terça-feira, 27 de outubro de 2009

AUTA DE SOUZA


Auta de Souza nasceu em Macaíba, pequena cidade do Rio Grande do Norte, no dia 12 de Setembro de 1876, e desencarnou em Natal, no mesmo Estado, no dia 07 de Fevereiro de 1901.

Foi uma poetisa que atravessou a existência entre sofrimentos dos mais agudos, mas que, entretanto, soube revestir a sua poesia de puro sentimento religioso, conseqüentes às provações redentoras que revelaram a elevação do seu Espírito imortal.

Sua efêmera existência, na Terra, foi assinalada por transes dolorosos. Ainda muito cedo conheceu a orfandade, e, ainda menina, assistiu horrorizada à desencarnação de um seu irmão querido, vítima das chamas. Aos 14 anos de idade, manifestaram-se nela os primeiros sintomas da pertinaz enfermidade - a tuberculose, doença de difícil cura na época.

Essa enfermidade, em breve roubou o seu viço em plena mocidade em foi a causa de sua desencaranação, com apenas 24 anos de idade. Essa sucessão de golpes dolorosos fez profundas cicatrizes em sua alma sensível de mulher, aureolada por uma pureza cristalina, uma fé das mais ardentes e um profundo sentimento de compaixão por aqueles que, na Terra, passam por agudas provações, cuja miséria tanto a comovia.

O sofrimento veio burilar a sua inata sensibilidade, e todo esse sofrimento, ela deixou transparecer em versos comovidos, que ora expressavam ternura, ora tristeza, quase todos eles lavrados à sombra da enfermidade incurável, no desolado sertão de sua terra. Auta de Souza foi educadora no Colégio São Vicente, em Pernambuco, porém, se não conseguiu alcançar formação literária mais vasta, no entanto, aureolou-se na escola da dor, tornando-se intérprete fiel das emoções de todos aqueles que seguem as recomendações de Jesus Cristo, sofrendo com fé e resignação.

O seu estilo, todo peculiar, fez com que a sua poesia calasse fundo em todos os que dela tomavam conhecimento, merecendo a consagração do carinho popular, pois foi na alma das massas sofredoras que sua poesia alcançou a mais profunda repercussão. Seu único volume de poesias "Horto" foi publicado no ano de 1900, pouco antes de sua desencarnação, com prefácio de Olavo Bilac.

A primeira edição esgotou-se em dois meses, ocorrendo fato idêntico com a segunda edição, em 1911. Todos os seus versos estão impregnados de sentimentos cristãos, os quais sempre a inspiraram.

A mesma simplicidade e a mesma fé, a mesma ternura, que estão contidas em seus versos, ela as exprime através dos versos escritos, em Espírito, pela psicografia do médium Francisco Cândido Xavier.


Fonte:
O texto em resumo acima foi extraído da obra citada abaixo:
Revista Chico Xavier 60 Anos de Mediunidade
Link da Página: http://www.grupoandreluiz.org.br/ler_biografia.php?id=4
(Publicado em 22/03/2009)

Nenhum comentário:

Postar um comentário