terça-feira, 30 de junho de 2009

REENCARNAÇÃO

OBJETIVO: a criança deverá identificar na reencarnação o caminho criado por Deus para proporcionar o progresso do Espírito, rumo à Perfeição, e não um recurso punitivo.

REFERÊNCIAS:
1. LE, 2ª parte, caps. 04, 05 e 06.
2. ESSE, cap. 04
3. 52 lições de catecismo espírita, de Eliseu Rigonatti, 13ª lição
4. Prática Pedagógica na Envangelização, vol. 02, Walter oliveira Alves, parte I, pluralidade das existências.
5. Missionários da Luz, cap. 12 e 13. (síntese disponível no site: http://www.cvdee.org.br/download.asp?id=02)

CONTEÚDO:

Iniciar a aula conversando com os alunos sobre o que eles entendem ser a reencarnação.
Se já ouviram alguém dizer que a reencarnação existe para que se paguem os erros de outras vidas. Erro mais comum entre os que não conhecem o espiritismo.

O princípio da reencarnação ou das vidas sucessivas é um dos pontos fundamentais da Doutrina Espírita.

A finalidade de nossa existência é chegar à perfeição.

Reencarnar-se significa nascer de novo.

Quando nascemos, nosso corpo espiritual se une a um corpo material.

Todos nós já nascemos muitas vezes e muitas outras vezes nasceremos até que consigamos ser perfeitos.

Para que possamos aprender tudo, em cada encarnação vivemos de um modo diferente. Em uma encarnação serenos pobres, em outra, ricos, em algumas seremos professores, pedreiros, mecânicos, costureiras, etc.

LE. Q166. Como pode a alma, que não alcançou a perfeição durante a vida corpórea, acabar de depurar-se?
“Sofrendo a prova de uma nova existência.”
a) - Como realiza essa nova existência? Será pela sua transformação como Espírito?
“Depurando-se, a alma indubitavelmente experimenta uma transformação, mas para isso necessária lhe é a prova da vida corporal.”
b) - A alma passa então por muitas existências corporais?
“Sim, todos contamos muitas existências. Os que dizem o contrário pretendem manter-vos na ignorância em que eles próprios se encontram. Esse o desejo deles.”
c) - Parece resultar desse princípio que a alma, depois de haver deixado um corpo, toma outro, ou, então, que reencarna em novo corpo. E assim que se deve entender?
“Evidentemente.”

167. Qual o fim objetivado com a reencarnação?
“Expiação, melhoramento progressivo da Humanidade. Sem isto, onde a justiça?”
168. É limitado o número das existências corporais, ou o Espírito reencarna perpetuamente?
“A cada nova existência, o Espírito dá um passo para diante na senda do progresso. Desde que se ache limpo de todas as impurezas, não tem mais necessidade das provas da vida corporal.”
169. É invariável o número das encarnações para todos os Espíritos?
“Não; aquele que caminha depressa, a muitas provas se forra. Todavia, as encarnações sucessivas são sempre muito numerosas, porquanto o progresso é quase infinito.”
170. O que fica sendo o Espírito depois da sua última encarnação?
“Espírito bem-aventurado; puro Espírito.”


Justiça da reencarnação

Todos os Espíritos tendem à perfeição e Deus lhes fornece os meios pelas provas da vida corpórea. Em sua justiça, permite realizar em novas existências o que não puderam fazer ou concluir numa primeira prova.
“A doutrina da reencarnação e a única que responde à idéia que fazemos da justiça de Deus em relação aos homens colocados em uma condição moral inferior, a única que nos explica o futuro e fundamenta nossas esperanças, pois que nos oferece o meio de resgatar nossos erros através de novas provas. A razão indica essa doutrina e os Espíritos no-la ensinam.


171. Em que se funda o dogma da reencarnação?
“Na justiça de Deus e na revelação, pois incessantemente repetimos: o bom pai deixa sempre aberta a seus filhos uma porta para o arrependimento. Não te diz a razão que seria injusto privar para sempre da felicidade eterna todos aqueles de quem não dependeu o melhorarem-se? Não são filhos de Deus todos os homens? Só entre os egoístas se encontram a iniqüidade, o ódio implacável e os castigos sem remissão.”
Todos os Espíritos tendem para a perfeição e Deus lhes faculta os meios de alcançá-la, proporcionando-lhes as provações da vida corporal. Sua justiça, porém, lhes concede realizar, em novas existências, o que não puderam fazer ou concluir numa primeira prova.

Não obraria Deus com eqüidade, nem de acordo com a Sua bondade, se condenasse para sempre os que talvez hajam encontrado, oriundos do próprio meio onde foram colocados e alheios à vontade que os animava, obstáculos ao seu melhoramento. Se a sorte do homem se fixasse irrevogavelmente depois da morte, não seria uma única a balança em que Deus pesa as ações de todas as criaturas e não haveria imparcialidade no tratamento que a todas dispensa.
A doutrina da reencarnação, isto é, a que consiste em admitir para o Espírito muitas existências sucessivas, é a única que corresponde à idéia que formamos da justiça de Deus para com os homens que se acham em condição moral inferior; a única que pode explicar o futuro e firmar as nossas esperanças, pois que nos oferece os meios de resgatarmos os nossos erros por novas provações. A razão no-la indica e os Espíritos a ensinam.

O homem, que tem consciência da sua inferioridade, haure consoladora esperança na doutrina da reencarnação. Se crê na justiça de Deus, não pode contar que venha a achar-se, para sempre, em pé de igualdade com os que mais fizeram do que ele. Sustém-no, porém, e lhe reanima a coragem a idéia de que aquela inferioridade não o deserda eternamente do supremo bem e que, mediante novos esforços, dado lhe será conquistá-lo. Quem é que, ao cabo da sua carreira, não deplora haver tão tarde ganho uma experiência de que já não mais pode tirar proveito? Entretanto, essa experiência tardia não fica perdida; o Espírito a utilizará em nova existência.


Encarnação nos diferentes mundos

As nossas encarnações não se passam todas na Terra, mas nos diferentes mundos.

A que passamos neste globo não é a primeira, nem a última, e é uma das mais materiais e das mais distanciadas da perfeição.

Podemos reviver muitas vezes no mesmo globo e passar para outro mundo superior se avançarmos bastante.

Existem outros mundos como o nosso. Os espíritos não precisam renascer em todos os mundos, pois eles são solidários

A Terra é uma das pequeninas escolas do reino de Deus. Quando tivermos aprendido tudo o que aqui se ensina, encarnaremos e mundos mais adiantados.

Os espíritos podem renascer num mundo relativamente inferior àquele em que já viveram para cumprir uma missão e ajudar o progresso deste mundo.

Espíritos rebeldes poderão renascer em mundos inferiores como expiação. Os espíritos jamais retrogradam, mas são constrangidos a recomeçar a existência mal empregada.

Os mundos são acessíveis aos Espíritos de acordo com seu grau de elevação.

A substância do perispírito é diferente em cada globo. Passando de um mundo para outro o Espírito se reveste da matéria própria de cada um.

Os Espíritos podem chegar a um grau de pureza que não necessitam mais do corpo material. O próprio perispírito é tão etéreo que, para nós, é como se não existisse. É o estado dos Espíritos puros.

Os Espíritos puros habitam certos mundos, mas não estão confinados neles como os homens sobre a Terra. Eles podem estar por toda a parte.

172. As nossas diversas existências corporais se verificam todas na Terra?
“Não; vivemo-las em diferentes mundos. As que aqui passamos não são as primeiras, nem as últimas; são, porém, das mais materiais e das mais distantes da perfeição.”
173. A cada nova existência corporal a alma passa de um mundo para o outro, ou pode ter muitas no mesmo globo?
“Pode viver muitas vezes no mesmo globo, se não se adiantou bastante para passar a um mundo superior.”
a) - Podemos então reaparecer muitas vezes na Terra?
“Certamente.”
b) - Podemos voltar a este, depois de termos vivido em outros mundos?
“Sem dúvida. É possível que já tenhais vivido algures e na Terra.”
174. - Tornar a viver na Terra constitui uma necessidade?
“Não; mas, se não progredistes, podereis ir para outro mundo que não valha mais do que a Terra e que talvez até seja pior do que ela.”
175. Haverá alguma vantagem em voltar-se a habitar a Terra?
“Nenhuma vantagem particular, a menos que seja em missão, caso em que se progride aí como em qualquer planeta.”

181. Os seres que habitam os diferentes mundos têm corpos semelhantes aos nossos?
“É fora de dúvida que têm corpos, porque o Espírito precisa estar revestido de matéria para atuar sobre a matéria. Esse envoltório, porém, é mais ou menos material, conforme o grau de pureza a que chegaram os Espíritos. É isso o que assinala a diferença entre os mundos que temos de percorrer, porquanto muitas moradas há na casa de nosso Pai, sendo, conseguintemente, de muitos graus essas moradas. Alguns o sabem e desse fato têm consciência na Terra; com outros, no entanto, o mesmo não se dá.”

199. Por que tão freqüentemente a vida se interrompe na infância?
“A curta duração da vida da criança pode representar, para o Espírito que a animava, o complemento de existência precedentemente interrompida antes do momento em que devera terminar, e sua morte, também não raro, constitui provação ou expiação para os pais.”

223. A alma reencarna logo depois de se haver separado do corpo?
“Algumas vezes reencarna imediatamente, porém, de ordinário só o faz depois de intervalos mais ou menos longos. Nos mundos superiores, a reencarnação é quase sempre imediata. Sendo aí menos grosseira a matéria corporal, o Espírito, quando encarnado nesses mundos, goza quase que de todas as suas faculdades de Espírito, sendo o seu estado normal o dos sonâmbulos lúcidos entre vós.”
224. Que é a alma no intervalo das encarnações?
“Espírito errante, que aspira a novo destino, que espera.”
a) - Quanto podem durar esses intervalos?
“Desde algumas horas até alguns milhares de séculos. Propriamente falando, não há extremo limite estabelecido para o estado de erraticidade, que pode prolongar-se muitíssimo, mas que nunca é perpétuo. Cedo ou tarde, o Espírito terá que volver a uma existência apropriada a purificá-lo das máculas de suas existências precedentes.”
b) - Essa duração depende da vontade do Espírito, ou lhe pode ser imposta como expiação?
“É uma conseqüência do livre-arbítrio. Os Espíritos sabem perfeitamente o que fazem. Mas, também, para alguns, constitui uma punição que Deus lhes inflige. Outros pedem que ela se prolongue, a fim de continuarem estudos que só na condição de Espírito livre podem efetuar-se com proveito.”


ESE – CAPÍTULO IV

Ressurreição e reencarnação
4. A reencarnação fazia parte dos dogmas dos judeus, sob o nome de ressurreição. Só os saduceus, cuja crença era a de que tudo acaba com a morte, não acreditavam nisso. As idéias dos judeus sobre esse ponto, como sobre muitos outros, não eram claramente definidas, porque apenas tinham vagas e incompletas noções acerca da alma e da sua ligação com o corpo. Criam eles que um homem que vivera podia reviver, sem saberem precisamente de que maneira o fato poderia dar-se. Designavam pelo termo ressurreição o que o Espiritismo, mais judiciosamente, chama reencarnação. Com efeito, a ressurreição dá idéia de voltar à vida o corpo que já está morto, o que a Ciência demonstra ser materialmente impossível, sobretudo quando os elementos desse corpo já se acham desde muito tempo dispersos e absorvidos. A reencarnação é a volta da alma ou Espírito à vida corpórea, mas em outro corpo especialmente formado para ele e que nada tem de comum com o antigo. A palavra ressurreição podia assim aplicar-se a Lázaro, mas não a Elias, nem aos outros profetas. Se, portanto, segundo a crença deles, João Batista era Elias, o corpo de João não podia ser o de Elias, pois que João fora visto criança e seus pais eram conhecidos. João, pois, podia ser Elias reencarnado, porém, não ressuscitado.

Reconheçamos, portanto, em resumo, que só a doutrina da pluralidade das existências explica o que, sem ela, se mantém inexplicável; que é altamente consoladora e conforme à mais rigorosa justiça; que constitui para o homem a âncora de salvação que Deus, por misericórdia, lhe concedeu.
As próprias palavras de Jesus não permitem dúvida a tal respeito. Eis o que se lê no Evangelho de São João, capítulo III:
Respondendo a Nicodemos, disse Jesus: Em verdade, em verdade, te digo que, se um homem não nascer de novo, não poderá ver o reino de Deus.
Disse-lhe Nicodemos: Como pode um homem nascer já estando velho? Pode tornar ao ventre de sua mãe para nascer segunda vez?
Respondeu Jesus: Em verdade, em verdade te digo que, se um homem não renascer da água e do Espírito, não poderá entrar no reino de Deus. O que é nascido da carne é carne e o que é nascido do Espírito é Espírito. Não te admires de que eu te tenha dito: é necessário que torneis a nascer.

8. Para se apanhar o verdadeiro sentido dessas palavras, cumpre também se atente na significação do termo água que ali não fora empregado na acepção que lhe é própria. Muito imperfeitos eram os conhecimentos dos antigos sobre as ciências físicas. Eles acreditavam que a Terra saíra das águas e, por isso, consideravam a água como elemento gerador absoluto. Assim é que na Gênese se lê: "O Espírito de Deus era levado sobre as águas; flutuava sobre as águas; - Que o firmamento seja feito no meio das águas; - Que as águas que estão debaixo do céu se reúnam em um só lugar e que apareça o elemento árido; - Que as águas produzam animais vivos que nadem na água e pássaros que voem sobre a terra e sob o firmamento."
Segundo essa crença, a água se tornara o símbolo da natureza material, como o Espírito era o da natureza inteligente. Estas palavras: "Se o homem não renasce da água e do Espírito, ou em água e em Espírito", significam pois: "Se o homem não renasce com seu
corpo e sua alma." E nesse sentido que a principio as compreenderam.
Tal interpretação se justifica, aliás, por estas outras palavras: O que é nascido da carne é carne e o que é nascido do Espírito é Espírito. Jesus estabelece aí uma distinção positiva entre o Espírito e o corpo. O que é nascido da carne é carne indica claramente que só o corpo procede do corpo e que o Espírito independe deste.

A reencarnação fortalece os laços de família,
ao passo que a unicidade da existência os rompe
18. Os laços de família não sofrem destruição alguma com a reencarnação, como o pensam certas pessoas. Ao contrário, tornam-se mais fortalecidos e apertados. O princípio oposto, sim, os destrói.
No espaço, os Espíritos formam grupos ou famílias entrelaçados pela afeição, pela simpatia e pela semelhança das inclinações. Ditosos por se encontrarem juntos, esses Espíritos se buscam uns aos outros. A encarnação apenas momentaneamente os separa, porquanto, ao regressarem à erraticidade, novamente se reúnem como amigos que voltam de uma viagem. Muitas vezes, até, uns seguem a outros na encarnação, vindo aqui reunir-se numa mesma família, ou num mesmo círculo, a fim de trabalharem juntos pelo seu mútuo adiantamento. Se uns encarnam e outros não, nem por isso deixam de estar unidos pelo pensamento. Os que se conservam livres velam pelos que se acham em cativeiro. Os mais adiantados se esforçam por fazer que os retardatários progridam. Após cada existência, todos têm avançado um passo na senda do aperfeiçoamento.


Idéias inatas

Ao reencarnar, os Espíritos guardam uma vaga lembrança dos conhecimentos adquiridos no passado, daí o que chamamos idéias inatas.

Os conhecimentos adquiridos em cada existência não se perdem. Liberto da matéria, o Espírito os conserva. Durante a encarnação, ele pode esquece-los em parte momentaneamente, mas a intuição que deles guarda ajuda o seu adiantamento. Sem isso, deveria sempre recomeçar.
Algumas faculdades podem permanecer adormecidas numa existência, porque o Espírito veio para exercitar outra que com ela não tem relação. Então ela fica em estado latente para ressurgir mais tarde.













Síntese: O capítulo trata da visita de André Luiz, juntamente com Alexandre, a uma instituição no plano espiritual onde são planejadas as reencarnações. A visita é feita após uma solicitação para que Alexandre auxiliasse no processo reencarnatório de Segismundo. Durante a visita, André Luiz toma contato com alguns aspectos relativos a reencarnação (e suas implicações) e toma contato com a situação de 4 espíritos, com experiências diferentes, que devem reencarnar em breve.

O caso Segismundo
- Segismundo deve reencarnar, num processo de resgate de faltas passadas, mas está encontrando a resistência do futuro pai, Adelino. O caso será analisado com detalhes no Cap. 13.

Comentários de Alexandre
- Grande percentagem de reencarnações se processa em moldes padronizados, no campo das manifestações puramente evolutivas. Outra percentagem obedece a programação mais complexa, num processo mais individual.
- No segundo caso, se enquadram os trabalhadores e missionários. Trabalhadores são aqueles que apresentam maior soma de qualidades superiores, embora ainda possuam débitos a ressarcir. Estes podem influenciar de alguma forma o processo reencarnatório, embora tais alterações nem sempre sejam agradáveis.
- A reencarnação é o meio, a educação divina é o fim. Temos necessidade da luta que corrige, renova, restaura e aperfeiçoa.
- O serviços de planejamento reencarnatório, na colônia espiritual, têm, portanto esta finalidade regulamentadora.

O Instituto de planejamento das reencarnações
- Grande movimentação de espíritos, tanto os que vão reencarnar, quanto os que estão intercedendo por outros.
- Planos adequados são estabelecidos de acordo com o serviço a ser desempenhado e o grau de adiantamento do reencarnante.
- A hereditariedade fisiológica funciona em todos os seres, mas sofre a influência dos que alcançam qualidades superiores ao ambiente geral. Forças mais elevadas podem imprimir modificações ao material genético.
- Todas as colônias de expressão elevadas mantém serviços semelhantes.
- O auxílio aos espíritos reencarnantes se traduz de duas formas: através de intercessão superior - se o reencarnante possui a razão esclarecida - ou através dos espíritos encarregados do trabalho reencarnacionista na Crosta - no caso do reencarnante em esforço puramente evolutivo.
- Dois modelos, a semelhança de estátuas, um masculino e outro feminino, revelavam detalhes da fisiologia do corpo físico e são observados com admiração, por André Luiz.

Os reencarnantes
a) Espírito iria reencarnar, após 15 anos de atividades de auxílio no plano espiritual, com objetivos de reparar erros passados. Estava um tanto hesitante, com receio de contrair novos débitos, devido ao esquecimento do passado. Acatou a sugestão de trazer um defeito físico na perna, a fim de se defender das tentações de natureza inferior, como antídoto à vaidade. Tem possibilidade de viver até 70 anos, pelo menos.
b) Anacleta vai reencarnar após 40 anos de trabalho em favor de espíritos familiares que estão em desequilíbrio. Pretende recebe-los como filhos, dois na condição de paralisia, outro com debilidade mental, e uma filha, também com problemas, mas que deverá auxilia-la na velhice do corpo. Repara o erro de outra encarnação, quando permitiu, como mãe, através da falta de disciplina e do excesso de mimo, que seus filhos não conseguissem enfrentar as lutas da vida.
c) Outra entidade que deve reencarnar, pede que haja interferência na formação das glândulas endócrinas, a fim de que o corpo não se apresente harmônico fisicamente, uma vez a beleza física poderia dificultar as tarefas que ela devia desempenhar.
d) André Luiz ainda analisa a situação de um espírito que deve reencarnar com a possibilidade de surgimento de uma úlcera logo que chegue a maioridade. Através deste processo, poderá resgatar um crime cometido há mais de cem anos antes, quando assassinou um homem a facadas. A vítima tornou-se seu obsessor e provocou gradativamente sua desencarnação. Após sofrer no plano espiritual, reergueu-se moralmente e obteve várias intercessões. No entanto, pela lei de ação e reação, o crime ainda permanece em aberto, e a reencarnação dolorosa servirá de pena e reparação.

Os completistas
O termo é usado no capítulo como título para aqueles espíritos que conseguem aproveitar integralmente todas as oportunidades oferecidas pela reencarnação. A situação é rara, uma vez que a grande maioria perde inúmeras possibilidades e desgasta sobremaneira o corpo físico. O completista tem a possibilidade de escolhar livremente o corpo da futura reencarnação, optando quase sempre por medidas que diminuam seu magnetismo pessoal, embora se preocupem com a saúde do corpo físico.

Referências sobre o tema:
O Livro dos Espíritos - qts 132, 166 a 171, 334 a 342
O Evangelho sgdo o Espitisimo - cap. IV - it 25 e 36
O Céu e o Inferno - Cap. V
A Gênese - cap. XI - it 33 e 34

1) De forma geral, conseguimos atender às finalidades de nossa encarnação atual? Por que?

2) O que Alexandre quer dizer, ao afirmar que grande parte das reencarnações se dão em moldes padronizados, atendendo puramente a manifestações evolutivas?

3) Quais os principais objetivos da reencarnação?

4) Por que nem todos os espíritos tem liberdade de influenciar no próprio processo reencarnatório?

5) Apresentado em sua primeira versão nos ultimos dias, o mapa genético conseguirá explicar todas as ocorrências com o ser humano? Qual a influência da hereditariedade no processo reencarnatório?

6) Em que consiste a chamada "intercessão espiritual"?

7) Por que a condição de completista é tão rara?

8) Por que a maioria dos espiritos que tem liberdade de influencia no processo reencarnatorio, opta por dificuldades na encarnação?

9) De que forma o esquecimento do passado nos beneficia durante a vida física?

Conclusão:

1) De forma geral, conseguimos atender às finalidades de nossa encarnação atual? Por que?

- Conforme os Espíritos Superiores nos ensinam, fomos criados simples e ignorantes e nos instruímos na vida corporal. Esse é o fim da encarnação dos espíritos: progredir sempre, tal é a lei, como está no túmulo de Kardec. Assim, ainda que com erros e acertos, na maior parte dos casos, o espírito sempre progride, o mínimo que seja, numa encarnação. Melhora um pouco em um aspecto, adquire uma perfeição, se despoja de uma imperfeição, mas sempre procurando a evolução. É certo que em alguns casos o espírito desperdiça a oportunidade reencarnatória, deixando de evoluir, estacionando. Mas, na maioria das vezes, pode-se dizer que, quer adquirindo uma perfeição, quer se despojando de uma imperfeição, quer expiando uma falta, o espírito progride. Dessa maneira, de uma forma geral, pode-se afirmar que atendemos, cada um num grau diferente, as finalidades da encarnação.
- Talvez possamos afirmar que de uma maneira básica estejamos sim cumprindo com nossos compromissos assumidos, mas creio que se muitas vezes conseguimos atender um lado, deixamos de atender a outro; creio estarmos ainda nos passos primários para realmente efetivarmos uma responsabilidade maior com todos os compromissos que assumimos antes de vir, de uma forma mais total, mais abrangente.
Como bem lembra Alexandre no capítulo, enquanto ainda estamos na esfera espiritual temos uma maior conscientização e responsabilidade com a nossa programação ; coisa que se dilui quando chegamos efetivamente ao plano terreno.

2) O que Alexandre quer dizer, ao afirmar que grande parte das reencarnações se dão em moldes padronizados, atendendo puramente a manifestações evolutivas?

- Alexandre quis demonstrar que a maioria das reencarnações se dão com objetivos puramente evolutivos, como vimos acima. Ao contrário de outras, de espíritos mais elevados que a maioria, que reencarnam como trabalhadores ou missionários. Nesses casos, como explicou o instrutor, o trabalho preparativo quase não necessita do auxílio dos benfeitores espirituais.

3) Quais os principais objetivos da reencarnação?

-Seria o burilamento, ou seja, a experiência necessária que temos para nos livrarmos das paixões e adquirirmos experiências superiores; seria a oportunidade de repararmos os erros cometidos em existências passadas e com isso ir depurando nosso espírito.
-a evolução do espírito, ou, como responderam a Kardec os Espíritos Superiores na questão 167 de O Livro dos Espíritos, o
melhoramento progressivo da humanidade.

4) Por que nem todos os espíritos tem liberdade de influenciar no próprio processo reencarnatório?

-Alexandre ensina que há espíritos que sequer têm consciência do ato reencarnatório em que estão envolvidos. Segundo o instrutor, esses espíritos retornam à carne inconscientes, como crianças adormecidas.
Portanto, nesses casos, devido à sua baixa evolução, esses espíritos não têm como influenciar no seu próprio processo reencarnatório, escolhendo provas, por exemplo.

-Porque ainda utilizamos muito pouco de forma útil, ou de forma mais salutar nossa encarnação.

5) Apresentado em sua primeira versão nos ultimos dias, o mapa genético conseguirá explicar todas as ocorrências com o ser humano? Qual a influência da hereditariedade no processo reencarnatório?

- A hereditariedade sempre exercerá grande influência na formação do corpo humano. É ela quem ditará a conformação dos caracteres físicos, tais como cor da pele, estatura, tipo sangüíneo, etc. Todavia, existe uma outra influência que exerce igual domínio no processo reencarnatório: é a resultante dos valores morais do reencarnante. Esses valores, bons ou maus,
estão impressos no perispírito e também influenciam na formação do novo corpo. Há, também, a influência das forças espirituais mais elevadas, que podem interferir na formação do corpo, imprimindo modificações na matéria , de acordo com o mérito do reencarnante.
Quanto à questão mapa genético, talvez se poderá explicar muitas ocorrências com o ser humano, porém não todas. Acredita-se que sempre poderá haver determinadas ocorrências no corpo somático que um mapa genético único para toda a humanidade não conseguirá explicar. São as decorrentes da questão espiritual individual, como a interferência da lei de ação e reação, por exemplo.

- Talvez explique o mapa genético físico, o processo de curas em termos de corpo físico mas o espírito que comanda as ações seria ainda não explicado pelo mapeamento genético e tb terá dificuldade em se explicar as forças intercessórias dos Espíritos mais elevados.

6) Em que consiste a chamada "intercessão espiritual"?

- Consiste no trabalho executado por espíritos de elevada condição evolutiva, no sentido de auxiliar o processo reencarnatório. Através da intercessão, esses espíritos procuram reequilibrar não só o futuro reencarnante como também os encarnados que deverão com ele conviver na nova etapa carnal, para se harmonizarem ou para resgate num processo expiatório. Através do trabalho intercessório é também definida a formação do novo corpo do reencarnante.


7) Por que a condição de completista é tão rara?

- Porque ao reencarnar o espírito sofre a influência da vida material e, na maioria das vezes, esquece-se dos compromissos assumidos no plano espiritual. Deixa-se levar pelos prazeres e interesses materiais, perdendo importantes oportunidades redentoras.

- Porque raros são os que conseguem aproveitar de forma mais efetiva e maior as encarnaçoes, inclusive quanto à maquina corporal. Nos dizeres de Manassés: "É o título que designa os raros irmãos que aproveitaram todas as possibilidades construtivas que o corpo terrestre lhes oferecia."

8) Por que a maioria dos espiritos que tem liberdade de influencia no processo reencarnatorio, opta por dificuldades na encarnação?

- Pelo próprio processo de depuramento do espírito, porque já têm uma maior consciência das responsabilidade evolutivas necessárias e , uma vez que na terra , face ao jogo ou importância do aspecto de aparência externa poderia esmagar os missionários do bem; daí a preferência por ocultar a beleza de suas almas.

- Segundo explica Alexandre, esses espíritos assim procedem para evitarem a influência de paixões terrenas bem com que o magnetismo pessoal lhes possa prejudicar o trabalho a que se propõem na nova encarnação.

9) De que forma o esquecimento do passado nos beneficia durante a vida física?

- O esquecimento do passado é um providência de Deus sem a qual o objetivo da nova existência poderia se frustrar. No atual nível evolutivo em que nos encontramos, não estamos, ainda, preparados para saber tudo. Como estamos num mundo de provas e expiações, isso significa que ainda nos encontramos muito distante da perfeição a que um dia teremos de chegar.
Nossas existências anteriores nos inibiria e, até, nos envergonharia, dificultando nossa caminhada para a frente. Sem a lei do esquecimento, inimizades pretéritas voltariam à tona, perpetuando-se. Por isso, o corpo carnal dos habitantes da Terra não comporta uma memória maior que a por nós possuída. Nos mundos superiores, esse esquecimento é abrandado ou quase não existe, como explicam os Espíritos Superiores.

Questões surgidas através do Estudo:

A)Seria possível por intermédio de hipnose ou por algum tipo de regressão mental, o acesso a fatos ocorridos em encarnações anteriores?

- Acreditamos que sim. No Brasil inclusive já existe a SBTVP, a Sociedade Brasileira de Terapia de Vida Passada (que não tem nenhuma ligação com o Espiritismo, vale ressaltar) agrupando médicos e psicólogos que usam a regressão com fins terapeuticos (se quiser mais detalhes veja http://www.sbtvp.com.br/). Inúmeros pesquisadores, desde o século passado até os nossos dias tem feito experiencias nesta área. (o livro do Hermínio Miranda chama-se "A memória e o tempo", e é uma referência fundamental para os interessados no assunto)

B)Se isso pode ocorrer, não seria uma contrariedade ao fato de não termos discernimento suficiente (devido ao nosso estado evolutivo) para aceitar qualquer coisa que tenhamos feito no passado?

- O esquecimento tem causas fisiologicas, psicológicas e "morais", se pudermos dizer assim. Esquecemos devido à mudança de padrão vibratório do perispirito, devido a estarmos reencarnando num corpo "novinho", por ser um mecanismo inconsciente de defesa do ego, por estarmos em contato direto com inimigos passados, etc. etc.Asssim, não se trata apenas do estado evolutivo, mas também do estado fisiologico, psicologico e emocional. Mesmo como desencarnados não temos acesso, regra geral, a todas as nossas vivencias anteriores.
Por esses, e outros motivos, é que as primeiras manifestações espirituais acerca do assunto foram contrárias à regressão (Emmanuel, por exemplo se posicionou através de psicografia de Chico Xavier). Mas devemos considerar que há alguns anos atrás não havia mesmo muito controle, e vários "curiosos" se arriscaram a regredir outras pessoas...Hoje a coisa toda está mais controlada, embora ainda sem um aval cientifico, e a terapia pode ajudar em muitos casos. Em outros, óbvio, é completamente desaconselhada.

C) Existe algum caso de pessoas que se lembram de fatos ocorridos em vidas passadas, seja de forma consciente ou inconsciente?

- Sim, existem. Muitas pessoas tem acesso aos fatos passados através dos sonhos (por isso a psicanálise começou por aí...). Choques (fisicos, psicologicos, emocionais) também podem trazer à tona fatos arquivados no inconsciente. A regressão também, já citada (existem inúmeros livros..o Paulo Afonso citou o Brian Weiss, mas antes dele vários pesquisadores já escreveram, tais como a Dr. Moris Netherton e Dr. Helen Wenbach - não espíritas - e Dr. Jorge Andréa, Hernani Guimarães e Maria Júlia e Júlio
Prieto Peres - estes espíritas - entre muitos e muitos outros).
Conhecemos também médiuns que tem, ou tiveram, acesso a suas (e de outras pessoas..) histórias pregressas...

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