Cairbar de Souza Schutel foi um dos maiores vultos do Espiritismo brasileiro. Encarnado em 22 de Setembro de 1868 na cidade do Rio de Janeiro, filho do negociante Anthero de Souza Schutel e de D. Rita Tavares Schutel, e desencarnado na cidade de Matão, Estado de São Paulo, no dia 30 de Janeiro de 1938, tornou-se incansável propagador da Doutrina Espírita, conseguindo realizar uma obra das mais admiráveis, revelando uma operosidade sem par e uma fé inquebrantável nos ideais reencarnacionistas.
Órfão de pai e de mãe antes dos dez anos ! A prova maior por que teria de passar seu espírito amoroso, extremamente sensível ! Seu avô, Doutor Henrique Schutel, tomou o neto a seus cuidados, matriculando o menino no Imperial Colégio de Pedro II, onde Cairbar estudou até o segundo ano. Não desejando continuar os estudos, abandonou a casa do avô, e se tornou independente, trabalhando como prático de farmácia, de manhã até tarde da noite.
Aos 17 anos de idade, Cairbar Schutel já era um bom prático de farmácia e, como não gostasse da vida na antiga Capital da República, ou se sentisse atraído para o interior, abandonou o Rio de Janeiro e, com o espírito povoado de idealismo e sonhos de realização, rumou para o Estado de São Paulo. Localizou-se primeiramente na cidade de Piracicaba, onde dirigiu a Farmácia Neves, e posteriormente em Araraquara e Matão.
Naquela época a cidade de Matão era um lugarejo de roça, com mataria grossa a enfeitá-la com algumas poucas casas. Lutando para que a cidade se emancipasse do município de Araraquara, Cairbar Schutel contribuiu de modo decisivo para que Matão subisse à categoria de Município, tendo sido o primeiro Presidente de sua Câmara Municipal (1889).
Na política, Cairbar não enfrentava oposição, pois pela sua humildade conseguia conquistar os corações de todos, tendo mesmo adquirido, com seus próprios recursos, o prédio para a instalação da Câmara Municipal.
Havia em Matão um amigo seu de nome Manuel Pereira do Prado, mais conhecido por Manuel Calixto, cujo pai era o espírita da localidade. Procurado por Cairbar, o pai de Manuel lhe asseverou que havia dois anos que não fazia mais sessões espíritas, pois ali só se comunicavam, Espíritos atrasados, que pediam missas, e os pedidos eram tantos que ele tinha que arrumar dinheiro para encomendar as missas.
Cairbar não se preocupou com a opinião do velho Calixto e fez questão de assistir a um trabalho mediúnico, no qual Calixto recebeu uma mensagem de elevado punho espiritual que muito agradou ao futuro missionário.
Tempos depois, surgiram nele diversas mediunidades, sobressaindo a da psicografia, por meio da qual o pai se manifestou, provando a sua sobrevivência. Foi então que Cairbar resolveu aprofundar-se no conhecimento doutrinário, estudando as obras básicas de Allan Kardec e todas as outras publicadas em português.
Convertido ao Espiritismo, Cairbar Schutel fundou, no dia 15 de Julho de 1905, o Centro Espírita Amantes da Pobreza, o primeiro em toda aquela zona paulista. Não satisfeito com isso, fundou em 15 de Agosto de 1905 o jornal O Clarim, e, no dia 15 de Fevereiro de 1925, de colaboração com o grande idealista Luís Carlos de Oliveira Borges, que lhe franqueou os meios materiais, lançava a Revista Internacional do Espiritismo. Esses órgãos circulam até hoje, representando exemplo vivo de luta e de persistência.
Sabia ser amigo dos párias da vida. Sempre feliz no seu receituário, transformou-se em autêntico Médico dos pobres e Pai da Pobreza de Matão, pois receitava e dava gratuitamente os remédios. Sua residência tornou-se numa espécie de Casa dos Pobres, saindo dali diariamente muita gente sobraçando embulhos de víveres, roupas e até lenha. O sentimento de amor ao próximo teve nele um modelo digno de ser imitado. Atos de desprendimento e de renúncia eram coisas comuns para ele.
Casou-se, em Itápolis, com D. Maria Elvira da Silva (Mariquinhas). Dessa união não houve filhos, tendo a consorte precedido o velho Schutel na vida de além túmulo.
Polemista emérito, jamais se curvou as injunções e às perseguições que naqueles tempos se moviam ao Espiritismo. Os próprios adversários do Espiritismo não tinha coragem de atacá-lo, tão grande era a sua projeção moral. E a grandeza da sua dedicação fazia que o estimassem, cheios de respeito.
Cairbar Scutel é conhecido nos meios espíritas como o Apóstolo de Matão, e o Espiritismo teve nele zeloso e esforçado propagador e um dos mais ardentes idealistas. Sua memória é cultivada com carinho e admiração.
Cercado da consideração de seus familiares e de numerosos espíritas, desencarnou no dia 30 de Janeiro de 1938. O povo de Matão havia perdido materialmente o Pai da Pobreza. Todos os espíritas do Brasil e quiçá do mundo sentiram tão valiosa perda.
Fonte:
O texto em resumo acima foi extraído da obra citada abaixo:
Grandes Espíritas do Brasil de Zêus Wantuil.
Link da Página: http://www.grupoandreluiz.org.br/ler_biografia.php?id=7
(Publicado em 22/03/2009)
Órfão de pai e de mãe antes dos dez anos ! A prova maior por que teria de passar seu espírito amoroso, extremamente sensível ! Seu avô, Doutor Henrique Schutel, tomou o neto a seus cuidados, matriculando o menino no Imperial Colégio de Pedro II, onde Cairbar estudou até o segundo ano. Não desejando continuar os estudos, abandonou a casa do avô, e se tornou independente, trabalhando como prático de farmácia, de manhã até tarde da noite.
Aos 17 anos de idade, Cairbar Schutel já era um bom prático de farmácia e, como não gostasse da vida na antiga Capital da República, ou se sentisse atraído para o interior, abandonou o Rio de Janeiro e, com o espírito povoado de idealismo e sonhos de realização, rumou para o Estado de São Paulo. Localizou-se primeiramente na cidade de Piracicaba, onde dirigiu a Farmácia Neves, e posteriormente em Araraquara e Matão.
Naquela época a cidade de Matão era um lugarejo de roça, com mataria grossa a enfeitá-la com algumas poucas casas. Lutando para que a cidade se emancipasse do município de Araraquara, Cairbar Schutel contribuiu de modo decisivo para que Matão subisse à categoria de Município, tendo sido o primeiro Presidente de sua Câmara Municipal (1889).
Na política, Cairbar não enfrentava oposição, pois pela sua humildade conseguia conquistar os corações de todos, tendo mesmo adquirido, com seus próprios recursos, o prédio para a instalação da Câmara Municipal.
Havia em Matão um amigo seu de nome Manuel Pereira do Prado, mais conhecido por Manuel Calixto, cujo pai era o espírita da localidade. Procurado por Cairbar, o pai de Manuel lhe asseverou que havia dois anos que não fazia mais sessões espíritas, pois ali só se comunicavam, Espíritos atrasados, que pediam missas, e os pedidos eram tantos que ele tinha que arrumar dinheiro para encomendar as missas.
Cairbar não se preocupou com a opinião do velho Calixto e fez questão de assistir a um trabalho mediúnico, no qual Calixto recebeu uma mensagem de elevado punho espiritual que muito agradou ao futuro missionário.
Tempos depois, surgiram nele diversas mediunidades, sobressaindo a da psicografia, por meio da qual o pai se manifestou, provando a sua sobrevivência. Foi então que Cairbar resolveu aprofundar-se no conhecimento doutrinário, estudando as obras básicas de Allan Kardec e todas as outras publicadas em português.
Convertido ao Espiritismo, Cairbar Schutel fundou, no dia 15 de Julho de 1905, o Centro Espírita Amantes da Pobreza, o primeiro em toda aquela zona paulista. Não satisfeito com isso, fundou em 15 de Agosto de 1905 o jornal O Clarim, e, no dia 15 de Fevereiro de 1925, de colaboração com o grande idealista Luís Carlos de Oliveira Borges, que lhe franqueou os meios materiais, lançava a Revista Internacional do Espiritismo. Esses órgãos circulam até hoje, representando exemplo vivo de luta e de persistência.
Sabia ser amigo dos párias da vida. Sempre feliz no seu receituário, transformou-se em autêntico Médico dos pobres e Pai da Pobreza de Matão, pois receitava e dava gratuitamente os remédios. Sua residência tornou-se numa espécie de Casa dos Pobres, saindo dali diariamente muita gente sobraçando embulhos de víveres, roupas e até lenha. O sentimento de amor ao próximo teve nele um modelo digno de ser imitado. Atos de desprendimento e de renúncia eram coisas comuns para ele.
Casou-se, em Itápolis, com D. Maria Elvira da Silva (Mariquinhas). Dessa união não houve filhos, tendo a consorte precedido o velho Schutel na vida de além túmulo.
Polemista emérito, jamais se curvou as injunções e às perseguições que naqueles tempos se moviam ao Espiritismo. Os próprios adversários do Espiritismo não tinha coragem de atacá-lo, tão grande era a sua projeção moral. E a grandeza da sua dedicação fazia que o estimassem, cheios de respeito.
Cairbar Scutel é conhecido nos meios espíritas como o Apóstolo de Matão, e o Espiritismo teve nele zeloso e esforçado propagador e um dos mais ardentes idealistas. Sua memória é cultivada com carinho e admiração.
Cercado da consideração de seus familiares e de numerosos espíritas, desencarnou no dia 30 de Janeiro de 1938. O povo de Matão havia perdido materialmente o Pai da Pobreza. Todos os espíritas do Brasil e quiçá do mundo sentiram tão valiosa perda.
Fonte:
O texto em resumo acima foi extraído da obra citada abaixo:
Grandes Espíritas do Brasil de Zêus Wantuil.
Link da Página: http://www.grupoandreluiz.org.br/ler_biografia.php?id=7
(Publicado em 22/03/2009)
Meu nome é Maria Marlene, tenho 50 anos , e fiquei feliz em encontrar este site falando de CAIRBAR SCHUTEL, o qual eu tenho muito carinho. Desde pré adolescente eu sentava acompanhando minha mãe e minha tia , em reuniões espíritas, em nossa casa e sempre ela fazia algumas preces e leituras e eu gostava de ouvi-lás , e sempre entre as leituras estava a de CAIRBAR SCHUTEL, que é a CARTA A JESUS , escrita em 19 de março de 1936 as 10hs. da noite. E sempre quando chega o mês de Março, repentinament eu lembro quando vejo é a data do dia da carta ai eu falo vou ler cairbar .Não sou espirita mas me sinto bem com esta religião, e quando eu vi a foto dele me deu uma alegria tão grande , como eu já o conhesesse , e leio com muito carinho , meu imail é mariamarlenelopeslima@hotmail.com sou de Recife PE.
ResponderExcluirA carta é assim:
CARTA À JESUS Meu Mestre e Senhor Jesus Louvado seja o seu santo Espirito! Nos momentos penosos da minha vida tenho-me apegado contigo e nunca deixei de merecer a Tua misericórdia. Nos momentos de alegria e abundância na minha vida , nunca deixei render graças e catar louvores ao Teu encomparável Espírito. Ajuda-me Senhor nas minhas deficiencias preenche as minhas falhas, enche os meus claros com o Teu beneplácito e não permitas que pelos meus defeitos seja a Tua Doutrina escandalizada e a Tua palavra maculada. Sou Teu disipulo e te amo como cão fiel ama ao seu dono. Sou criança ignorante. Tem compaixão de mim. Abençoa a todos os Espírtos , meus irmãos que te sustentam e dá-lhes forças para operem comigo o Teu amor. Louvado seja Deus o nosso Pai Celestial a quem conheço. Senhor por Teu intermédio e a quem amo e adoro se guardo o Teu preseito. CAIRBAR SCHUTEL