalhados.

A situação era difícil. A guerra acabara e graçava a gripe espanhola. O salário do chefe da família dava escassamente para o necessário e os meninos precisavam estudar. Foi então que a boa madrasta teve uma idéia: plantar uma horta e vender os legumes.

Em algumas semanas, o menino já estava na rua com o cesto de verduras. Desta forma, conseguiram encher o cofre e voltar a frequentar as aulas. Em janeiro de 1919 Chico Xavier começou o ABC.

Com a saída do chefe da casa para o trabalho e das crianças para a escola, a madrasta era obrigada, algumas vezes, a deixar a casa a sós, pois precisava buscar lenha à distância. Foi então que surgiu um problema: a vizinha, se aproveitando da ausência de todos, passou a colher a verduras e, sem verduras, não haveria dinheiro para as despesas da escola. Preocupada, a madrasta, não querendo ofender a amiga, pediu a Chico Xavier que, pedisse um conselho ao espírito de sua mãe.

À tardinha, o menino foi ao quintal e rezou como fazia sempre que queria conversar com sua mãe e lhe contou o problema. Sua mãe lhe disse que realmente não deviam brigar com os vizinhos e lhe deu uma sugestão: toda vez que sua madrasta se ausentasse, que desse a chave de casa à vizinha, para que ela tomasse conta da casa. Dessa forma, a vizinha, responsável pela casa, não tocou mais nas hortaliças.

Passados todos esses problemas, o menino não viu sua genitora com tanta frequência. Mas passou a ter sonhos. À noite, levantava-se agitado e conversava com locutores invisíveis. De manhã, contava as peripécias de pessoas mortas, coisas que ninguém podia compreender! O pai resolveu levá-lo ao vigário de Matozinhos, que, após ouvi-lo, recomendou que o garoto não lesse mais jornais, revistas, livros.

Disse-lhe que ninguém volta a conversar depois da morte e que era o demônio que lhe estava perturbando. O menino chorava nos braços de sua madrasta, criatura piedosa e compreensiva. Ao conversar com sua mãe, triste por não ser compreendido por ninguém, escutou dela que precisava modificar seus pensamentos, que não deveria ser uma criança indisciplinada, para não ganhar antipatia dos outros. Deveria aprender a se calar e que, quando se lembrasse de alguma lição ou experiência recebidas em sonho, que ficasse em silêncio.

Precisava aprender a obediência para que Deus, um dia, lhe concedesse a confiança dos outros. E durante 7 anos consecutivos, de 1920 a 1927, ele não teve mais qualquer contato com sua mãe. Integrado na comunidade católica, obedecia às obrigações que lhe eram indicadas pela Igreja. Confessava-se, comungava, comparecia pontualmente à missa e acompanhava as procissões. Em 1923 terminou o curso primário, no Grupo.

Levantava-se às seis da manhã para começar, às sete, as terefas escolares e entrando para o serviço da fábrica às três da tarde, para sair às onze da noite.

Em 1925 deixou a fábrica, empregando-se na venda do Sr. José Felizardo Sobrinho, onde o trabalho ia das seis e meia da manhã às oito da noite. As perturbações noturnas continuaram. Depois de dormir, caía em transe profundo.

Em 1927 uma de suas irmãs caiu doente. Um casal de espíritas, reunido com familiares da doente, realizaram a primeira sessão espírita que teve lugar na casa. Na mesa, dois livros: "O Evangelho Segundo o Espiritismo" e o "O Livro dos Espíritos", de Allan Kardec. Pela mediunidade de D. Carmem, sua mãe manifestou-se: "Meu filho, eis que nos achamos juntos novamente. Os livros à nossa frente são dois tesouros de luz. Estude-os, cumpra com seus deveres e, em breve, a bondade divina nos permitirá mostrar a você seus novos caminhos. "

A primeira e única professora de Chico que descobriu sua mediunidade psicográfica foi D. Rosália. Fazia passeios campestres com os alunos que deveriam, no dia seguinte, levar-lhe uma composição, descrevendo o passeio. A de Chico tirava sempre o primeiro lugar. Desconfiada, D. Rosália, um dia, fez o passeio mais cedo e, na volta, pediu que os alunos fizessem a composição em sua presença. Chico, novamente, tira o primeiro lugar, escrevendo uma verdadeira página literária sobre o amanhecer e daí tirando conclusões evangélicas. Rosália mostrou aos amigos íntimos a composição e todos foram unânimes em reconhecer que aquilo, se não fora copiado, era então dos espíritos.

Ao entrar para o funcionalismo público, como datilógrafo, na Fazenda Modelo do Ministério da Agricultura, começa a demonstrar sua admiração pela natureza. Distante 6 quilômetros da cidade, em contato com a natureza, ama até as pedras e os montes pensativos. Vê em tudo poesia e oração, trata as árvores como irmãs e compreende como poucos a alma do grande todo. Vê em tudo poesia e vida, verdade e luz, beleza e amor e, acima de tudo, a presença de Deus!

Em maio de 1927 foi realizada a primeira sessão espírita no lar dos Xavier, em Pedro Leopoldo. Em junho do mesmo ano foi cogitada a fundação de um núcleo doutrinário.

Em fins de 1927 o Centro Espírita Luiz Gonzaga, sediado na residência de José Cândido Xavier, que se fez presidente da instituição, estava bem frequentado. As reuniões se realizavam às segundas e sextas-feiras. A nova sede do Grupo Espírita Luiz Gonzaga foi construída no local onde se erguia, antigamente, a casa de Maria João de Deus, genitora de Chico Xavier.

Em 8 de julho de 1927, Chico Xavier fez a primeira atuação do serviço mediúnico, em público. Seu primeiro livro psicografado foi publicado em 1931. Em 1931, Chico passou a receber as primeiras poesias de "Parnaso de Além -Túmulo", que foi lançado em julho de 1932.

Em 1950, Chico Xavier havia recebido, pela sua psicografia, mais de 50 ótimos livros. Vivia no apogeu de triunfos mediúnicos. Estava conhecidíssimo no Brasil e no mundo inteiro. O Parnaso de Além Túmulo, por si só, valia pelo mais legítimo dos documentos, validando-lhe o instrumental mediúnico, o mais completo e seguro que o Espiritismo tem tido para lhe revelar as verdades, inclusive o intercâmbio das idéias entre os dois Mundos. Além disso, recebera romances , livros e mais livros, versando assuntos filosóficos, científicos e, sobretudo, realçando o espírito da letra dos Evangelhos, escrevendo e traduzindo, de forma clara e precisa, as Lições consoladoras e imortais do Livro da Vida.

Em 5 de janeiro de 1959 mudou-se para Uberaba, sob a orientação dos Benfeitores Espirituais, iniciando nessa mesma data, as atividades mediúnicas, em reunião pública da Comunhão Espírita Cristã. Deu ele, então, início à famosa perigrinação. Aos sábados, saindo da "Comunhão Espírita-Cristã", o bondoso médium visitava alguns lares carentes, levando-lhes a alegria de sua presença amiga, acompanhado por grande número de pessoas afinizadas. Sob a luz das estrelas e de um lampião que seguia à frente, iluminando as escuras ruas da periferia, ia contando fatos de grande beleza espiritual.

A cidade de Uberaba, desde a sua vinda para cá, transformou-se num pólo de atração de inúmeros visitantes das mais variadas regiões do Brasil, e até mesmo do exterior, que aqui aportam com o objetivo de conhecer o médium.

Aqueles que conhecem a sua vida e a sua obra não medem distâncias para vê-lo. Seu trabalho sempre consistiu na divulgação doutrinária e em tarefas assistenciais, aliadas ao evangélico serviço do esclarecimento e reconforto pessoais aos que o procuram.

Os direitos autorais de seus mais de 400 livros publicados, são cedidos, gratuitamente, às editoras espíritas ou a quaisquer outras entidades.

Quanto à fortuna material, ele continua tão pobre quanto era. Chico é um homem aposentado e recebe somente os proventos de sua aposentadoria. Do ponto de vista espiritual, Chico Xavier é, a cada dia que passa, um homem mais rico: multiplicou os talentos que o Senhor lhe confiou, através de seu trabalho, de sua perseverança e da sua humildade em serviço.

Com a saúde debilitada, Chico Xavier vem confirmando, nos últimos tempos, a sua condição de um autêntico missionário do Cristo, pois impossibilitado de comparecer às reuniões do Grupo Espírita da Prece, ele tem reunido as forças que lhe restam para continuar, em casa, a tarefa da psicografia. E, embora debilitado, continua de ânimo firme e a alma com grande capacidade de trabalho. Chico Xavier ama a tarefa que o Senhor lhe concedeu.

Artigo Especial: Chico Xavier morre em Uberaba aos 92 anos (30/06/2002 - 21h03)

Chico Xavier, o médium brasileiro mais famoso, morreu no início da noite deste domingo, na cidade mineira de Uberaba (494 km de Belo Horizonte), aos 92 anos. Ele foi encontrado no quarto pelo filho adotivo, Eurípedes Humberto. Segundo a família, ele sofreu uma parada cardíaca, após reclamar de dores no peito e nas costas durante a manhã. Autor de mais de 400 livros, lançados por editoras espíritas e traduzidos para vários idiomas, Chico Xavier personifica o espiritismo no Brasil. Popular, era sempre visitado por artistas e políticos. Recebia todos com um sorriso e um beijo na mão. O velório deverá ser no Centro Espírita Casa da Prece, em Uberaba. Não foi definido ainda onde ele será enterrado. Francisco Cândido Xavier nasceu no dia 2 de abril de 1910 na cidade mineira de Pedro Leopoldo. Pedro Leopoldo ficou conhecida nacionalmente a partir da década de 30, com as notícias sobre as sessões mediúnicas de Chico Xavier. Segundo a Federação Espírita do Brasil, Chico Xavier participou de sua primeira reunião espírita em 7 de maio de 1927. Seu primeiro livro "Parnaso de Além-Túmulo" foi publicado em 1932. Desde cedo, sua saúde foi frágil. Teve problemas nos pulmões, consequência de seu trabalho em uma tecelagem. No ano passado, ele sofreu uma grave pneumonia. Em 1981, cerca de 10 milhões de brasileiros assinaram manifestos para que ele recebesse o prêmio Nobel da Paz.


Fontes:
Site Chico Xavier (Biografia)
http://planeta.terra.com.br/arte/chicoxavier/index.htm
Folha Online (artigo especial) http://www.uol.com.br/folha
Link da Página: http://www.grupoandreluiz.org.br/ler_biografia.php?id=16
(Publicado em 31/03/2009)

CAMILLE FLAMMARION


Nascido em Montigny - Le-Roy, França, no dia 26 de fevereiro de 1842, e desencarnado em Juvissy no mesmo país, a 4 de junho de 1925.

Flammarion foi um homem cujas obras encheram de luzes o século XIX. Ele era o mais velho de uma família de quatro filhos, entretanto, desde muito jovem se revelaram nele qualidades excepcionais. Queixava- se constantemente que o tempo não lhe deixava fazer um décimo daquilo que planejava. Aos quatro anos de idade já sabia ler, aos quatro e meio sabia escrever e aos cinco já dominava rudimentos de gramática e aritmética. Tornou- se o primeiro aluno da escola onde freqüentava.

Para que ele seguisse a carreira eclesiástica, puseram- no a aprender latim com o vigário Lassalle. Aí Flammarion conheceu o Novo Testamento e a Oratória. Em pouco tempo estava lendo os discursos de Massilon e Bonsuet. O padre Mirbel falou da beleza da ciência e da grandeza da Astronomia e mal sabia que um de seus auxiliares lhe bebia as palavras. Esse auxiliar era Camille Flammarion, aquele que iria ilustrar a letra e a significação galo- romana do seu nome -- Flammarion: "Aquele que leva a luz".

Nas aulas de religião era ensinado que uma só coisa é necessária: "a salvação da alma", e os mestres falavam: "De que serve ao homem conquistar o Universo se acaba perdendo a alma?".

Foi dura a vida dos Flammarions, e Camille compreendeu o mérito de seu pai entregando tudo aos credores. Reconhecia nele o mais belo exemplo de energia e trabalho, entretanto, essa situação levou- o a viver com poucos recursos.

Camille, depois de muito procurar, encontrou serviço de aprendiz de gravador, recebendo como parte do pagamento casa e comida. Comia pouco e mal, dormia numa cama dura, sem o menor conforto; era áspero o trabalho e o patrão exigia que tudo fosse feito com rapidez. Pretendia completar seus estudos, principalmente a matemática, a língua inglesa e o latim. Queria obter o bacharelado e por isso estudava sozinho à noite. Deitava- se tarde e nem sempre tinha vela. Escrevia ao clarão da lua e considerava- se feliz. Apesar de estudar à noite, trabalhava de 15 a 16 horas por dia. Ingressou na Escola de desenho dos frades da Igreja de São Roque, a qual freqüentava todas as quintas- feiras. Naturalmente tinha os domingos livres e tratou de ocupá-los. Nesse dia assistia as conferências feitas pelo abade sobre Astronomia. Em seguida tratou de difundir as associações dos alunos de desenho dos frades de São Roque, todos eles aprendizes residentes nas vizinhanças. Seu objetivo era tratar de ciências, literatura e desenho, o que era um programa um tanto ambicioso.

Aos 16 anos de idade, Camille Flammarion foi presidente da Academia, a qual, ao ser inaugurada, teve como discurso de abertura o tema "As Maravilhas da Natureza". Nessa mesma época escreveu "Cosmogonia Universal", um livro de quinhentas páginas; o irmão, também muito seu amigo, tomou- se livreiro e publicava- lhe os livros. A primeira obra que escreveu foi "O Mundo antes da Aparição dos Homens", o que fez quando tinha apenas 16 anos de idade. Gostava mais da Astronomia do que da Geologia. Assim era sua vida: passar mal, estudar demais, trabalhar em exagero.

Um domingo desmaiou no decorrer da missa, por sinal, um desmaio muito providencial. O doutor Edouvard Fornié foi ver o doente. Em cima da sua cabeceira estava um manuscrito do livro "Cosmologia Universal". Após ver a obra, achou que Camille merecia posição melhor. Prometeu- lhe, então, colocá-lo no Observatório, como aluno de Astronomia. Entrando para o Observatório de Paris, do qual era diretor Levèrrier, muito sofreu com as impertinências e perseguições desse diretor, que não podia conceber a idéia de um rapazola acompanhá-lo em estudos de ordem tão transcendental.

Retirando- se em 1862 do Observatório de Paris, continuou com mais liberdade os seus estudos, no sentido de legar à Humanidade os mais belos ensinamentos sobre as regiões silenciosas do Infinito. Livre da atmosfera sufocante do Observatório, publicou no mesmo ano a sua obra "Pluralidade dos Mundos Habitados", atraindo a atenção de todo o mundo estudioso. Para conhecer a direção das correntes aéreas, realizou, no ano de 1868, algumas ascensões aerostáticas.

Pela publicação de sua "Astronomia Popular", recebeu da Academia Francesa, no ano de 1880, o prêmio Montyon. Em 1870 escreveu e publicou um tratado sobre a rotação dos corpos celestes, através do qual demonstrou que o movimento de rotação dos planetas é uma aplicação da gravidade às suas densidades respectivas. Tornando-se espírita convicto, foi amigo pessoal e dedicado de Allan Kardec, tendo sido o orador designado para proferir as últimas palavras à beira do túmulo do Codificador do Espiritismo, a quem denominou "o bom senso encarnado".

Suas obras, de uma forma geral, giram em torno do postulado espírita da pluralidade dos mundos habitados e são as seguintes: "Os Mundos Imaginários e os Mundos Reais", "As Maravilhas Celestes", "Deus na Natureza", "Contemplações Científicas", "Estudos e Leitura sobre Astronomia", "Atmosfera", "Astronomia Popular", "Descrição Geral do Céu", "O Mundo antes da Criação do Homem", "Os Cometas", "As Casas Mal- Assombradas", "Narrações do Infinito", "Sonhos Estelares", "Urânia", "Estela", "O Desconhecido", "A Morte e seus Mistérios", "Problemas Psíquicos", "O Fim do Mundo" e outras.

Camille Flammarion, segundo Gabriel Delanne, foi um filósofo enxertado em sábio, possuindo a arte da ciência e a ciência da arte. Flammarion - "Poeta dos Céus", como o denominava Michelet - tornou-se baluarte do Espiritismo, pois, sempre coerente com suas convicções inabaláveis, foi um verdadeiro idealista e inovador.


Fonte:
www.espiritismogi.com.br
Link da Página: http://www.grupoandreluiz.org.br/ler_biografia.php?id=17
(Publicado em 26/06/2009)